Duas novas executantes da "Música Velha"
"MÚSICA VELHA" TEM FUTURO ASSEGURADO
Participei ontem no serão comemorativo dos 174 anos de existência da Filarmónica Gafanhense, sendo, por isso, a mais antiga colectividade do concelho de Ílhavo. Quem está habituado a ouvir que a Gafanha da Nazaré tem apenas um século de vida, não deixará de se questionar sobre este desfasamento entre a idade da instituição e da terra que lhe dá o nome. É que a Filarmónica Gafanhense nasceu, realmente, há 174 anos, não na Gafanha da Nazaré, mas em Ílhavo. Mudou muito depois de nome e de sede, por razões compreensíveis e já bastante conhecidas.
Feita esta necessária explicação, lembro então que ontem, sábado, a “Música Velha”, como é conhecida, esteve em festa. Foi em romagem ao cemitério para honrar os músicos, sócios e dirigentes já falecidos, participou numa missa de acção de graças na igreja matriz e à noite, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, houve concerto, participado pela banda juvenil e pela filarmónica, associando-se na parte final o grupo coral da colectividade.
Foram momentos muito agradáveis os que se viveram no Centro Cultural, não só pelo espectáculo em si, mas ainda pela cerimónia de entrada de novos executantes na Filarmónica, que receberam os bonés do maestro e do presidente da associação.
Carlos Sarabando Bola, o dinâmico presidente, frisou que a banda juvenil é fruto de muito trabalho e persistência, não só deles mas também de muita gente, em especial dos pais, que se não têm poupado a esforços para levar os seus filhos aos ensaios. «A direcção pouco ou nada pode fazer sem esse apoio», acrescentou. Contudo, adiantou que a associação continuará de portas abertas para acolher todos os que quiserem dar a sua colaboração.
Paulo Costa, vereador da Câmara Municipal de Ílhavo, que representou, deu os parabéns à banda pela sua longevidade, salientando o seu crescimento artístico e a sua disponibilidade para «estar sempre presente», nos momentos festivos do concelho.
Acrescentou que esta agremiação está «no caminho certo», enquanto garante o seu próprio futuro «com muita malta nova». Referiu a inovação que o coro da banda simboliza, «cheio de energia», enaltecendo por fim a importância que a autarquia atribui à formação cultural, «privilegiando neste mês dedicado à música a prata da casa».
FM