quarta-feira, 11 de maio de 2011

Gafanha da Nazaré: Conferências Primavera

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NOTA: Segundo informações da organização, a conferência de amanhã, com o ex-candidato à Presidência da República e fundador da AMI, Fernando Nobre, não se realizará, como estava previsto.

Peregrinos de Fátima na reta final



Conforme o ponto de partida, os peregrinos de Fátima, a pé, já há uns 15 dias que iniciaram a marcha. Estão na reta final. Os sofrimentos terão sido imensos e diversos, mas há crentes que assumem estes sacrifícios como alimento da sua fé. Fazem-no consciente e livremente, alguns deles há muitos anos seguidos. Principalmente em maio, mês das grandes peregrinações.
Muito embora não falte quem conteste estes sacrifícios, como não da vontade de Deus, que se sacrificou, definitivamente, por todos nós, na cruz, a verdade é que temos a obrigação de respeitar as opções das pessoas. Bem razão tinha uma peregrina que se arrastava de joelhos até à capelinha da aparições,  há muito, quando, a uma proposta de um bispo que se dispunha, com os seus poderes, a amenizar-lhe a promessa por outro sacrifício menos violento, lhe respondeu não estar interessada em qualquer troca, porque a ele, bispo, ela não devia nada.
É verdade. Há quem se sacrifique por outras causas, que nada têm a ver com questões de fé, sem que alguém as refute. Nessa linha, depois de devidamente esclarecidos, os crentes e devotos de Nossa Senhora podem seguir as suas ideias, desde que não prejudiquem terceiros. Se prometem sacrifícios, que os cumpram, sem atentarem contra a própria vida, que a isso se opõe a doutrina da Igreja Católica.
Quando vejo o sofrimento dos peregrinos, não posso deixar de me comover pela sua capacidade de resistir à dor, à sede, à fome de comida habitual,  à falta de comodidade, aos perigos. Tudo pela fé que os anima.
Entretanto, não têm faltado apoios de voluntários, que os esperam em passagens estratégicas. E até já há um “site” com preciosas informações para quem peregrina ou pretende peregrinar.

Fernando Martins

A crise não envolve apenas milhões de euros



Crise económica 
e outras crises

 António Marcelino

Certamente que da troika não se esperavam reflexões ou orientações para além do que se refere à crise económica e financeira que lhes dizia respeito. Porém, a crise mais conhecida e que toca mais visivelmente a todos, se, como se diz, exige restrições e medidas que permitam pagar as dívidas e, depois, um maior crescimento, investimento, concorrência, alargamento das exportações e, por aí adiante, parece urgente dizer que a crise que nos toca a todos não envolve apenas milhões de euros.
Aceitemos que a situação penosa e crítica, alargada à Europa e a outros países longínquos, teve também influência no que se passou e se passa no nosso país. Mas, ainda neste caso, quais as causas reais que nos levaram a uma tal situação? O dinheiro, só por si, não provoca crises.

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré: Feira da Saúde



Para  ver como anda a sua saúde!

MAIO — Sábado, 14, das 10 às18h

Ao longo do dia Workshop: “Suporte básico de vida para leigos”, com Bombeiros Voluntários de Ílhavo

Temas:
 “Prevenção Ocular - Condições Ambientais Adversas”
 “Sem o saleiro à mão”
 “A terapia da fala e a estética”
 “Terapia da dor”
 “Tratamento de doenças neurológicas com Acupunctura Craniana”

terça-feira, 10 de maio de 2011

Efeméride: Joaquim Agostinho morreu há 27 anos


No dia 10 de maio de 1984, faleceu o grande ciclista português Joaquim Agostinho, porventura o maior ídolo   daquela altura. Ainda hoje, 27 anos após a sua morte, são recordados os seus feitos, quer na volta a Portugal, quer nas volta à França. Homem simples, iniciou-se no ciclismo um pouco tarde,  com 25 anos, mas nem por isso deixou de  impor pela sua determinação e coragem. Faleceu vítima de uma queda na volta ao Algarve, depois de dez dias de coma.

A Ética e a Política

Urge redefinir o que entendemos por prosperidade





Não contar só com a ganância do padeiro

José Tolentino Mendonça

Um dos clássicos da economia moderna, Adam Smith, resumia desta maneira pragmática o funcionamento do sistema económico: devemos o nosso pão fresco diário não ao altruísmo do padeiro, mas  à sua ganância.  É graças à ambição do ganho, que os bens de que precisamos chegam às prateleiras dos supermercados. Esse dado é, de resto, comummente aceite e consensualmente aceitável.
O facto que hoje se coloca, sempre com maior urgência, é, porém, de outra natureza. Claro que não perde validade a justa expectativa de que a atividade laboral produza o seu lucro, mas o que se coloca às nossas sociedades é a questão da sua capacidade para resolver, ainda que de modo não completamente perfeito, os desequilíbrios que elas próprias geram e que ameaçam a sua preservação. Ora, este processo de reajuste e maturação do sistema não parece que possa ficar unicamente dependente daquilo que Adam Smith chamou “a ganância do padeiro”.