segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dia Internacional do Livro Infantil: A minha 1.ª história

Texto de Maria Donzília Almeida 


Após a instauração da democracia, em 1974 e a abolição da censura, que deu origem a uma abordagem mais livre dos problemas em geral, criaram-se outras condições, para que surgissem novos autores de literatura infantil bem como se desenvolvessem esforços, para que houvesse um novo olhar e um novo entendimento sobre as questões da leitura e da literatura infantil. 
O PNL (Plano nacional de leitura) criado pelo ministério, para incrementar a leitura nas classes mais jovens, desenvolveu nas escolas portuguesas uma nova dinâmica de leitura e promoveu o interesse e a procura da literatura infanto-juvenil. Acrescido a esse plano está o projeto Ler+ da responsabilidade da CMI, que pretende reforçar o gosto e a demanda pela leitura. 
Assim, após 1974, muitos escritores continuaram a publicar a sua obra (citamos, entre outros, Matilde Rosa Araújo, Luísa Dacosta, Luísa Ducla Soares, Maria Alberta Menéres, António Torrado). Todos eles eu tive o grato prazer de conhecer, no Colóquio de Literatura Infanto-Juvenil, anual, que a editora Civilização realizava na Cidade Invicta, com a duração de dois dias. Realizava-se com o advento da primavera e congregava a nata dos escritores mais badalados da literatura juvenil. Era um prazer enorme ouvir discorrer os artistas da palavra e tenho ainda, diante dos olhos, a figura peculiar do António Torrado com o seu humor tão característico! A Sofia de Mello Breyner Andresen não esteve presente, mas deixou um legado literário de valor incalculável: A Menina do Mar, A Floresta, A Fada Oriana, são obras de referência que têm o condão de encantar miúdos e graúdos. Ainda hoje me delicio a reler a Sofia!

domingo, 1 de abril de 2012

DIREITOS ADQUIRIDOS

Ler Pacheco Pereira aqui

A JSD está pois a “lutar contra os direitos adquiridos”. Esta frase é todo um programa e nela se revela a sopa ideológica envenenada de tudo isto, que devia envergonhar um partido democrático que existe exactamente porque a liberdade política é um “direito adquirido”. É que os “direitos adquiridos”, frágeis como todos os direitos, são, primeiro, numa democracia, os direitos humanos, os direitos políticos, a liberdade de opinião, de associação, de reunião, de expressão, de manifestação, de greve, o primado do direito, a ideia de uma concertação social de que resultam contratos na sociedade que devem ser cumpridos por todas as partes.

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UM DIA DE SONHO

Texto de Maria Donzília Almeida



O dia amanhecera tranquilo. Depois da chuvada que caíra, de noite, o ar estava limpo do pólen e respirava-se uma atmosfera primaveril. O céu de tão azul, parecia envolver-nos neste novo dia de trabalho.
Logo à entrada da escola, o porteiro saúda a teacher, com uma cortesia e uma simpatia fora do comum. Daí, até à sala de aula, foi um percurso tranquilo, sem correrias, sem atropelos, com todos os alunos compenetrados das suas funções. Cumprimentavam todos os professores, mesmo não sendo seus alunos, numa compostura, nunca vista. Neste dia, a teacher pôde dirigir-se à sala de aula, sem colocar um escudo na frente, para se proteger dos golpes de karaté que acontecem nos corredores. Espantoso! Como seria possível que toda a energia contida, naquelas criaturinhas, estivesse tão controlada, tão disciplinada! Ah! Disciplina é uma coisa de que tanto se fala nas escolas e que tão pouco convive com o quotidiano docente!
Neste dia, tudo era diferente! A mais perfeita serenidade e aquilo de que a teacher tanto gosta: a mais completa harmonia! Como seria possível?

PÚBLICO: COMO EVANGELIZAR A SEMANA SANTA?


(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 284


 PITADAS DE SAL – 14

 

A CALDEIRADA

Caríssima/o: 

Já lá vai uma boa dúzia de anos... no virar do milénio. Houve que raspar uma página da vida e para melhor o conseguir foi sugerida uma boa caldeirada ... de enguias. E logo aquelas perguntas que se fazem para que tudo venha em nossa ajuda: mas onde? E com quem?Quando? E etc. ... 
Um telefonema e da outra ponta a disponibilidade mais perfeita: 
- Mas qual é a dúvida? Quando quereis? Se não tiverdes melhor ideia, olha, vamos no “Desejado” à Cale d'Oiro e o Jeremias arranja-nos as enguias e... 
Marcámos a data e seguimos as directivas que o Baltazar traçara chegando ao ancoradouro, na Chave, desta vez não pelas 7 da manhã, para aproveitar a maré e para o “Desejado”, o bote, poder sair sem grandes trabalhos, pois o plano era chegar à marinha pela tardinha. Depois foi o ritual que todos conhecemos de tão repetido: saltar para dentro, 'chega para trás', senta-te... e lá nos acomodámos os três e fomos em direcção à marinha Cale d'Oiro e encostámos ao malhadal. Depois dos cumprimentos e da “exploração” da marinha com as explicações sobre a criação das enguias, incluindo os ardilosos sistemas de entradas e saídas das águas das marés, apanhou-se a quantidade para a nossa caldeirada e para satisfazer as encomendas. 

sábado, 31 de março de 2012

SANTO ANDRÉ REABRE AO PÚBLICO





Se amanhã ou depois quiser usufruir da beleza do Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, aproveite uns momentos para visitar o navio-museu Santo André, que reabre ao público depois de obras de manutenção e não só. Verá que vale a pena!


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Arquivo do Vaticano estão a ser revelados

Texto de António Marujo no PÚBLICO de hoje



«Exposição mostra uma centena de documentos que fizeram a história da Europa e do mundo e que pela primeira vez saem do arquivo dos papas, que acaba de fazer 400 anos. Galileu está lá.

***

O mais impressionante será, talvez, o rolo com o processo dos Templários. Sessenta metros de pergaminho que incluem 231 confissões de outros tantos cavaleiros do Templo, redigidos entre 17 e 20 de Agosto de 1308, perante os três cardeais enviados pelo Papa Clemente V ao castelo de Chinon, em França. Nos depoimentos pode ler-se o confronto entre o medo dos cavaleiros templários em se contradizerem e o frustrado desejo de defender a sua ordem. A contradição significava a morte.
O mais comovente será, talvez, a assinatura de Galileu Galilei. O volume de pergaminho mostra a página em que o cientista aceita a sentença que contra ele pronunciara o cardeal Roberto Bellarmino, presidente do Tribunal do Santo Ofício. Narra a história que Galileu tomou uma vela na sua mão esquerda enquanto colocava a direita sobre a Bíblia, ajoelhando-se e abjurando as suas afirmações científicas. Foi em 22 de Junho de 1633, no convento de Santa Maria Sopra Minerva, em Roma.»