segunda-feira, 3 de outubro de 2011

MANDELA regressa a "casa"




«A ABC News avançou a notícia de que o ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela decidiu retirar-se para a sua terra natal, Mvezo, naquele que poderá ser um sinal de recolha e de “regresso a casa”, onde permanecerá à espera do seu “último dia”.»


NOTA: Não será fácil encontrar na nossa geração uma personalidade tão forte e tão carismática como Mandela. Ele é, verdadeiramente, um santo laico, um santo que já está na memória de todos os homens livres do nosso tempo, um preclaro exemplo a seguir.

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ADIG recorda jogos tradicionais de antanho


Enquanto os mais velhos recordam, a miudagem que passava 
não deixaria de olhar espantada para o que estava a ver


A ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré) levou a efeito uma ação para recordar jogos tradicionais de antanho, ontem, domingo, no Jardim Oudinot. Nada têm a ver, obviamente, com playstations, computadores e outras cenas informáticas, que tal nem sequer era sonhado no tempos dos avós dos nossos dias. Há décadas, a imaginação supria, como é sabido, os jogos comprados por gente endinheirada, mas nada de tecnologias de ponta. Muito menos o que existe atualmente. Nem por isso, porém, o jogo deixou de ter o seu peso enorme,  como peça fundamental na socialização do povo.  

Despedimo-nos uns dos outros muitas vezes

"Anjo" de Lourdes Castro

«Nós não vemos a vida – vemos um instante da vida. Atrás de nós a vida é infinita, adiante de nós a vida é infinita. A primavera está aqui, mas atrás deste ramo em flor houve camadas de primaveras de oiro, imensas primaveras extasiadas, e flores desmedidas por trás desta flor minúscula. O tempo não existe. O que eu chamo a vida é um elo, e o que aí vem um tropel, um sonho desmedido que há de realizar-se. E nenhum grito é inútil, para que o sonho vivo ande pelo seu pé.»

Raul Brandão, 
citado por Tolentino Mendonça 

domingo, 2 de outubro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


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Hóquei em Patins: Portugal em terceiro lugar no campeonato do mundo





A selecção nacional de Hóquei em Patins ficou em terceiro lugar no campeonato do mundo que se realizou na Argentina. Ficou com o Bronze, a Argentina com a Prata e a Espanha com o Ouro. Pelo que ouvi, fomos escandalosamente arredados da final por uma má arbitragem. Já não ganhamos este campeonato há muito tempo. Também, tanto quanto vou percebendo, o futebol destronou os demais desportos, sobretudo o Hóquei de que fomos mestres no mundo. Não há grandes espaços para mais nada. As notícias do Hóquei restringem-se a uns cantinhos numa qualquer página menos nobre de jornal. 
A minha geração pode lá esquecer Jesus Correia e muitos outros craques que brincavam com o stique e com a bola em cima de patins, e os relatos emocionados de Artur Agostinho e Amadeu José de Freitas!

No DN

Uma reflexão para este domingo


CUIDAR DA VINHA. É A NOSSA VEZ!
Georgino Rocha


Finalmente, nossa! – declaram, alegres e triunfantes, os vinhateiros. A herança, que tanto ansiámos e tanto trabalho nos deu, é nossa. Valeu a pena. Tudo ultrapassámos. Estão neutralizados ou liquidados os enviados do dono para receberem a colheita. Acabamos de dar a morte ao próprio filho. Conseguimos a vinha, apesar de ficarmos com as mãos cheias de sangue. Afirmámos a nossa determinação e rasgámos o contrato. Ouvimos palavras duras, mas escutámos a razão emotiva que clamava pela posse da terra e dos seus produtos. Finalmente livres de quem se aproveita do nosso trabalho!

O dono da vinha dá-lhes tempo para serem razoáveis. Aumenta, não apenas o número de enviados, mas a sua representatividade. O filho, herdeiro por natureza e por lai, entra em acção. Tudo em vão. Resolve, então, enfrentar os arrendatários usurpadores. E aplica -lhes uma sentença “sem piedade”, cruel.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 257


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 40


... E O GALO! 

Caríssima/o:

Há dias assim...

Como em todos os outros, a capoeira andava no meio da estrada: galinhas, pintos amarelinhos e o galo! Lampeiros e a aproveitar uma ou outra folha de couve caídas do carro de vacas que passou há momentos. Mas a algazarra cresceu de tom quando a espiga lhes saiu na rifa... Atiraram-se todos à uma... os pintainhos assustados piavam... 

De repente, surge o ciclista apressado, azougado... 
À sua passagem deixa um rasto de destruição e de morte. Sem exagero: jazia morto, com o pescoço estrangulado, o galo degolado! 

Que fazer? 
Com a velocidade que levava, nem se aperceberia da tragédia não fora a calma e o silêncio que, de repente, o envolveram. Parou. Só então viu o que acontecera: o galo meteu o pescoço na roda traseira e os raios fizeram o resto. 

Ali estava o resultado... Pegou com a mão direita no galo e com a esquerda na cabeça e só uma pergunta: De quem seria? 
- Não importa... O galo não devia andar na estrada... Leve-o que não ganhou para o susto...
Leve-o...
Perto morava um sapateiro com graves problemas de saúde...
Agradeceu e bem lhe soube ...
Isto foi nos primeiros dias de Outubro de 1958! Em plena rua de Padre Américo.

Manuel