terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Um sonho: Nobel para economista português



Não passamos do blá blá blá


Ontem à noite ouvi economistas portugueses no Prós e Contras da Fátima Campos Ferreira, na RTP. Não vou aqui escalpelizar o que eles disseram, para não cair em lugares comuns de quem sabe muitíssimo pouco da macroeconomia. Nem da microeconomia sei, afinal. Mas como cidadão, acho que posso sonhar. E então sonho que um dia o Nobel da Economia tem de ser atribuído a um português, pela sua extraordinária contribuição para colocar Portugal, como vencedor de crises, no cume dos países que se posicionam no grupo dos que souberam encontrar caminhos de progresso, onde todos os portugueses têm trabalho e pão.
Ouvindo os economistas, sente-se que cada um tem resposta pronta para todos os nossos problemas, soluções simples para vencer défices, receitas mágicas para tirar o nosso País do atraso endémico em que vegeta há tantos anos. Falam com convicção, como quem tem na manga a receita curativa para os males económicos e outros que nos afligem.
Se eu fosse primeiro-ministro, chamava-os a todos para, em reunião magna, ditarem o caminho certo aos nossos políticos. É que, enquanto não fizerem isto, não passamos do blá blá blá. E quem sofre é o povo.

FM

Para começar o dia, com Maria





Rezar com Maria em tempo de Advento

O que te peço, Senhor, é a graça de ser.
Não te peço mapas, peço-te caminhos.
O gosto dos caminhos recomeçados,
com suas surpresas, suas mudanças, sua beleza.
Não te peço coisas para segurar,
mas que as minhas mãos vazias
se entusiasmem na construção da vida.
Não te peço que pares o tempo na minha imagem predilecta,
mas que ensines meus olhos a encarar cada tempo
como uma nova oportunidade.
Afasta de mim as palavras
que servem apenas para evocar cansaços, desânimos, distâncias.
Que eu não pense saber já tudo acerca mim e dos outros.
Mesmo quando eu não posso ou quando não tenho,
sei que posso ser, ser simplesmente.
É isso que te peço, Senhor:
a graça de ser de nova.


José Tolentino Mendonça

Ilustração de Rui Aleixo

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Efeméride Nacional: 1 de Dezembro de 1640


Aclamação de D. João IV

A minha geração continuará
a lembrar feriados de que nos orgulhamos

Hoje, 1 de Dezembro, é celebrada a restauração da independência de Portugal. Depois do domínio filipino, durante 60 anos, um grupo de portugueses, movido por um patriotismo inabalável, resolveu escorraçar traidores e entregar a coroa a um português de lei, o então D. João, da Casa de Bragança. Veio a ser o nosso D. João IV, o Restaurador, a cuja descendência pertence o actual Duque de Bragança, D. Duarte Pio João.
Penso que este feriado nacional, como tantos outros, localizado na nossa história e com um significado muito grande, caiu no esquecimento. Decerto por culpa de todos, mas sobretudo de muitas Escolas, instituições oficiais e privadas, famílias e comunicação social, que relegam para segundo plano datas importantes da nossa identidade, matriz de um povo que soube construir uma Pátria respeitada no mundo, por feitos gloriosos.
Não me espanta, pois, a ignorância que grassa por aí, com os portugueses sem tempo nem apetites para se preocuparem com o nosso passado. E daí, as razões para num dia qualquer se acabar de vez com certos feriados, substituindo-os por outros. Estarei a ser pessimista?
De qualquer forma, a minha geração, que cultivou, pelo que sei e sinto, o amor à História Pátria, continuará a lembrar feriados de que nos orgulhamos. Como este.

FM
 

Lançamento do livro "Intervenção da Igreja na sociedade portuguesa contemporânea"


(clicar na imagem para ampliar)


Sobre este livro, ler aqui

Crónica de um Professor



Nome próprio

Com uma caterva de nomes pela frente, duma assentada, é um desafio para a memória, já fustigada pelas intempéries da vida e pelo desgaste natural da idade. Aflora à memória, selectiva agora, aquela frase que traduz tão bem a ideia – Viver todos os dias... cansa!
É o que acontece a qualquer professor, no início de mais um ano lectivo, quando lhe são atribuídas as turmas que compõem o seu horário. Tantos alunos diferentes com nomes tão variados, alguns copiados das mais diversas fontes, alguns, das telenovelas que correm, na altura do seu nascimento. Permeáveis às influências que vêm de fora, aparece uma panóplia de nomes que dariam para um estudo muito interessante.
A juntar a tudo isto, aparecem nomes estrangeiros de origem anglo-saxónica, kevin, Cindy, Nicholas, que até dão uma nota de realismo e multiculturalidade, às aulas de Língua Estrangeira.
Tudo isto convém ser memorizado pelos professores, se não querem imitar os seus colegas do século passado que, tanto nas Escolas, como noutras instituições públicas, tratavam as pessoas por números! Já lá vai esse tempo da redução das pessoas à condição de dígitos!
E, se o nome duma pessoa, é a palavra mais doce para os seus ouvidos, em qualquer idioma, como defendia Dale Carnegie, há mesmo a obrigação de ser tratada assim. Mais dizia o referido americano, patrono das Relações Humanas que todos deveríamos tratar as pessoas pelo nome, sempre que cumprimentamos alguém, ou nos dirigimos a essa pessoa por qualquer motivo É uma forma de cativar e estreitar laços que podem tornar-se muito favoráveis no relacionamento humano. Ainda recordo a forma bizzarra como se faziam entender as pessoas, noutros tempos, em que se queria interpelar alguém cujo nome se desconhecia. - Olha, tu que fumas! Claro que não se estava a nomear um fumador, nem havia nessa altura a discriminação dos fumadores, nem a sua e erradicação para lugares restritos.
Foi numa das suas rondas pelas coxias da sala, que a teacher admoestou aquele aluno e o chamou à realidade do que se passava na aula.
Não, não me chamo João! Ripostou categoricamente o RV, cioso do seu direito ao nome próprio. Para esta gente que ainda não gastou o seu nome, nas liças da vida, é uma afronta trocarem-lho! Sem ter qualquer fixação pelo nome João, apenas tem para a teacher, o valor de um nome verdadeiramente português, a par de José, António, Manuel,etc. Daí a invocação frequente do João da Esquina!
Foi difícil para a mestra levar a sério aquela reprimenda, pois a carinha laroca, redondinha como a lua cheia, num palminho de corpo que pareceu arrebatado ao recreio de um jardim-escola, não intimidava!
É uma reacção frequente, em meio escolar de gente miúda, quando o professor, no meio de tantas caras novas, lhes troca a identidade.
São pequeninos, mas muito senhores do seu nariz, ou seja do nome de baptismo pelo qual são reconhecidos no mundo dos adultos.
E... atesta Dale Carnegie, o nosso nome é música para os nossos ouvidos...especialmente quando proferido por alguém... que nos é muito querido!

M.ª Donzília Almeida

09.11.11

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Florinhas do Vouga: Balneário no Bairro de Santiago

«A instituição Florinhas do Vouga criou um balneário no Bairro de Santiago para prestar apoio ao nível da higiene pessoal, estando, ainda, associado àquele espaço um roupeiro com lavandaria. O espaço é diariamente procurado por pessoas com problemas sociais, como sem-abrigo associados aos arrumadores de carros, toxicodependentes, alcoólicos, carenciados, entre outros. Qualquer necessitado pode utilizar aquele espaço para tomar banho e mudar de roupa, de forma gratuita. O espaço está aberto de segunda-feira a sábado. Às terças e sextas-feiras encerra a partir das 13 horas.»




BANCOS ALIMENTARES CONTRA A FOME ANGARIAM 2498 TONELADAS DE ALIMENTOS NA CAMPANHA DO ÚLTIMO FIM-DE-SEMANA



"Dê a melhor parte de si ao Banco Alimentar:
a sua solidariedade"


«Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram no passado fim-de-semana um total de 2.498 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em 1323 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Braga, Coimbra, Cova da Beira, Évora e Beja, Leiria-Fátima, Lisboa, Oeste, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, S. Miguel, Viana do Castelo e Viseu. Em relação a  Novembro de 2008, houve  um acréscimo de 30,9%.
A campanha, cujo lema foi "Dê a melhor parte de si ao Banco Alimentar: a sua solidariedade" suscitou uma enorme adesão do público e dos voluntários que quiseram colaborar. As campanhas são extraordinárias cadeias de solidariedade onde cada elo - pessoas que colocam os seus donativos nos sacos do Banco Alimentar, voluntários que dão o seu tempo e trabalho e empresas que garantem seguros, transportes, refeições, segurança, limpeza - é indispensável e igualmente importante.»

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Nota: Apenas uma palavra para sublinhar a gernerosidade do nosso povo. Mesmo em tempo de crise, não deixa de levar à prática, quando solicitado e não só, o dom de dar e de se dar. Somos, de facto, um povo com um coração muito grande.



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