A Figueira da Foz merece bem uns passeios pela cidade. Não com os olhos no chão, mas fixos no que há para apreciar. E para registar.
Rua da República
Ontem andei pela Rua da República, com boa proteção para quem passeia a pé. Comércio variado e gente que se cruza no afã da vida, que férias não serão, nos tempos que correm, para toda a gente.
Palacete desabitado
Numa esquina há um edifício, tipo palacete, abandonado ou desabitado. Não souberam dizer-me que família burguesa ou nobre nele viveu ou gozou férias, no tempo em que a Figueira da Foz era uma estância balnear por excelência para gente de posses. Ali acolheu, durante anos, alguns serviços de saúde, segundo me disseram.
Na mesma rua, conheci uma senhora farmacêutica que foi, há décadas, professora numa escola da Gafanha do Areão. Morava em Aveiro e dava boleia a colegas para escolas por onde passava. Depois ainda lecionou em Ílhavo. Recordou-me, com um sorriso nos lábios, esses tempos. Em Aveiro incomodavam-na as nortadas agrestes.
Marina
O café de hoje tomei-o na marina, no Tapas Bar, que apoia a escola de vela da Figueira da Foz. Ambiente agradável, com a maresia a recordar-me a Barra. Estrangeiros dos iates ancorados na marina. Ao meu lado, uma senhora escrevia no seu portátil, com rapidez. Porventura notas do seu diário. Ao lado, o marido, na sua tablet, lia jornais, se calhar com novas da sua terra.