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domingo, 12 de setembro de 2010
O mais antigo diabético da Gafanha da Nazaré
Leopoldo Oliveira garante:
O diabético pode levar uma vida normal
se seguir os conselhos médicos
Leopoldo Oliveira, natural de Monção, onde nasceu em 21 de Agosto de 1926, radicado na Gafanha da Nazaré desde tenra idade, aqui fez os exames da 3.ª e da 4.ª classe. Depois frequentou, em Aveiro, a escola industrial e comercial Fernando Caldeira, tendo concluído o 3.º ano.
Seu pai veio para a nossa terra, com a família, para trabalhar na EPA (Empresa de Pesca de Aveiro), com sede, na altura, no lugar que veio a ser ocupado posteriormente pela seca do Milena. Naquela empresa ganhava o suficiente para uma vida digna, mas o Leopoldo entendeu que devia empregar-se para ajudar a família, o que veio a acontecer nas empresas Piçarra, Bóia e Paula Dias, de Aveiro, seguindo o ofício da mecânica. A seguir tirou a Carta de Artífice, que lhe permitiu embarcar num navio da pesca do bacalhau como ajudante de motorista. Tinha 18 anos incompletos.
A vida de marítimo ter-lhe-á provocado uma hérnia inguinal, que o levou a ser operado com anestesia local. Aí percebeu, para espanto dos médicos, que a anestesia não fez efeito, o que lhe provocou dores enormes.
Considerava-se uma pessoa saudável e na viagem que se seguiu começou a sentir-se estranho: muita fome, sede e perda de peso. Em dois ou três meses passa de 70 para 47,5 quilos. Foi transferido para o navio “Corte Real”, onde havia um enfermeiro, que lhe ministrou vitaminas e o aconselhou a comer muito e de tudo para vencer a fraqueza e retomar o peso. Ainda esteve internado em Saint Johns, mas nada de especial lhe notaram.
No regresso à Gafanha da Nazaré, no final da viagem, consulta os dois médicos que trabalhavam na nossa terra: Joaquim Vilão e Maximiano Ribau, que lhe diagnosticaram a diabetes, de que pouco se falava. Tinha 21 anos.
Nessa altura – confidenciou-nos – pensava-se que esta doença rara se manifestava apenas em pessoas com mais de 40 anos, porque se desconhecia a diabetes juvenil.
Distrito de Aveiro no seu melhor
Não tenho mostrado muito do Distrito de Aveiro, mas que ele tem coisas bonitas, lá isso tem. Eu, que não sou nada dado a estes desportos de água, se fosse jovem decerto não deixaria de experimentar vivências destas, com água, vales, serras e o verde da vegetação a dominar tudo e todos. Aqui fica o desafio, antes que o inverso surja por aí sem se fazer anunciar...
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 201
PELO QUINTAL ALÉM – 38
A VIDEIRA
A
João Maria Esteves e
António Lamarão
Caríssima/o:
a. Ali tem andado o sr. António Lamarão e família na vindima que este ano é farta e de boa qualidade.
Já lá vai o tempo em que a azáfama era grande e absorvente na adega, em toda a casa; como a saúde me rasteirou, a nossa satisfação vai inteirinha para a alegria de quem colhe as uvas e nos diz com sorriso rasgado:
– Isto este ano até dá gosto: o vasilhame não chega!
E nem sequer imagina que outrora, meados do século passado, anos houve em que não se aproveitava a uva americana: era vinho de casta, branco e tinto, que enchia pipa autêntica e vários pipos de 200 e 100 litros.
Tudo se altera; mas as pedras da latada ainda estão de pé e os arames são renovados ...
e. Pelas nossas Gafanhas havia umas cepas de americano; também em nossa casa (mas os cachos desapareciam quando começavam a pintar!...).
A primeira vez que vi fazer vinho, foi na casa do Ti Manel Elviro. Chegado da marinha, mai-lo moço, vindimámos os cachos e esprememos para uma celha. E lá ficou a ferver...
i. A videira, vinha ou parreira é uma trepadeira, com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva, fruto do Outono, em forma de cacho .
A uva precisa de muito sol. Também se pode comer seca – uva passa.
Quando esmagada e fermentada transforma-se em vinho .
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das actividades mais antigas da civilização.
sábado, 11 de setembro de 2010
O S. Paio da Torreira no relato de Ana Maria Lopes
A ida à romaria do S. Paio... em 2010
Esta ida à romaria do S. Paio…
ficou-me gravada a cinzel, na memória
Esta ida à romaria do S. Paio…
ficou-me gravada a cinzel, na memória
A oferta, ontem, dia 5 de Setembro, era variada em acontecimentos: Encontro Nacional de Optimists (infantis), na Costa Nova, a Festa do Senhor Jesus dos Navegantes, em Ílhavo e a Regata do S. Paio da Torreira, com viagem garantida, a bordo de «O Inobador», o moliceiro da PT. Esta terceira opção era irrecusável!
Tinha direito a alvorada!!!!!! Tripulação (Pedro Paião, Miguel Matias e Toninho Martins Pereira) e passageiros (dois amigos do Miguel Matias, a Etelvina, o meu filho Miguel e eu) presentes no pontão do CVCN, perto das nove, com saída às 9 h e meia.
A ida estava prevista a motor fora de borda, para demorar menos, já que a maré também subia e para evitar madrugada. O dia prometia longo e cansativo, mas muito aliciante…
Arranjei um assento improvisado em cima das velas que repousavam sobre as tostes, em descanso.
Com a Ria completamente espelhada, a paisagem, sempre atraente, ia ficando para trás: a Costa Nova, a Ilha Branca, as gaivotas esgravatando as coroas, o arrastão Santo André, o Jardim Oudinot renovado, o Farol, o Forte desmazelado, a saída da Barra (definida pelo Triângulo), São Jacinto. Os estaleiros desactivados e degradados, para quem já lá conheceu eventos brilhantes e dignos de registo, chocam.
Ana Maria Lopes
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Raimon Panikkar: um ícone da unidade
1918-2010
O teólogo católico que quis as suas cinzas
nas águas sagradas do Ganges
Por António Marujo
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O teólogo católico que quis as suas cinzas
nas águas sagradas do Ganges
Por António Marujo
Um dia contou que em 1954 deixou a Europa como cristão, descobriu na Índia que era hindu e regressou como budista - sem, contudo, "nunca deixar de ser cristão". Raimon Panikkar era um ícone da unidade por que tanto pugnava nas suas obras.
A Justiça portuguesa outra vez
Rogério Alves pede ao Ministério Público
que “se reorganize” e que a “turbulência” pare
O ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Rogério Alves, considera que o facto de a procuradora-adjunta Cândida Almeida ter colocado o lugar à disposição é mais um episódio revelador do “mal-estar” existente no Ministério Público. “Creio que esta manifestação é também uma manifestação de descontentamento, isso não há dúvida nenhuma. Espero que rapidamente estas situações de mal-estar, de iminência de conflito ou, pelo menos, de comunicação para o exterior de que há uma sensação de incomodidade sejam rapidamente sanadas”, afirmou antigo bastonário à Renascença.
Rogério Alves deseja que Ministério Público “se reorganize” e que “a turbulência” interior “deixe de ser notícia, porque, fundamentalmente, deixe de ocorrer”.
In RR
Nota: Seremos mesmo um país de conflitos? Parece que sim. Não há dia nenhum sem referências mediáticas à Justiça que se vive em Portugal. E o mais curioso é que ninguém ousa enfrentar a triste situação que nos prejudica a todos, como se esse sector nos fosse estranho ou protagonista à margem das leis que nos regem.
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