sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2011

Bento XVI


Liberdade religiosa, caminho para a paz

«Poder-se-ia dizer que, entre os direitos e as liberdades fundamentais radicados na dignidade da pessoa, a liberdade religiosa goza de um estatuto especial. Quando se reconhece a liberdade religiosa, a dignidade da pessoa humana é respeitada na sua raiz e reforça-se a índole e as instituições dos povos. Pelo contrário, quando a liberdade religiosa é negada, quando se tenta impedir de professar a própria religião ou a própria fé e de viver de acordo com elas, ofende-se a dignidade humana e, simultaneamente, acabam ameaçadas a justiça e a paz, que se apoiam sobre a recta ordem social construída à luz da Suma Verdade e do Sumo Bem.
Neste sentido, a liberdade religiosa é também uma aquisição de civilização política e jurídica. Trata-se de um bem essencial: toda a pessoa deve poder exercer livremente o direito de professar e manifestar, individual ou comunitariamente, a própria religião ou a própria fé, tanto em público como privadamente, no ensino, nos costumes, nas publicações, no culto e na observância dos ritos. Não deveria encontrar obstáculos, se quisesse eventualmente aderir a outra religião ou não professar religião alguma. Neste âmbito, revela-se emblemático e é uma referência essencial para os Estados o ordenamento internacional, enquanto não consente alguma derrogação da liberdade religiosa, salvo a legítima exigência da justa ordem pública.[7] Deste modo, o ordenamento internacional reconhece aos direitos de natureza religiosa o mesmo status do direito à vida e à liberdade pessoal, comprovando a sua pertença ao núcleo essencial dos direitos do homem, àqueles direitos universais e naturais que a lei humana não pode jamais negar.
A liberdade religiosa não é património exclusivo dos crentes, mas da família inteira dos povos da terra. É elemento imprescindível de um Estado de direito; não pode ser negada, sem ao mesmo tempo minar todos os direitos e as liberdades fundamentais, pois é a sua síntese e ápice. É «o papel de tornassol para verificar o respeito de todos os outros direitos humanos».[8] Ao mesmo tempo que favorece o exercício das faculdades humanas mais específicas, cria as premissas necessárias para a realização de um desenvolvimento integral, que diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em cada uma das suas dimensões.»

 Pode ler toda a Mensagem aqui.

Ano Novo — Vida Nova


É proibido, neste fim de 2010 de triste memória para muitos portugueses, cair em pessimismos, pela simples razão de que tal atitude não nos conduz a parte nenhuma. Vamos pôr de lado as crises que nos assolaram durante 2010 e avançar, com o otimismo possível e necessário, para um novo ano de lutas, no sentido de conquistarmos o tempo perdido. De mangas arregaçadas, de olhar firme em novos horizontes e de coragem para ultrapassar obstáculos, é nosso dever caminhar em frente, na certeza de dias melhores.
Se é certo que as dificuldades aguçam a imaginação e espevitam a criatividade, então vamos apostar na busca de novas oportunidades e no aproveitamento de capacidades pessoais e coletivas porventura adormecidas, tendo em vista a conquista de um futuro melhor para todos.
Jovens e menos jovens, de mãos dadas e espírito aberto, saberemos partilhar saberes e entusiasmos, rumo a um mundo mais fraterno.
Bom ano de 2011 para todos.

Fernando Martins
 
Nota: Com Acordo Ortográfico

E os Velhos?



(Clicar na imagem para ampliar)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Rua Complexo Desportivo da Gafanha



Homenagem a todos os que contribuíram
para a construção do Complexo Desportivo

 
Em boa hora baptizaram uma rua da nossa terra com o nome de Complexo Desportivo da Gafanha. E digo em boa hora porque esse gesto reflecte a importância de uma estrutura desportiva que, presentemente, acolhe centenas de atletas de todas as idades, em especial ligados ao Grupo Desportivo da Gafanha (GDG). Mas ainda reflecte o esforço que diversas pessoas e entidades empreenderam para que o Complexo Desportivo fosse uma realidade.
Como é bem sabido, julgamos nós, os clubes amadores de futebol, que existiram na Gafanha da Nazaré, desde há muitas décadas, treinavam e jogavam em campos improvisados ou adaptados, minimamente, à prática do desporto-rei. Depois, por iniciativa da JAPA (Junta Autónoma do Porto de Aveiro), foi construído, no Forte da Barra, um campo, que foi posto à disposição do Grupo Desportivo da Gafanha, o mais representativo clube da nossa terra. Era um campo pelado, com balneários construídos para o GDG e que chegou a ter iluminação para treinos, já que os jogadores e treinadores tinham as suas profissões.
Nos finais da década de 60, do século passado, um gafanhão sugeriu os terrenos incultos da Colónia Agrícola como sendo a localização ideal para a instalação do novo campo de futebol do Gafanha, e em 20 de Março de 1976 o Secretário de Estado da Estruturação Agrária assina e autentica o Alvará de Cedência Gratuita à Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, para usufruto do Grupo Desportivo da Gafanha, de uma parcela agrícola com 8,5 hectares.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A mediocridade cresce como a erva daninha

Churchill

Incómodo dos medíocres

António Marcelino

Quando Churchill, ainda jovem, fez a sua primeira intervenção política na Câmara dos Comuns, no fim perguntou a um velho amigo de seu pai, também ele homem da política e que o tinha ouvido, o que pensava desta sua intervenção. E ele respondeu: “Mal, meu rapaz, muito mal. Devias aparecer mais tímido, nervoso, a gaguejar um pouco e meio atrapalhado… Porque foste brilhante, arranjaste, no mínimo, trinta inimigos: os medíocres, os oportunistas, os ambiciosos… Porque só pensam em si mesmos, em defender o seu lugar e em conquistar posições de relevo, sentem-se incomodados com quem tem talento e pode passar-lhes à frente. Eles vão fazer tudo para te derrubar…”
O episódio repete-se todos os dias, na política e fora dela, porque a mediocridade cresce como a erva daninha. Quem tem valor não aguenta e procura outros ares. Fora, há sempre lugar e acolhimento para os que valem. As cliques políticas, e não só elas, viciaram o ambiente, disseminaram a mediocridade e mostram que o vilão é sempre perigoso, quando tem na mão a vara do poder. De qualquer poder.
Para a máquina andar tem de se limpar toda a ferrugem que a entorpece. Haja quem tenha coragem e seja capaz, com êxito, desta difícil operação.

In CV

Um Presépio Japonês


Catedral de Santa Maria, Tóquio

Foto: guen-k

Um presépio japonês
 Guilherme d'Oliveira Martins

À Memória do João Bénard da Costa



Naquele dia de outono, Quioto estava na plenitude da sua beleza. O Pavilhão de Prata, o Ginkaku-ji, apagava-se diante da natureza pujante. Percebíamos que o importante não era o facto de a prata nunca ter sido colocada para tornar o edifício mais espetacular. Tudo se passava, afinal, como se apenas faltasse um espelho, pois o essencial era o jardim e a ordenação magnífica da natureza. E é a memória do xógum Yoshimasa, no distante século XIV, que está presente, a partir da recordação de seu avô, o qual num gesto de suprema audácia, cobriu de folha de ouro o surpreendente Kinkaku-ji… Ali, porém, naquele momento, mais do que a prata ou o ouro, estava a natureza em toda a sua intensidade. E talvez a ausência da prata pudesse ter sido um desígnio dos deuses, para que as árvores e as plantas pudessem tornar-se mais evidentes na sua magnitude. Era o tempo do momiji, em que a natureza culta, domada pelo ser humano, é dominada pelas folhas escarlate, como se fossem flores. Deambulámos pelos caminhos do jardim, contámos as suas pedras, deslumbrámo-nos com os musgos tratados, com as águas, com os lagos, com os jardins secos, com o saibro riscado ou a terra cuidadosamente penteada a representar ilhas, oceanos e os rios da vida. E caminhámos pela via dos mestres. Foi então que, naquela peregrinação singular, encontrámos em amena conversa, nesse caminho que nos leva a Namzen-ji, um monge budista e um clérigo cristão. Com surpresa, ouvimos o diálogo de quem se assumia ora como mestre ora como discípulo.

Ler mais aqui

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Eliana Machado: Uma voluntária ao serviço da paróquia da Gafanha da Nazaré

Eliana Machado

O voluntariado é importante nos tempos que correm

Eliana Mouta Machado, casada e com uma filha, reformada por invalidez há oito anos por força de uma artrite reumatóide, não se resignou a ficar em casa. Para além dos seus deveres de esposa e mãe, apostou em servir como voluntária nos tempos livres. Respondendo ao apelo do Prior José Fidalgo, para que substituísse uma funcionária do cartório em gozo de férias, aceitou o desafio e gostou do que fez: atendeu pessoas e executou tarefas próprias de uma paróquia que quer estar em organização permanente.
Eliana descobriu que se sentia bem nessa função e foi ficando. Depois do Prior Fidalgo, vieram os Padres Paulo Cruz e Francisco Melo, o actual Prior, a quem manifestou a vontade de permanecer no Cartório, como voluntária, como desde a primeira hora. E assim se mantém.
Presentemente, está a transpor para o computador, a partir dos livros oficiais, os registos de Baptismo, Casamento e Óbito, desde 2009 até 1960, retrocedendo no tempo. É uma tarefa que exige atenção e muito rigor, para não haver falhas que seriam muito prejudiciais à verdade histórica.

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue

Arquivo do blogue