terça-feira, 26 de outubro de 2010

Entendimento entre PSD e Governo tarda em aparecer

Sempre me convenci que a equipa do PSD, com Eduardo Catroga, e a do Governo, com o ministro Teixeira do Santos, se entendessem depressa, dada a urgência de mostrar ao mundo que somos capazes de resolver os nossos problemas. Não foi assim, mas as conversações vão continuar.
Ninguém sabe se tem havido cedências de ambas as partes ou se persiste a teimosia, com cada um a querer impor a sua versão. O que penso é que o fumo branco tarda  em aparecer, com eventuais prejuízos para o país. O pior estará em não encontrarem uma solução, o que levará a que venham por aí os que mandam no mundo das Finanças para ditarem as suas leis, obrigando toda a gente a comer e a calar. E o mais certo, segundo tenho ouvido e lido, é que o OE, que eles ditarem, ainda será mais exigente do que o actual.

domingo, 24 de outubro de 2010

João Silva: Repórter de guerra ferido no Afeganistão

João Silva continuou a fotografar
mesmo depois de ter ficado com pernas
em parte decepadas por mina
 
O fotógrafo português João Silva, detentor de passaporte sul-africano, perdeu parte das pernas e sofreu hemorragias internas devido à explosão da mina que pisou no Afeganistão; mas mesmo assim continuou a tirar fotografias enquanto os paramédicos o tratavam, contou o jornal para o qual trabalha, o “The New York Times”.
 
Ver mais no PÚBLICO
 
 
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A propósito desta notícia, dramática, em que o repórter português João Silva sai bastante ferido, vem a talho de foice uma página do livro GUERRA SEM FIM, de Dexter Filkins, como retrato de uma cena de guerra.



 
(Clicar na imagem para ampliar)

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(clicar na imagem para ampliar)

"Marinha Portuguesa: Nove Séculos de História"



 “Marinha Portuguesa: Nove Séculos de História”,
um livro do Comandante Rodrigues Pereira

No próximo dia 27, decorre no Museu da Marinha em Lisboa, a apresentação de mais um livro do Comandante Rodrigues Pereira denominado Marinha Portuguesa – Nove Séculos de História.
Hoje como dantes o mar permanece como elemento fundamental para o futuro do país. Assim foi feito no séc. XX, com a criação da ZEE e assim será neste século com a concretização do projecto de alargamento da plataforma continental, sempre com a Marinha na missão de garantir aos portugueses o uso do seu mar.
A História da Marinha é uma História de Portugal vista do mar porque não é possível dissociar o mar dos acontecimentos fundamentais da História do país.
Neste livro reúnem-se, pela primeira vez, os acontecimentos mais importantes do nosso passado de quase nove séculos e como afirma no prefácio o Almirante Melo Gomes”…. A sua falta era sentida não só pelos marinheiros como pelos historiadores e investigadores que agora passam a dispor de uma obra de referência que apresenta também uma importante iconografia relacionada com o nosso passado.



NOTA: O Com. Rodrigues Pereira nasceu em Lisboa no ano de 1948,  tendo entrado para a Escola Naval em 1966. Foi promovido a Capitão-de-mar-e-guerra em 1999 e passou à Reserva por limite de idade em 2005.
Prestou serviço em diversas unidades navais, em várias missões, nomeadamente, na Guerra do Golfo e Iraque. Foi Capitão do Porto de Aveiro de 1995-98,  secretário da Comissão Cultural da Marinha, comissário das Exposições do Dia da Marinha em Cascais, Ílhavo, Viana do Castelo e Figueira da Foz e, desde 2006, exerce as funções de Director do Museu da Marinha em Lisboa.
Actualmente é Professor na Escola Naval e na Universidade Autónoma de Lisboa, sendo autor de vários livros relacionados com a História da Marinha Portuguesa, com destaque para os volumes das Campanhas Navais de 1793-1823.
É Presidente da Assembleia Geral dos AMI (Amigos do Museu de Ílhavo) e é Confrade de Honra da Confraria Gastronómica do Bacalhau.

Carlos Duarte




TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 207

PELO QUINTAL ALÉM – 44

O DIOSPIRO

A
meu irmão Zeca e
João Maria Pereira Júnior

Caríssima/o:

a. Ora cá está uma fruta que, nesta época, nos ocupa na apanha e na distribuição pelos familiares e amigos. Plantámos cinco árvores e, em ano de boa produção, não há paciência nem energia para contrariar a rápida maturação...
Como costumávamos dizer: “Louvada seja a fartura...”

e. Curiosamente, não conhecemos nenhuma destas árvores pelos quintais da Gafanha; o nosso primeiro contacto com esta fruta alaranjada foi à porta do Liceu de Aveiro... apenas com a vista já que os tostões que custava nos proibiram a prova... Era fruta rara e vendida como guloseima pelos vendedores de rebuçados e caramelos...

i. Um diospiro possui o tamanho aproximado de uma maçã, porém assemelha-se muito com o tomate.
Quando verde, é amargo e adstringente. Depois de amadurecido, a sua polpa fica macia e muito saborosa.
Os diospiros são geralmente consumidos ao natural sem casca, com canela ou em recheio de tartes, em compotas, batidos, saladas, no iogurte ou secos no desidratador.
O diospiro pode também ser usado para a produção de vinagre, proporcionando alto rendimento em mosto para fermentação, do qual resulta um produto de qualidade muito boa. A grande vantagem do processo é que ele permite o aproveitamento dos frutos que normalmente são descartados, permitindo a obtenção de 60 litros de vinagre com elevada graduação acética, a partir de 100 kg de frutos maduros.

o. Fruta de sabor doce e agradável, contém vitamina A, B1 e B2, além de quantidade considerável de fibras que regulam as funções intestinais.
A vitamina A é indispensável à vista, conserva a saúde da pele, evita infecções, auxilia o crescimento e faz parte da formação do esmalte dos dentes.
A vitamina B1 tonifica o músculo cardíaco e ajuda a regular o sistema nervoso e o aparelho digestivo.
A vitamina B2 é essencial ao crescimento, evitando ainda a queda de cabelos.

Propriedades: O Diospiro possui qualidades calmantes, febrífugas, antieméticas e laxativas. O seu uso é conveniente para os que sofrem de desnutrição, tuberculose, anemia, descalcificação, enfermidades das vias respiratórias, catarros da bexiga, transtornos intestinais, afecções do estômago e gastrite infantil.

sábado, 23 de outubro de 2010

REVISTAÚNICA dedicada ao mar

Trabalho gráfico de Hugo Marques
Foto de Luís Efigénio/NFACTOS

Foto da Coleção do Museu Marítimo de Ílhavo

O MAR: UMA PRIORIDADE NACIONAL

A  REVISTAÚNICA do Expresso desta semana é dedicada ao mar. Quem gosta de tudo quanto diz respeito ao mar vai, decerto, guardar este número, para ler com mais calma.
Há muito que o mar anda longe das preocupações dos nossos políticos e empresários. A UE cortou as asas aos portugueses, que não puderam ou não souberam reagir. A nossa frota bacalhoeira, de tantas tradições entre nós, desde há séculos, foi obrigada a apodrecer nos cais. Muitos trabalhadores tiveram que dar asas à sua imaginação para se adaptarem a outras vidas. Foi, de alguma forma, um dos maiores desastres do nosso país.
A revista inclui textos do Presidente da República, Cavaco Silva, e de economistas, artistas, desportistas, historiadores e cientistas, à volta de uma grande questão: Portugal e o mar: saída à vista? Para ler e pensar. Tudo com ilustrações belíssimas a condizer.
Em entrevista, Maria Damanaki, comissária europeia com a pasta dos Assuntos Marítimos e Pescas, diz que «É um sonho ter fronteiras comuns no mar da União Europeia», garantindo que «Uma política marítima integrada traz valor acrescentado a todos». Refere ainda que «Portugal é um dos países mais cooperantes nas questões marítimas», porque «Tem tradição e vontade política».
Numa reportagem, intitulada O regresso dos bacalhoeiros, afirma-se que, «Após mais de uma década de ausência, os bacalhoeiros portugueses regressaram aos mares gelados da Gronelândia e da Terra Nova, mas o bacalhau continua a ser um bem escasso». Congratulemo-nos, ao menos, com o regresso.
Por sua vez, no texto que escreveu, o Presidente Cavaco Silva termina assim as suas considerações, que tiveram como ponto de partida «O mar: uma prioridade nacional»:
«Na conjuntura atual, talvez mais do que nunca, sente-se a falta de desígnios nacionais que contribuam para dar mais coesão e mais autoestima aos portugueses. O mar, despojado de messianismos, enquanto ativo estratégico e económico nacional, poderá consistir num dos desígnios que hoje nos faltam. Do que é que hoje estamos à espera?»

FM

Nota: Com Acordo Ortográfico

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