Mestre Lourenço, de Sesimbra, fez amizades na nossa terra. A sua traineira, Pérola de Sesimbra, ainda a laborar, terá sido o último barco feito pelo Estaleiro Mónica.
sábado, 7 de novembro de 2009
Carta aberta a uma mulher viúva
A VIÚVA DOS DOIS CÊNTIMOS
Permite-me, mulher viúva, que te dirija uma carta aberta. Desculpa tratar-te não pelo teu nome, mas pela tua situação na sociedade. Aceita a minha saudação de paz que é sinal de bênção do Todo-poderoso, o Altíssimo.
Sou padre católico e leio com frequência os livros sagrados, que os cristãos chamam bíblia, onde aparece o teu “caso” ocorrido no Templo de Jerusalém. Terá sido numa das vezes em que lá foste, segundo o vosso costume. A tua atitude despertou a atenção de Jesus de Nazaré. Recordas-te?! Talvez não porque foi tudo tão rápido e discreto. Mas eu vou lembrar-te e dar-te a minha opinião em público para que vejas o alcance do teu gesto simples e humilde.
À tua frente, vão homens ricos que lançam avultadas quantias nas caixas do Tesouro do Templo. Fazem coisas que dão nas vistas. O quê, não sei. Talvez o modo de vestir, de rezar ou de estar na fila e tentar alcançar o primeiro lugar.
Jesus de Nazaré, que tinha vindo à cidade para a celebração da Páscoa, observa-os atentamente. Ele não se entendia com eles, sobretudo com os que ensinavam o povo em nome do Altíssimo. Preferia a verdade à mentira, a transparência à confusão, a sobriedade à opulência e a humildade à vaidade. Este modo de proceder causa-lhes má vontade e desejos de vingança e morte. Mas não desiste e leva a sua avante.
Jesus de Nazaré, que tinha vindo à cidade para a celebração da Páscoa, observa-os atentamente. Ele não se entendia com eles, sobretudo com os que ensinavam o povo em nome do Altíssimo. Preferia a verdade à mentira, a transparência à confusão, a sobriedade à opulência e a humildade à vaidade. Este modo de proceder causa-lhes má vontade e desejos de vingança e morte. Mas não desiste e leva a sua avante.
Sentado e atento, Jesus olha também para ti. Vê que tiras da bolsa as únicas moedas que possuías e.com naturalidade as colocas na mesma caixa. Valiam pouco, bem sabes, mas eram o sinal da grande riqueza do teu coração. Depois, acompanha-te com o olhar enquanto te vais retirando e perdendo na multidão. Deixa-te partir sem dizer palavra. Sabes o que pensava nesses momentos?!
Não é difícil de descobrir pois chama o grupo que o seguia e fala-lhes de modo surpreendente. Põe frente a frente a tua dádiva e a dos homens ricos. A tua sai a ganhar. Não pelo valor da quantia, mas pela finura da qualidade. Deste o que tinhas para viver e não do que te sobrava. Ficaste sem qualquer garantia e segurança, apesar da tua situação social, enquanto a eles muito lhes restava. Posso afirmar-te que os discípulos ficam admirados pela novidade que este contraste põe a claro de forma interpelante.
Parece que Jesus de Nazaré tinha acesso aos segredos do coração e também aos teus sentimentos mais profundos, sabia em quem depositavas a confiança, conhecia as tuas convicções mais seguras e em quem descansava a tua vida. E embora não faça um elogio rasgado da tua atitude, aproveita sabiamente a oportunidade para marcar a diferença e definir critérios de vida: o valor das pequenas coisas, a grandeza da generosidade, a força das convicções, a eficácia do agir discreto, a entrega incondicional. Diferença também no apreço pela qualidade dos sentimentos, pela subordinação dos bens às pessoas, pela partilha assente na equidade e não só no supérfluo.
Sabes, mulher viúva, o teu silêncio é mais eloquente do que muitos discursos e a tua atitude mais expressiva e convincente do que tantas formas de proceder consideradas exemplares. A finura do teu gesto espelha a delicadeza de quem te observa e o alcance da mensagem que anuncia.
Aceita a minha gratidão em nome de quantos te admiram e procuram estar atentos às pessoas de hoje como, no teu tempo, esteve Jesus de Nazaré, o enviado do Deus altíssimo.
Georgino Rocha
Que sina a nossa…
Quando acordo de manhã, ligado o rádio, frequentemente sou confrontado com notícias tristes, que se sucedem umas às outras. A corrupção domina o panorama da vida portuguesa, com políticos, e não só, envolvidos ou indiciados como tal.
Eu sei que ninguém pode ser condenado ou absolvido na praça pública, pecado grave que muitas vezes cometemos. Mas também sei que se está a generalizar a ideia de que vivemos num país de corruptos. Há gente séria, muito séria, mas ninguém duvida da existência de oportunistas, que nem vergonha têm de exibir sinais exteriores de riqueza, quando o que ganham, nos cargos que ocupam, não é explicação para o que mostram descaradamente.
A contemplar tudo isto, temos uma Justiça incapaz de averiguar o que se passa e de condenar os corruptos que, por artes que aprenderam não se sabe onde nem com quem, vivem à tripa-forra, quando tantos trabalhadores e empregadores honestos mal têm o mínimo para sobreviver.
A classe política, que tinha obrigação de procurar resolver esta situação, bem prega que o vai fazer, mas a realidade é a que se vê a olho nu, não havendo, realmente, progressos na luta contra este cancro dos nossos tempos.
É claro que não alinho com os mais pessimistas, que chegam ao ponto de defender a suspensão da democracia, para se vencer a podridão que vai minando os projectos de uma sociedade mais justa e mais fraterna. Acredito que a democracia, com os meios de que dispõe e lhe foram outorgados pelo povo, pode muito bem ultrapassar mais esta dificuldade. Assim o queira…
FM
Para começar um sábado tristonho
Para começar um sábado tristonho, que foi o que senti esta manhã, nada melhor do que recordar, graças a uma foto, um passeio que fiz, há muito, ao Castelo de Montemor-o-Velho. O dia estava quente e lindo e ali, com toda a tranquilidade, pude usufruir do ar puro, dando um abraço ao passado do nosso povo que, com unhas e dentes, defendeu e lutou pela sua liberdade.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
História nas ruas...
Sempre gostei de ver a história de uma povoação plasmada nas ruas e praças. Quem passa, se não hoje pelo menos amanhã, terá oportunidade de ficar a saber curiosidades. Na Figueira da Foz, perto da Câmara Municipal, encontrei esta placa, com dizeres importantes. Sabe-se que os figueirenses têm tido, ao longo dos tempos, um gosto especial pelo teatro. E esta placa, de forma simples, lembra-nos isso mesmo.
O FIO DO TEMPO: Marchar para erguer a Paz
A PAZ É MESMO O ÚNICO CAMINHO
1. A própria expressão «Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência» dá a volta às palavras no justo sentido. Ao passarmos o filme da história, a designação de «Marcha» é bem mais atribuída ao marchar para a guerra do que ao anúncio da Paz. É mesmo importante inverter esse caminho e avançar de forma pensada e amadurecida pela paz, o único caminho com futuro para todos. De Outubro 2009 a Janeiro 2010, está decretada a reflexão mundial pela paz. Talvez seja efectivamente na era global a primeira marcha unida pela paz. Sinal dos tempos, sinal de esperança, mas nobre missão e compromisso em que ninguém pode ficar de fora, especialmente os corações que persistem nas durezas da divisão e dos muros.
2. À medida que cresce a consciência universal e a convergência impressionante e “ao segundo” no encontro de culturas, etnias, religiões e filosofias de vida, aumenta a responsabilidade de orientar todas as visões de sociedade numa linha de sentido de «bem comum», este um pilar fundante do mundo melhor que se procura, repleto da generosidade que vence todo o mal. Também à medida que as intolerâncias de várias origens vão continuando a dar os seus ecos maléficos a proclamação da «não-violência» é o mínimo olímpico essencial rumo à paz. Mas não chega a paz podre… É por isso que em imensas localidades de norte a sul e do oriente ao ocidente cresce a adesão ao projecto da Marcha Mundial da unidade na riqueza da diversidade. http://www.theworldmarch.org/index.php?lang=por
3. Se a paz é mesmo o único caminho para haver futuro, então no mundo actual nenhuma área educativa, da formal à informal, poderá ficar de fora… Mas a verdade é que a violência percorre o mundo da comunicação e as consideradas melhores películas dos cinemas – factor cultural – trazem consigo armas a ferro e fogo. Do global ao local, em espírito glocal. Também em Aveiro a marcha chegou e quer mover as gentes na reflexão andante para ser VIDA na prática.
Para Recordar: Músicos Gafanhões
É bom recordar. Tanto gosto eu como muitos dos meus leitores. É sempre saudável reviver rostos e projectos muito válidos. veja aqui.
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