terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Eliana Machado: Uma voluntária ao serviço da paróquia da Gafanha da Nazaré

Eliana Machado

O voluntariado é importante nos tempos que correm

Eliana Mouta Machado, casada e com uma filha, reformada por invalidez há oito anos por força de uma artrite reumatóide, não se resignou a ficar em casa. Para além dos seus deveres de esposa e mãe, apostou em servir como voluntária nos tempos livres. Respondendo ao apelo do Prior José Fidalgo, para que substituísse uma funcionária do cartório em gozo de férias, aceitou o desafio e gostou do que fez: atendeu pessoas e executou tarefas próprias de uma paróquia que quer estar em organização permanente.
Eliana descobriu que se sentia bem nessa função e foi ficando. Depois do Prior Fidalgo, vieram os Padres Paulo Cruz e Francisco Melo, o actual Prior, a quem manifestou a vontade de permanecer no Cartório, como voluntária, como desde a primeira hora. E assim se mantém.
Presentemente, está a transpor para o computador, a partir dos livros oficiais, os registos de Baptismo, Casamento e Óbito, desde 2009 até 1960, retrocedendo no tempo. É uma tarefa que exige atenção e muito rigor, para não haver falhas que seriam muito prejudiciais à verdade histórica.

Paralelamente a essa tarefa, ajuda no atendimento de pessoas que procuram o cartório para tratar dos mais diversos assuntos, relacionados com a vida da comunidade da Gafanha da Nazaré, esforçando-se o mais possível por servir bem toda a gente.
Eliana começou depois de uma operação. Veio de “canadianas”, em 2003, e de tal forma se habituou que já nem seria capaz de viver sem este ambiente. «Cá estou como voluntária no Cartório Paroquial, mas também ajudo no que for preciso; dou catequese a um grupo do 4.º ano e colaboro noutras actividades, esforçando-me por fazer o melhor possível, como posso e sei», disse.
Por outro lado, adiantou: «Considero que o voluntariado é importante nos tempos que correm, porque há muita gente com bastantes necessidades.» Mas ainda frisou que o voluntariado tem exigências: «Os voluntários têm de ser responsáveis na execução das tarefas a que se comprometem e cumpridores dos horários estabelecidos.»
A nossa entrevistada, pelo que dela conhecemos, é uma pessoa aberta ao serviço dos outros. Ainda recentemente, aquando da campanha de recolha de alimentos para o Banco Alimentar Contra a Fome, deu o seu contributo, colaborando com toda a sua boa disposição, sublinhando que ficou «surpreendida pela adesão das pessoas, que foram extraordinariamente generosas, superando todas as expectativas, apesar da crise que toda a gente sente e conhece».
No final da conversa que teve connosco, fez questão de agradecer ao nosso Prior, Padre Francisco Melo, e ao seu Vigário Paroquial, Padre César Fernandes, o facto de aceitarem a sua colaboração no serviço do Cartório. E aproveitou para desejar Boas Festas a todos os paroquianos.

Fernando Martins

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