sábado, 21 de agosto de 2010
Para recordar Alexandre O'Neill, no dia da sua morte
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
Alexandre O'Neill
TRABALHO COMO MAÇADA E SOFRIMENTO...
Encostar os feriados
Anselmo Borges
É um paradoxo. As pessoas que trabalham, ali pela quinta-feira, já começam, aliviadas, a desejar umas às outras bom fim-de-semana. Cá está a constatação do trabalho como maçada e sofrimento. Mas, por outro lado, de vez em quando, lá volta o debate sobre a diminuição do número dos feriados e a necessidade de encostá-los à segunda ou à sexta-feira. Porque é preciso trabalhar e produzir mais. Por causa da concorrência e da crise.
É sobre isso que queria reflectir hoje, começando por esclarecer que até posso ser favorável à diminuição do número de feriados, mas não concordo com que passem automaticamente para a segunda ou para a sexta-feira. A razão dessa oposição não está propriamente na defesa dos dias santos da Igreja Católica, mas essencialmente na antropologia e na simbólica dos feriados.
É verdade que o trabalho tem essa dimensão de esforço e sacrifício. Só quem nunca trabalhou é que o não sabe. Por isso, os gregos associavam-no aos escravos - daí, a expressão "trabalhos servis". A palavra deriva de tripalium (três paus), instrumento romano de tortura. O livro do Génesis põe na boca de Deus: "Ganharás o pão com o suor do teu rosto."
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Carro antigo no Jardim OUdinot
Num recanto do Jardim Oudinot, ao lado da tenda das potencialidades económicas, custurais e artesanais, está em exposição este automóvel "Morris", conservado a rigor e com ar desafiador para nos levar a dar uma voltinha. Propriedade do industrial Rui Costa e Sousa, faz publicidade ao "Sr. Bacalhau", uma marca que se impôs no mercado pela qualidade do produto que oferece.
Embora não seja um bom volante nem maluco por carros, confesso que senti vontade de conduzir este automóvel, um carro com história...
Artesanato no Festival do Bacalhau
Na "Oficina da Formiga", um espaço de artesanato com qualidade, o negócio está à vista. O Festival do Bacalhau não é só gastronomia. O artesanato da região de Ílhavo, as potencialidades económicas ligadas à pesca e transformação do "fiel amigo", bem como a cultura da Faina Maior, são outros motivos de interesse. O Festival encerra no domingo.
Almoço no Festival do Bacalhau
Hoje, o almoço foi no Festival do Bacalhau. Obviamente, comi bacalhau, com o sal no ponto certo para o meu gosto. O vinho que me serviram, em caneca, era muito saboroso. A acompanhar, pada de Vale de Ílhavo; a encerrar melão e café. Antes do prato principal, provei os bolinhos de bacalhau, com o dito em dose jeitosa para afogar a batata. Não esperei muito e ali encontrei gente com apetite para degustar o melhor bacalhau do mundo. O pessoal gosta disto. E como é tempo de férias.ali abancaram famílias inteiras. Gostei de ver. Prometo repetir...
FM
Navio-museu Santo André celebra aniversário na próxima segunda-feira
Na próxima segunda-feira, 23 de Agosto, o navio-museu Santo André, ancorado na ria, junto ao Jardim Oudinot, vai celebrar o 9.º aniversário, com visitas gratuitas entre as 10 e as 18 horas. No encerramento da visita, será feita a entrega dos prémios do Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”.
Os 50 melhores trabalhos estarão expostos até ao fim deste mês, no Santo André.
Leite de cabra para manter a beleza e frescura da pele
Natividade
Maria Donzília Almeida
Voltou a ser palco de mais um acontecimento invulgar, a Quinta das Covadas, mais precisamente no seu bosque ensolarado. De facto, no dia 17 de Agosto, uma cria-turinha de palmo e meio veio à luz do mundo, fazendo as delícias dos donos e o enlevo da jovem mãe.
Quando se encarregava da distribuição de provisões e água aos pais, deparou a dona com uma coisa enroscada no chão, que à primeira vista lhe pareceu um gato. Depressa a sua vista lhe devolveu a imagem duma cabrinha anã, que acabara de nascer naquele momento. A mãe, surpreendentemente e ao contrário dos humanos que têm auxiliares, passou o trabalho de parto sozinha, conseguindo na perfeição pôr a cria neste mundo, sã e salva. Só o tamanho da criaturinha já desperta, no ser humano, uma ternura muito genuína, mas quando assistimos a este milagre... acabada de nascer, ergue-se logo nas patinhas frágeis e começa a andar. Que graciosidade, que leveza, ali contida neste quadro de tão rústica beleza! O Homem, tão sábio e inteligente, demora cerca de um ano a ganhar força nas suas pernas, para cometer a mesma proeza!
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