domingo, 1 de janeiro de 2012

DIA MUNDIAL DA PAZ: 1 DE JANEIRO




A Paz... sempre presente, na luta dos estudantes
Maria Donzília Almeida


O Dia Mundial da Paz foi criado pelo Papa Paulo VI, com uma mensagem do dia 8 de dezembro de  1967, para que fosse celebrado no primeiro dia do ano civil, 1 de janeiro, a partir de 1968. 
A proposta de dedicar, à Paz, o primeiro dia do novo ano não pretendia ter uma conotação apenas religiosa ou católica. Pelo contrário, pretende galvanizar todos os verdadeiros amigos da Paz. 
A Igreja Católica, com intenção de servir e de dar exemplo, pretende simplesmente lançar a ideia, com a esperança de que ela venha não só a receber o mais amplo consenso no mundo civil, mas que também encontre por toda a parte muitos promotores, avisados e audazes. Quer imprimir-se ao Dia da Paz, um caráter sincero e forte, de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos. 
O dia 21 de setembro é considerado o Dia Internacional da Paz. Em 1981, as nações foram convidadas a celebrar a paz nesse dia, por terem sido iniciados os trabalhos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Esse dia é conhecido como um dia de cessar-fogo e de não violência, em todo o mundo. 
Em 21 de setembro de 2003, o então secretario – geral da ONU, Kofi Annan, na abertura da Assembléia Geral, passou a seguinte mensagem:

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 271

PITADAS DE SAL - 1 



O SAL DO NOSSO ENCANTAMENTO 

Caríssima/o: 

“Está-me a parecer que nós, os de Aveiro, mesmo no Céu, mesmo mergulhados no mar imenso dos divinos encantamentos, havemos de ter alguma saudade do fresco panorama do sal, da alva sementeira das marinhas [...]; 
até penso que, de quando em quando, através das nuvens e das estrelas, procurarão ainda os nossos olhos o antigo encanto dos montinhos de sal.” 

D. João Evangelista de Lima Vidal, 
“Correio de Vouga”, n.º 1194, de 22-5-1954, p. 1 e 12 

É entrar o ano e perdermo-nos com estes encantamentos da década de 1950... e deixarmo-nos ir ao sabor das correntes, das marés e dos ventos. 
O meu fito é seguir, pitada aqui, pitada ali, pondo algum sal no conhecimento que por aí lavrar e mostrando este deslumbramento aos mais novos. Outros meterão melhor as mãos no sal, com mais vagar e mais jeito. Com eles conto para, semana a semana, irmos temperando a conversa, na esperança de que o caldo não fique ensosso nem as batatas salgadas. 

BOM ANO NOVO! 

 Manuel

*
NOTA: Uma palavra de agradecimento ao meu amigo Manuel, que tem a gentileza e o trabalho de colaborar no meu blogue semana a semana, sempre com temas interessantes. Há tempos desafiou-me a propor um tema para iniciar 2012. Avancei com o Sal, assunto que, pelo que se vê, pode cair no saco do esquecimento sem honra nem glória, se não houver quem preserve a sua memória. O sal, que deu vida a muita gente desta região, já deixou de temperar as batatas a que ele se refere. Hoje, esse precioso tempero vem de outras bandas.
Gostei que o Manuel, de seu nome completo Manuel Olívio da Rocha, meu parente, agarrasse com unhas e dentes o tema que lhe propus. Ele pede  colaboração, com achegas, de todos os leitores. mas nós, estou em crer, é que vamos aprender e recordar com ele. Obrigado, Olívio, isto é, Manuel.

Reflexão para este domingo



MARIA, A MÃE DE JESUS, BÊNÇÃO DE DEUS
Georgino Rocha

Os pastores acorrem ao “portal de Belém”, o curral onde nasce Jesus, e encontram um cenário absolutamente normal para uma família “em trânsito”. Observam o recheio envolvente e o seu olhar concentra-se nas pessoas e nas atitudes. Condiz tudo com o que lhes havia sido anunciado pelo Anjo de Deus. Nada de prodígios nem raridades. Apenas, um Menino que é contemplado por Maria e por José, seus responsáveis directos. Então, abrem o coração e narram o que tinham ouvido e sentido. São notícias de encher a alma, de fazer ecoar por toda a terra. Lucas, anos mais tarde já depois da ressurreição de Jesus, põe por escrito e embeleza o texto e desvenda o sentido escondido no que havia acontecido.

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012

Bento XVI e jovens

Educar os jovens para a justiça e a paz

(...)
«A minha Mensagem dirige-se também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos responsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, económica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade.

Trata-se de comunicar aos jovens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.

As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora atual, muitos são os aspetos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capacidade efetiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário.

É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspetivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver “coisas novas”»
(...)

Ler toda a Mensagem aqui

sábado, 31 de dezembro de 2011

O bacalhau chegou com os vikings e nunca mais partiu

No PÚBLICO online

«Ainda há alguma coisa que não saibamos sobre o "fiel amigo"? Alexandra Prado Coelho foi à procura de histórias e começou com uma receita de samos para acabar na revolta do bacalhau. Pelo meio fala-nos dos vikings, da importância das salinas de Aveiro, do apoio da rainha D. Maria ao alimento dos pobres e da paixão de bascos e brasileiros por este peixe invulgar.
"Ah, não sabe o que são os samos de bacalhau?". O sr. Fernando abre a porta do frigorífico à entrada da loja, a Antiga Casa do Bacalhau, na Praça da Figueira, em Lisboa, e retira uma caixa de plástico cheia de samos. "Isto é o bucho do bacalhau. Muito bom em feijoada".»
Alexandra Prado Coelho
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PRAIA DA BARRA COM NOVAS PROTEÇÕES


A Praia da Barra vai beneficiar de novas proteções, decerto para preservar as dunas. A época balnear vai começar em junho, daqui a cinco meses, mas o tratamento do areal já começou. Gostei de ver. Aqui fica o registo, com o nosso farol a apreciar.

Poesia para este dia: Carlos Drummond de Andrade

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
  
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

NOTA: Enviado pela ADASA (Associação dos Antigos Alunos do Seminário de Aveiro)