sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Igreja Católica e Cultura



Relação com a cultura 
«obriga a Igreja a sair para a rua»

Às vezes basta uma palavra: Deus.
E ouço a música, pinto o inferno.
É uma espécie de inocência ardente, um modo de ir para longe.
Sou elementar, anjos são os primeiros nomes.
(Herberto Helder)

Não é fácil tentar responder à questão sobre o que é mais importante (criar, manter, repensar) na relação da Igreja com a cultura. Por um lado, há uma tendência para centrar a questão não na Igreja mas na religião; por outro, a definição de cultura é tão ampla, que se fica sempre aquém (como dizia Agostinho da Silva, até “um pastel de bacalhau é cultura”).

Certo é que a ligação entre religião e cultura é tão forte que muitos autores ou mal as distinguem ou fazem depender a qualidade de uma da qualidade da outra - por exemplo, para Maria Zambrano, “uma cultura depende da qualidade dos seus deuses” e, para T. S. Eliot, “nenhuma cultura pode aparecer ou desenvolver-se exceto em relação com uma religião”. De facto, mais do que apenas uma herança, o Cristianismo, ao longo da História, tem sido uma matriz inspiradora da arte e da cultura em geral. Desde logo, na sua génese, há uma cumplicidade, um “húmus comum”, entre o Cristianismo e a Cultura Clássica. Ainda que com diferentes conceções do Homem, de Deus e da relação entre ambos, “conhece-te a ti mesmo” tanto proclamou Sócrates como proclama o Novo Testamento.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Quanto mais conheço alguns políticos mais gosto dos meus cães




O Totti (à esquerda) e a Tita (à direita) dão-me lições que muitos seres humanos não conseguem imitar.

CEP: Bispos dizem que crise financeira internacional coloca democracia em risco

“É cada vez mais claro que a política internacional não pode reduzir-se, nem muito menos submeter-se, a obscuros jogos de capital que fariam desaparecer a própria democracia”, assinala o documento, divulgado em Fátima, no final da assembleia plenária da CEP.
Para os bispos, a vida democrática “só acontece onde todos se reconhecem, respondendo cada um pelo que faz ou não faz, à luz de valores e direitos que a todos interessam e suportam”.
“Nem podemos abster-nos da vida democrática, nem devemos cair nas mãos de novos senhores sem rosto. Também aqui se há de respeitar a verdade, condição básica da justiça e da paz”, alerta."
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Mãe ajuda filho a copiar...

"Um aluno de 10 anos foi apanhado a copiar numa escola de Chaves. Já não é coisa boa, mas se lhe disser que um aluno foi apanhado a copiar, com ajuda de sms enviadas pela mãe, é provável que dê um salto. Eu pelo menos dei, mesmo sabendo que em Portugal por vezes há aprendizes de juízes que copiam, com a complacência dos professores. De facto, uma mãe que planeia em casa a estratégia do copianço com o filho, lhe entrega um telemóvel para levar a cabo a operação, e se senta em casa à espera da hora do teste para lhe servir de cúmplice é de bradar aos Céus."
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Nota: Como é possível haver jovens honestos com mães destas? Com exemplos destes e outros? O problema é que há cursos e formação para todas as áreas profissionais e demais ações sociais, menos para as tarefas da paternidade e maternidade.

Orçamento: Pessoas estão acima dos números


O economista Alfredo Bruto da Costa, estudioso na área da pobreza e presidente da Comissão de Justiça e Paz, considera que a discussão sobre o Orçamento de Estado para 2012, em Portugal, deve ter em conta as pessoas e definir prioridades para as servir.

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Escola para encontrar caminhos novos



Uma desmotivação perigosa 
António Marcelino 

«Há escolas que funcionam bem, professores exemplares, alunos brilhantes e cumpridores, pais abertos e próximos, comunidades colaborantes, gente do governo, atenta, que sofre e não desiste. Porém, a escola será sempre o ponto de encontro e o eco inevitável das famílias desestruturadas, dos filhos não amados, das crises sociais, dos professores sem segurança, das metodologias de ocasião, de uma sociedade sem rumo, de acontecimentos inesperados. Todos os ventos borrascosos que se levantam na sociedade açoitam duramente as famílias e entram, na escola, por portas e janelas. Não os impedem os seguranças contratados, nem lhes muda o rumo a simples boa vontade de esforços isolados.» 

Vamos preparar e viver o S. Martinho: 11 de novembro


O verão de S. Martinho 
Maria Donzília Almeida

Numa altura em que as estações do ano, estavam mais ou menos definidas no calendário, era costume as temperaturas baixarem, significativamente, no Outono e este funcionava como antecâmara da estação fria, que se seguia, o inverno. 
Com o aquecimento global decorrente do efeito de estufa, as estações andam um pouco baralhadas e, muitas vezes apresentam “sintomas” de um clima pouco saudável. 
Antigamente, há muito tempo atrás, as pessoas esperavam, lá para meados do Outono, mais ou menos a época em que estamos agora, uma trégua, nas condições climatéricas adversas, chuva e frio. Era chamado, popularmente, a este período de bom tempo, o Verão de S. Martinho. O povo, pródigo em imaginação, procurou a justificação para este fenómeno, surgindo assim, a lenda de S. Martinho. 
Martinho nasceu em 316 DC, na Panónia, Hungria, filho de um oficial romano, em plena Idade Média. Durante este período da história, foi um dos santos mais populares de França. Guardado em Tours, numa basílica, o seu túmulo foi um dos centros de peregrinação, mais visitados da Europa Ocidental. Foi em 339 que aconteceu o seguinte episódio que o iria imortalizar.