quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A riqueza do homem é a sua pessoa e não o seu dinheiro

 


ALEGRAI-VOS E EXULTAI
Georgino Rocha

É apelo, que se faz convite e exortação, dirigido por Jesus aos discípulos ao terminar o ensinamento sobre as bem-aventuranças. E a justificação vem logo a seguir: “Porque é grande nos Céus a vossa recompensa”.
Os discípulos são aconselhados a viverem na alegria exultante as situações de difamação e insulto, de perseguição e enxovalho à sua dignidade; situações criadas “por minha causa”, por serem coerentes com as atitudes de Jesus, o divino Mestre; atentados provocados por quem não tolera mais o seu estilo de vida, o seu testemunho.
O quadro de referências está traçado, os termos são claros, é grande a provocação e maior o desafio. A novidade da proposta de realização feliz de toda a pessoa vai ser solenemente anunciada. No cimo da montanha, como outrora Moisés no Sinai, Jesus declara honoráveis os pobres por decisão própria, os espoliados injustamente do seu nome e dos seus bens, os generosos voluntários da paz, os perseguidos por defenderam a justiça. A honorabilidade provém de Deus porque estas atitudes refletem e concretizam as suas preferências e o seu agir, continuam na história o estilo de vida do seu Filho Jesus e vão-se configurando no proceder de cada discípulo e de cada comunidade cristã.

“O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta”

Aguentará mesmo?




«O presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, afirmou esta terça-feira [ontem] que o país tem de aguentar mais austeridade e mostrou-se “chocado” com “pessoas com responsabilidade” que querem levar Portugal para a situação da Grécia.»


Às vezes nem sei o que passa pela cabeça de algumas  pessoas para fazerem as afirmações que fazem, O presidente do BPI é uma dessas. Já nos habituou a tiradas destas, fazendo de nós uns analfabetos reais ou em potência.  Se ele dissesse que alguns portugueses podem e devem suportar mais austeridade, como ele e outros que ganham fortunas por ano, com ordenados de luxo, regalias, prémios e nem sei que mais, estaria a dizer coisa certa. Mas  Fernando Ulrich esqueceu-se da grande maioria que vive com o salário mínimo, reformas miseráveis ou, pior ainda, que está no desemprego. Será que os portugueses poderão mesmo sobreviver, com o mínimo de dignidade, com os rendimentos modestíssimos que possuem?  

Li aqui

A esperança e a crise

"A esperança é o único bem comum a todos os homens"

Nos dias de hoje, muito difíceis, o que nos vale, se é que vale, é a esperança. Se a perdermos ou se duvidarmos da sua existência nos nossos pensamentos, ficaremos muito mal. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Jeremias Bandarra na Igreja da Senhora da Saúde


Um artista multifacetado com grande sensibilidade



O Jeremias Bandarra é um artista multifacetado, com Aveiro sempre presente. Pertence a uma família de artistas e sua filha, a Sara Bandarra, já lhe segue os passos há muito. A arte está no ADN dos Bandarras e penso até que, por isso, brota deles naturalmente. Talvez por isso, estão frequentemente a ser solicitados.
O Jeremias Bandarra alia às artes uma sensibilidade muito grande, Quantas vezes, ou sempre, marcada por uma espiritualidade que me toca profundamente. Por isso o admiro ainda mais.
Quando um dia destes fui à Costa Nova, numa visita matinal, não podia deixar de visitar o Jeremias, onde sabia há muito que ele “morava” ali num recanto de serenidade e de paz — a Igreja de Nossa Senhora da Saúde. E então aqui deixo um convite para que passem por lá, nem que seja apenas para se inebriarem com as suas cores, traços e tonalidade, barcos e mar, mas também com o sentido do belo que nos envolve e nos guia, com o anjo  a alumiar a rota. 

domingo, 28 de outubro de 2012

Mais atentos ao que é nosso



Gosto de sentir que, entre gafanhões, há muitas ideias sobre a Gafanha da Nazaré, no sentido de a tornar mais apetecível para viver e usufruir. Ainda bem. Nas conversas informais, onde quer que estejamos, há sempre quem adiante sugestões interessantes que, se levadas a cabo, seriam uma mais-valia para o desenvolvimento de muitos setores.
A Gafanha da Nazaré tem diversas instituições que nasceram graças à visão de muitos conterrâneos nossos, quer de âmbito cultura e social, desportivo e religioso, académico e profissional, mas também económico e recreativo. Contudo, algumas delas raramente recebem por parte das pessoas um apoio declarado, uma atenção interessada ou um simples olhar de simpatia.
Acho, portanto, que temos de estar mais atentos ao que é nosso.

Nota: Um texto que encontrei perdido nos meus arquivos.

- Posted using BlogPress from my iPad

Já chega de concílio?

Li no PÚBLICO de hoje




- Posted using BlogPress from my iPad

Dia Mundial da 3.ª Idade: 28 de outubro

Por Maria Donzília Almeida




Quando o Zé viu a Maria
Seu rosto se iluminou
E num golpe de magia
A Luz se incendiou!

Sentou-se à beira do ancião, com o bloco de notas na mão. Ia fazer-lhe uma entrevista.
A conversa fluía...numa moldura de afetividade. Falou dos seus tempos de juventude, da sua ida para a tropa, em 1940, com 20 anos, do seu regresso, no dia em que completava 22 anos. Foi aí, a sua primeira grande aprendizagem da vida. O tempo de recruta foi passado em Tancos, na arma de engenharia, segundo explicou. Havia várias especialidades, dentro daquela: os mineiros, os sapadores mineiros, os automobilistas e os sapadores caminhos-de-ferro.
À memória vinham as cenas dos bons velhos tempos, em que havia energia em superavit. A interlocutora ouvia, extasiada, a imaginar aquele belo mancebo, esbelto de 1,70m, e observava o brilho que assomara aos olhos do seu progenitor. No ano de 1940, houve um verão muito quente, pelo que. o Ministério da Guerra, que em 1950 passou a designar-se Ministério do Exército, tomou uma medida muito popular: os recrutas eram poupados aos rigores da canícula, na instrução militar, logo após o almoço. Assim, foi instituída “la siesta”, como dizem os nuestros hermanos! Numa época em que estavam, no poder, homens inteligentes, havia políticas que defendiam os interesses e a integridade física dos mancebos. É assim que se tem o povo nas mãos, indo ao encontro das suas necessidades!