segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

António Capão na Academia Portuguesa de História



António Capão, homem da cultura, com estudos e publicações ligados à Literatura e Língua Portuguesa, Etnografia, Geografia Linguística, Antroponímia e Toponímia, foi eleito membro da Academia Portuguesa de História em 13 de julho, onde foi recebido solenemente na instituição a 12 de outubro. Assim li no Correio do Vouga, órgão oficial da Diocese de Aveiro, no qual colaborou inúmeras vezes, respondendo sempre a qualquer convite que lhe fosse dirigido nesse sentido. 
No seu discurso de agradecimento, sublinhou, conforme o referido semanário: «Ora, esta criança que nasceu há mais de 80 anos, que descalça pisou solos macios e barros gretados, que atrelou bois aos tradicionais instrumentos agrícolas e os guiou, que pegou nas arrabelas da charrua e na rabiça do arado, que estudou  e se licenciou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que investigou, registou e escreveu milhares de páginas, essa criança, sou eu: António Tavares Simões Capão que, se Deus me der vida e saúde, continuarei a contribuir para o prestígio da Academia.» Aqui fica, com os meus modestos parabéns, esta referência a um mestre, que foi e é também um cidadão exemplar, um professor ilustre e um estudioso incansável, merecedor de todas as honras.

2 comentários:

  1. Estou feliz com esta notícia, pois estou a rever o meu antigo professor de Literatura Portuguesa, no Liceu nacional de Aveiro, em 1967. Tenho memórias muito vivas das aulas dele, aulas muito interessantes e animadas e até de alguns episódios pitorescos. Já nessa altura ele se dedicava à escrita e um dia até nos ofereceu um opúsculo intitulado:Nome Popular do Chapim e da Codorniz"
    Grande homem, o Professor António Capão. Daqui vai um grande abraço e a minha gratidão!

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  2. Ainda acerca do Dr António Capão, não resisto a contar esta cena pitoreca, passada numa aula: Estava o Professor a explicar à turma, a linguagem da "Crónica de D. João I", num excerto que fora lido, previamente. A focalização incidia no movimento que as palavras conferem à descrição da realidade. Se a memória não me falha, tratava-se do momento em que o rei subia para o cavalo.O Professor falava, falava, mexendo expressivamente as mãos, gesticulando! A certa altura, pergunta à turma: Onde está o movimento? Toda agente fez silêncio, mas, titubeante, a medo, a Célia, de Ílhavo,levanta a voz e diz: O movimento está, nas mãos!
    Silêncio sepulcral!Uma aluna ousara quebrar as regras da velha escola e "desafiara" o Professor! Este? Sorriu com bonomia e a aula prosseguiu..........

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