quinta-feira, 14 de junho de 2012
A noite cai e o farol acende-se
Mais um belíssimo pôr do sol na Barra, altura em que o farol acende a sua lâmpada rotativa e cadenciada. A sensibilidade do Ângelo Ribau a mostrar a beleza de mais um pôr do sol na paisagem mágica de um recanto da nossa terra.
Seniores expõem na Biblioteca Municipal
Até dia 30, está patente na Biblioteca Municipal em Ílhavo a exposição de fotografias de onze alunos da turma de comunicação e fotografia da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo. Estes trabalhos resultam de diversas viagens de estudo feitas pelo país e da escolha feita por todos os alunos.
No próximo mês, esta mostra estará no Café Farol da Praia da Barra, seguindo para Albergaria e Pateira de Fermentelos.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
A alegria do futebol
Por José Tolentino Mendonça
Em raros momentos simbólicos se sentem os países assim em uníssono, revendo-se completamente no esforço e no génio de uns poucos
“Às vezes o futebol é uma alegria que dói”. Sábado à noite não houve português que não sentisse na carne esta verdade que o escritor Eduardo Galeano assinou, mas esse é apenas um dos sentidos possíveis que a frase tem. O futebol ganhou, de facto, a função representativa que, em outros períodos da história, pertenceu, por exemplo, também ao teatro ou às artes, conseguindo, no estilhaçado panorama das nossas sociedades, convergências que se diriam improváveis. Tornou-se habitual o encontro de despedida da equipa com o presidente da República, numa espécie de investidura civil: eles são os nossos, eles somos nós. Em raros momentos simbólicos se sentem os países assim em uníssono, revendo-se completamente no esforço e no génio de uns poucos, galvanizados pelo seu sucesso ou solidários nas suas derrotas. Mas seria injusto reduzir a festa do futebol à matemática imediata dos resultados. Ele é “uma alegria que dói” por que é uma alegria verdadeira.
Fernando Pessoa nasce neste dia
13 de junho de 1888
Para ser grande, sê inteiro
Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive Ricardo Reis
O mais popular de todos os santos
«Santo António é um santo de projeção universal, sendo, muito provavelmente, o mais popular de todos os santos. Igrejas e capelas dedicadas a Santo António, imagens em grande parte das igrejas e nas casas particulares, azulejos e pinturas, cânticos, festas e peregrinações dão ideia da grande devoção popular a Santo António, que hoje atravessa todas as idades e todas as classes sociais, em todo o mundo.»
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Santo António
13 de junho
Com
tanta queixa à mistura,
Santo
António fica triste.
Mas
com imensa ternura
Exibe
o Menino, em riste!
Com a entrada de Junho, o mês em que se inicia o verão, chegam os santos populares. O primeiro é a 13 de Junho, dia de Santo António, a 24 o de São João e a 29, o de São Pedro, três grandes pretextos para sair à rua e saber como se festejam em Portugal. A sua popularidade não advém da brejeirice que o povo lhes atribui, nem de nenhuma característica menos consentânea com a sua condição hagiológica. Vem sim, da tendência do povo de mesclar a devoção aos santos de laivos de profano que é mais comum na condição humana.
As vésperas dos santos populares, são noites de grande alegria, em que o povo vem para a rua, esquece as tristezas, já que estas não pagam as dívidas que a crise multiplica. Decoram-se as ruas com balões e arcos de papel às cores, há bailaricos nos pequenos largos, onde os populares dão um pé de dança e altares para os santos, a pedir sorte.
Em Lisboa, celebra-se o Santo António casamenteiro de 12 para 13 de junho. «Santo António, Santo Antoninho, arranja-me lá um maridinho...» é um dos mais antigos pregões populares.
Na Avenida da Liberdade há marchas, um desfile dos bairros históricos da cidade, onde cada um pretende exibir a melhor coreografia. Centenas de figurantes e muito público a aplaudir o favorito é um espetáculo a não perder. Há cor, luz e muito ritmo que contagia os espetadores e evoca, nas pessoas tempos antigos de melhores recordações.
Quem tiver alguém debaixo de olho, tem aqui uma ótima oportunidade de se declarar, no calor da festa e oferecer um manjerico com uma quadra de amor. O Santinho se encarregará de abençoar o amor!
Mª Donzília Almeida
12-06.2012
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