sábado, 24 de setembro de 2011
Um poema para este sábado
TELEVISÃO
A televisão é uma fotografia de guerra
que mexe. É um beijo mais largo que a minha cabeça.
É uma caixa de sabão que não se cansa de lavar mais branco.
E faz muita companhia, a mim, aos livros, ao cão.
O arroz está mais caro. A água e a luz também.
Eu estou mais gorda e não passou na televisão:
a minha televisão é sensível, preocupa-se comigo,
é como se fosse uma pessoa; melhor
que as pessoas amigas que me contam as rugas
e os cabelos brancos, resmungam
por tudo e por nada, calçariam luvas
para apanhar do chão um livro
ou mesmo o meu coração se caísse.
Teresa M. G. Jardim,
Jogos Radicais, Assírio & Alvim, 2010, p. 19
Nota: Sugestão do caderno Economia do EXPRESSO
Pacheco Pereira: cortar dinheiro ao Estado não é reformar o Estado
Pacheco Pereira garante que cortar dinheiro ao Estado não é reformar o Estado. Concordo com o conhecido político, cronista, historiador, analista e "dono" do blogue Abrupto.
Leia aqui
Lei de talião: olho por olho, dente por dente
O MILAGRE DO PERDÃO
Anselmo Borges
Já no avião, vindo de Santander, aonde fora participar num curso de Verão sobre "Transformação da Teologia na situação actual: pluralismo religioso e secularização", leio no El País um daqueles casos que nos dão o melhor da Humanidade.
Ameneh Bahramí é uma mulher iraniana de 32 anos, que não aceitou uma proposta de casamento com Majid Mohavedí. Por causa disso, este atirou-lhe ácido à cara, e ela não só ficou com o rosto desfigurado como perdeu a visão dos dois olhos. Um tribunal decidiu então aplicar a lei de talião, ainda vigente no Irão, e que Majid Mohavedí perdesse também a visão. Aplicação da lei de talião: olho por olho, dente por dente.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Moliceiros da Ria de Aveiro
“Moliceiros da Ria de Aveiro”, numa edição, a 3.ª, da Câmara
Municipal de Aveiro, é uma brochura de apenas 53 páginas, que se lê ou relê num
fôlego. A autarquia aveirense diz, na abertura, que entendeu «resgatar do tempo
a parte mais significativa duma obra editada pelo Instituto para a Alta
Cultura, em 1943, de autoria do etnógrafo D. José de Castro, sobre os Moliceiros
da Ria de Aveiro». E acrescenta que este trabalho «é o resultado dum profundo
trabalho de pesquisa levado a cabo ao longo de 3 anos, de 1940 a 1943, e que
reflecte, em larga medida, a realidade da vida económica da Ria de Aveiro, numa
época em que o Barco Moliceiro ainda desempenhava papel importantíssimo».
Para além dos escritos, desenhos e fotografias de D. José de
Castro, o livrinho, muito bem ilustrado, ainda apresenta um poema de Amadeu de Sousa, um texto e fotografia de Gaspar Albino, um glossário de Diamantino Dias
e mais fotografias de Manuel Gamelas e da CINEX.
Para ler ou reler, obviamente, quando houver saudades dos
moliceiros ou da nossa laguna.
Voltarei a ele quando puder….
FM
O verão, triste, já lá vai, viva o outono!
O verão, triste, já lá vai, viva o outono! Será (o outono) como sempre foi: triste, acastanhado, cinzento, prenúncio do inverno que vem logo a seguir. Porque já sabemos como ele é, não estranhamos o vento, nem a chuva, nem o frio. Afinal, o outono é uma estação que não engana ninguém.
Turismo em Aveiro: A ria sempre com interesse
Não há dúvida sobre a importância da nossa Ria de Aveiro. O turismo, sempre ouvi dizer, é um manancial com muito ainda por explorar. Quando vejo vida à sua volta, é bom sinal. Ontem os barcos não paravam com viagens sucessivas. Não sei se é assim todos os dias, mas se for todos temos de nos congratular.
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