Por Anselmo Borges
Começou esta semana a ser distribuído em várias línguas o livro-entrevista Luz do Mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos, constituído por um conjunto de conversas entre Bento XVI e o jornalista alemão Peter Seewald.
Os média fixaram-se no preservativo. Mas o livro é muito mais abrangente. O seu fio condutor é: "o cristianismo dá alegria, alarga os horizontes. Em última análise, uma existência vivida sempre e só 'contra' seria insuportável". Mas uma coisa é o cristianismo e outra a Igreja. Por isso, o Papa confessa que foi "um choque enorme" a constatação da pedofilia do clero, sobretudo pelas suas dimensões. Admite que o caso terrível de Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, "foi encoberto" por responsáveis do Vaticano. Lamenta não ter tido informação sobre o bispo negacionista R. Williamson, a quem levantou a excomunhão.