segunda-feira, 7 de março de 2011

Guardiã serena


A serenidade da minha gata, a Biju cá de casa,  qual guardiã atenta, está bem patente nesta foto. Postura de quem sabe que livros e música precisam de quem os guarde, na esperança de que alguém os leia e ouça.

Somos inacessíveis!...


A arte de escutar

José Tolentino Mendonça

A dada altura passamos a aceitar o invisível em nós e nos outros. Isto é, damos por nós a aceitar serenamente que a vida tem camadas geológicas como a terra, que a vida se expande por tempos de formação ocultos à superfície, e que em todas as existências há uma crosta terrestre e metros e metros de filamentos, mergulhados em silêncio. Ao contrário dos juízos apressadamente rasos, nos quais todos caímos, é preciso dizer que somos inacessíveis. E que os instrumentos que temos para chegar ao coração uns dos outros são inquietantemente limitados. Basta reconhecer como o nosso olhar, este olhar que tão a miúdo absolutizamos, está prisioneiro do presente: aquilo que o olhar anota é sempre e só o presente histórico nas suas configurações. Enquanto que no interior de cada um, o passado e o futuro têm uma força insuspeitável, um impacto a perder de vista.

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domingo, 6 de março de 2011

Miguel Ângelo nasceu neste dia



Miguel Ângelo, um dos mais notáveis artistas de todos os tempos, nasceu neste dia do ano de 1475. Morreu em 18 de Fevereiro de 1564.
Estar atento às efemérides é recordar e celebrar acontecimentos, pessoas e descobertas. Fundamentalmente o que é bom para a humanidade. O mau deve ser recordado para não mais acontecer.
Sobre Miguel Ângelo, ver aqui

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

"A minha vida deu um livro" — Fernando Pessoa



“A minha vida deu um livro” é uma brochura editada pelo EXPRESSO desta semana. Trata-se de um ensaio interpretativo da vida e obra de Fernando Pessoa, de João Gaspar Simões, que teve a dita de conhecer o poeta dos heterónimos. Para ler rapidamente e para recordar o que já sabemos. Ou, ainda, para nos estimular a releituras do nosso maior poeta do século XX. Há quem diga que também foi o maior da nossa história literária. O prefácio é de Clara Ferreira Alves, que diz, a encerrar o seu escrito:
«Ele não foi um génio em Portugal. Foi o génio português no mundo. São coisas diferentes. E para ser este génio bastava-lhe ter escrito a Tabacaria (1929). E mais nada.»
E João Gaspar Simões esclarece:
«A paradoxalidade permanente do seu espírito perturbava os seus amigos, que nunca tinham sabido com perfeito conhecimento de causa quando é que ele lhes falava a sério ou teatral. Só o seu aspecto físico proclamava o desregramento da sua alma. A testa tornara-se-lhe proeminente, rareando-lhe os cabelos que embranqueciam, repuxados para trás. Fixava as pessoas com olhos atentos, mas desassossegados, como quem faz um grande esforço para ver o mundo exterior.»
Livrinho para ler num domingo, descontraidamente.
FM

Foto sem preço: aves com expressão


Esta foto foi-me enviada pelo padre João Caniço, jesuíta, natural da Oliveirinha e radicado em Lisboa, ao que suponho, neste momento. Trata-se, realmente, de uma foto sem preço, expressiva, representando um momento único ou raro. Para apreciar neste domingo, ainda fresco, mas à espera da primavera.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 227

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 10


AS NOSSAS BICICLETAS II


Caríssima/o:

A poesia da semana passada é quase (como que) um diário de bordo e reporta de maneira real toda a fantasia dos nossos dez-quinze anos, seja hoje ou tenham passado décadas.
Também andámos pelas nossas estradas a correr, a voar, a arrastar, a esfarrapar...
Isto de andar de bicicleta é como nadar: primeiro tem de se aprender...
Dominada a máquina, depois das quedas, dos tombos, dos saltos, das esmurradelas e amoladelas (para só falar destas!...), incorporados no grupo e recomendados a um mais velho, estávamos aptos para a primeira viagem até Aveiro, para o Liceu ou para a Escola Comercial...
Todos os dias da semana, sábados incluídos – que nesses tempos tínhamos aulas aos sábados... - um rancho de várias dezenas de rapazes e raparigas enchia a estrada da Gafanha para Aveiro.
Teremos ocasião para relembrar algumas das cenas ocorridas nessas deslocações, umas trágicas, cómicas outras, doridas ou divertidas, chuvosas ou suadas, enfim, para quase todos os gostos.