domingo, 20 de junho de 2010

Regata dos Portos do Centro


Êxito para o primeiro dia da Regata dos Portos do Centro


A embarcação Mike Davis/Porto de Aveiro (de Delmar Conde, Aveiro) venceu na classe IRC, com FUSIB (de Sérgio Fernandes, Aveiro) a conquistar o primeiro posto na classe AMC e ARPEGE (de Carlos Santos, Figueira da Foz) a vencer na classe OPEN.

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O arroz faz dos portugueses os mais asiáticos da Europa




O segredo do arroz seco

O PÚBLICO, na sua revista PÚBLICA, apresenta hoje um trabalho de Francisca Gorjão Henriques sobre o arroz, em que revela que aquele cereal «faz dos portugueses os mais asiáticos da Europa». Diz que «somos loucos por arroz» e que cada «português come em média 17,5 quilos de arroz por ano». «Provavelmente porque o cozinhamos de todas as maneiras e feitios», adianta.
Confesso que não sabia. Sabia que um bom gafanhão tem de gostar e de comer batatas todos os dias. Aliás, nos princípios do século XX e por aí adiante as batatas da Gafanha eram as preferidas nos mercados de Aveiro e Ílhavo.
Quanto ao arroz, que não terá entrado nos nossos hábitos alimentares por essas alturas, não caía bem. Porém, depois passou a reinar na cozinha portuguesa e, naturalmente, na gafanhoa. De tal modo que hoje quase não há refeição sem arroz.
Nos meus tempos de estudante, estranhei que no Porto o arroz estivesse sempre na mesa, para qualquer comensal se servir, fosse qual fosse a base da refeição diária. Com carne ou com peixe, com cozidos ou estufados, assados ou fritos. O arroz era rei.
Também é verdade que o cozinhamos de todos os modos e feitios. Pessoalmente verifico isso mesmo e quase até identifico quem o faz cá em casa. Esposa ou filha, filhos e eu próprio. Cada um com seus gostos e com seu segredo. E também é verdade que a habilidade de preparar um bom prato de arroz se aprende e se treina.
Há muitos anos participei numa boda de casamento em que a cozinheira foi a senhora Esperança Merendeiro, exímia em preparar bons pratos. De arroz e de outros produtos. O arroz que apresentou, saboroso e seco, despertou-me a atenção. E um dia perguntei-lhe qual era o seu segredo. E ela lá foi explicando com o seu sorriso permanente. E no fim, para não revelar tudo, jurou: «Isto está tudo na mão da cozinheira.»
Aqui fica a minha singela homenagem a uma gafanhoa a quem muitos de nós devemos alguma coisa.

Fernando Martins


Saramago visto por Eduardo Lourenço


Humanidade unicamente humana

Em todos os sentidos, como destino e como autor, [José Saramago] é um caso paradoxal. Aparece tarde no horizonte da ficção portuguesa, quando já ninguém o esperava, provavelmente nem ele. E isso é já em si um paradoxo e sobretudo um milagre cultural. À sua maneira, era uma versão nossa da Gata Borralheira.
Para imitar Saramago, também ele se levantou do chão, de um sítio sem memórias eruditas canónicas, apoiado na sua extraordinária experiência dos homens, sonhando e ressonhando que foi para ele matricial. Refiro-me à Bíblia.
Quase todos os seus livros célebres são um diálogo com a mitologia bíblica, que ele vai submeter a uma estranha desmitologização, fazendo com ela um mundo às avessas ou antes um mundo onde as mais famosas histórias bíblicas se tornam a história mesma da humanidade unicamente humana.
Provavelmente com a queda da utopia que foi assumidamente a dele, essa espécie de diálogo dramático com a mundovisão religiosa de raiz bíblica foi o que o salvou, não só literariamente, do traumatismo ideológico e ético.
Deportou o essencial da sua utopia para paragens onde esse autêntico apocalipse político fosse substituído pelos sonhos de uma humanidade que pudesse ter perdido uma guerra mas nunca a ilusão que a faz viver.

Eduardo Lourenço


PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

Uma flor para começar o domingo


Uma flor é sempre um bom princípio. Para oferecer à mãe e à noiva, à criança e à jovem, à esposa e à amiga. Num dia de festa ou de luto, numa vitória ou numa derrota. Na alegria ou na tristeza, na partida ou na chegada. Por amor ou por amizade. Para todos ela aqui fica neste domingo de sol.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 189

PELO QUINTAL ALÉM – 26


A FAVA
A
Romeiros de S. João e
Manuel Ribau


Caríssima/o:

a. Já houve melhor produção, no quintal, mas chega sempre para fazer uma sopa ou então o tradicional bacalhau com favas. Ainda as reacções da criançada são as mesmas do tempo que já lá vai: uns gostam delas cruas, outros preferem cozidas com casca, outros sem casca...

e. ...tal e qual como em casa de minha falecida Mãe. Para a canalha não havia melhor manjar do que encher a barriga de favas cruas sentados no faval do alheio! Fartura que ia enganando a fome de pão.
Agora que se aproxima a festa do S. João, as favas eram muito procuradas por causa das palhas: a fogueira ao Santo não se podia apagar com falta das ditas...

i. Todos sabemos que a fava é uma planta da família das leguminosas, não trepadeira que produz vagens grandes, dentro das quais se formam as sementes usadas na alimentação humana e animal. Em algumas regiões (por exemplo, Trás os Montes), também se come a vagem onde o grão se contém, enquanto verde.

o. Na nossa região não se usa a fava para fins medicinais mas os benefícios para a saúde são grandes em certas situações nomeadamente na convalescença de doenças infecciosas (... dizem...).

u. E aí ficam umas curiosidades:

sábado, 19 de junho de 2010

Deus está no cérebro?

No PÚBLICO de hoje


«As neurociências são o grande continente para o século XXI. Nisto acredita Anselmo Borges, padre e professor de Filosofia da Universidade de Coimbra»

Leia aqui um texto que pode suscitar uma boa reflexão durante este fim-de-semana