terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Nuno da Paula apresenta livro sobre Carlos Paião

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Dia Nacional do Voluntariado



Vontade de ajudar
Os desvalidos da sorte
Limitados pela doença
Uma incapacidade
Não segrega
Traz, isso sim
A determinação
Resignação, não
Ir em frente
Ao encontro
Do amigo
O irmão!

Mª Donzília Almeida
05.12.2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Bagão Félix apresenta livro de D. António Marcelino



“Pedaços de vida que geram vida”


“Pedaços de vida que geram vida” é o título do livro que reúne “experiências e vivências em missão” de D. António Marcelino, bispo emérito de Aveiro.
A obra será apresentada publicamente no dia 12 de Dezembro, na Biblioteca Municipal de Aveiro, pelas 18h, contando com a intervenção do economista António Bagão Félix.
Neste livro das edições Paulinas, D. António Marcelino relata memórias que são “desafios e graças”, acumuladas ao longo de 56 anos de padre e 36 de bispo. “Há acontecimentos e situações que vivemos, mas não nos pertencem só a nós. Há vidas destinadas a ser berço de acolhimento de graças para as repartir pelos outros. Não se é padre nem bispo para si próprio”, escreve na abertura da obra.
Ao longo de 116 páginas, surgem casos com origem na família de sangue, “experiências contagiantes” do jovem padre António, situações “onde o bispo é discípulo”, experiências colhidas em visitas pastorais, relatos de encontros com jovens ou com mestres “de muita virtude, coragem e saber”.
“O que recordei e aqui deixo – escreve na página 8 – são experiências de vida. Todos os que servem outros têm as suas vivências próprias. A questão é dispormo-nos a confiá-las, com simplicidade e verdade, a quem também pertencem e quantos delas queiram beneficiar”.
D. António Marcelino, 81 anos, natural de Lousa, Castelo Branco, está na diocese de Aveiro desde 1980, primeiro como bispo coadjutor (1981-1988) e depois como bispo residencial (1988-2006). Actualmente colabora com a diocese e a igreja portuguesa em geral, mantendo uma coluna de opinião no semanário “Correio do Vouga” e em diversos outros jornais regionais.

Jorge Pires Ferreira

António Capão na Academia Portuguesa de História



António Capão, homem da cultura, com estudos e publicações ligados à Literatura e Língua Portuguesa, Etnografia, Geografia Linguística, Antroponímia e Toponímia, foi eleito membro da Academia Portuguesa de História em 13 de julho, onde foi recebido solenemente na instituição a 12 de outubro. Assim li no Correio do Vouga, órgão oficial da Diocese de Aveiro, no qual colaborou inúmeras vezes, respondendo sempre a qualquer convite que lhe fosse dirigido nesse sentido. 
No seu discurso de agradecimento, sublinhou, conforme o referido semanário: «Ora, esta criança que nasceu há mais de 80 anos, que descalça pisou solos macios e barros gretados, que atrelou bois aos tradicionais instrumentos agrícolas e os guiou, que pegou nas arrabelas da charrua e na rabiça do arado, que estudou  e se licenciou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que investigou, registou e escreveu milhares de páginas, essa criança, sou eu: António Tavares Simões Capão que, se Deus me der vida e saúde, continuarei a contribuir para o prestígio da Academia.» Aqui fica, com os meus modestos parabéns, esta referência a um mestre, que foi e é também um cidadão exemplar, um professor ilustre e um estudioso incansável, merecedor de todas as honras.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Poesia para este tempo de Mário Dionísio




Complicação

As ondas indo, as ondas vindo
— as ondas indo e vindo sem
parar um momento.
As horas atrás das horas, por mais iguais
sempre outras.
E ter de subir a encosta
para a poder descer.
E ter de vencer o vento.
E ter de lutar.
Um obstáculo para cada novo passo
depois de cada passo.
As complicações,
os atritos para as coisas mais simples.
E o fim sempre longe, mais longe,
eternamente longe.

Ah mas antes isso!

Ainda bem que o mar não cessa
 de ir e vir constantemente.
Ainda bem que tudo é
infinitamente difícil.
Ainda bem que temos
de escalar montanhas e que elas vão
sendo cada vez mais altas.
Ainda bem que o vento
nos oferece resistência
e o fim é infinito.

Ainda bem.
Antes isso.
50 000 vezes isso
à igualdade fútil da planície.

Mário Dionísio,
Complicações

Por sugestão do caderno Economia do EXPRESSO

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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UMA REFLEXÃO PARA ESTE DOMINGO




MAIS FORTE DO QUE EU
Georgino Rocha

Que estranha figura nos vem trazer tão alegre notícia! Que protagonista desconcertante escolhe Marcos para abrir o cenário do início à narração do Evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus! Que multidões, dos campos e de cidades, cheias de expectativas, acorrem a ouvir João Baptista e os seus exigentes apelos de conversão! Estas exclamações contêm interrogações que encontram resposta na proclamação da mensagem que nos chega dos cristãos de Roma e que redigida nos anos 67/67 da nossa era.
A figura de João é estranha, desconcertante, irreverente, subversiva. A sua retirada para o deserto assemelha-se à de Elias: contestação dos critérios imperantes nas classes dirigentes, políticas e religiosas, denúncia do sistema social estabelecido, apelo veemente à transformação da estruturação da sociedade e do estilo de vida sóbria, reduzida ao essencial. O deserto surge como espaço de encontro com Deus, propício para escutar a voz da consciência em suas aspirações fundamentais, distante dos interesses e dos privilégios dos poderosos, liberto de temores e de represálias.

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