quarta-feira, 29 de julho de 2009

FÉRIAS: Para começar o dia

AMO-TE, Ó LEI MAIS SUAVE
Amo-te, ó lei mais suave, na qual amadurecemos, quando com ela em luta estávamos; ó grande saudade que não dominámos, ó floresta da qual nunca saída encontrámos, ó canção que em cada silêncio cantámos, ó rede de obscuridade, em que nossos sentimentos presos abrigávamos. Tão infinitamente grande te começaste, naquele dia em que nos começaste, e tanto amadurecemos nos sóis de tuas horas, tanto nos alargámos e nos plantámos profundamente, que em Homens, Anjos e Nossas Senhoras agora te podes cumprir descansadamente. Deixa a tua mão na encosta dos céus pousar e tolera em silêncio o que te estamos na sombra a preparar. Rainer Maria Rilke (1875-1926) In «O Livro de Horas», ed. Assírio & Alvim

terça-feira, 28 de julho de 2009

MAR e RIA no olhar de Carlos Duarte

(clicar na foto para ampliar)
Carlos Duarte, o fotógrafo com sensibilidade que muitos conhecem, vai expor na Costa Nova do Prado, na Residencial Azevedo, de 4 de Agosto a 30 de Setembro, fotografias que reflectem o seu olhar, atento e curioso, sobre o nosso mar e a nossa ria. A abertura será no próximo dia 4, pelas 17 horas.

Uma ideia para um país novo

O jornal i tem publicado, diariamente, "Uma ideia para Portugal", de figuras mais ou menos públicas. São textos com duas ou três frases, simples, mas interessantes. Hoje vou transcrever mais uma ideia, com o convite aos meus leitores para que me enviem ideias inovadoras, para um país novo.
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FM
"Mais que para Portugal, esta é uma ideia para os portugueses. Na saída do trabalho, esqueça-o! Pense como vai ser bom chegar a casa e estar com a família ou com os amigos, vivendo em pleno o que resta desse dia. Isto por uma razão muito simples: a vida foi-nos dada, mas só a merecemos se a dermos também."
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Pedro Henriques,
Árbitro de futebol

Encontrar um lugar

É mais fácil tentar quebrar a cadeia
pelo seu elo mais fraco
do que questionar,
a fundo, todo um sistema
Com a chegada do tempo de férias, são muitos os que partem à procura de um lugar, diferente, que ajude a quebrar rotinas e a retemperar forças. Nessa dinâmica, cada vez menos massificada - Agosto já não é um mês a menos no calendário laboral - tende-se a "desligar" de muita coisa que merece a nossa atenção constante, tendência acentuada pelo mito da "silly season" que leva muitos a dar destaque a factos menores que, no resto do ano não mereceriam mais do que uma linha ou 10 segundos de atenção. Crises e dramas humanos continuam a existir, em todo o mundo, e não tiram férias.
Em muitos casos, esses dramas forçaram homens e mulheres do nosso tempo a sair (fugir, mesmo) dos seus lares, em busca de uma vida melhor em sociedades que acreditam ser mais desenvolvidas. Não contam, por certo, com a intolerância e a discriminação que lhes estarão reservadas, por parte de vários, à sua chegada. A crise económica e financeira tende a acentuar estes comportamentos xenófobos e racistas, como justamente têm alertado vários responsáveis da Igreja Católica. É mais fácil tentar quebrar a cadeia pelo seu elo mais fraco do que questionar, a fundo, todo um sistema e os seus responsáveis máximos, que levaram à situação em que o mundo se encontra. A questão merece, por isso e acima de tudo, um olhar humano: pessoas como nós estão à procura de um lugar, um lugar melhor, para esquecer as mágoas de um passado muitas vezes dolorosos e construir um futuro melhor, para si e os seus. Aconteceu milhões de vezes, em Portugal, com avós, pais, irmãos, primos, amigos e vizinhos de cada um nós que também partiram. E partem. Basta dar a cada um dos que imigraram para este país o tratamento que gostaríamos que fosse dado aos nossos, lá fora. Esta é uma matéria que também merece um olhar atento, na hora de decidir em que partido votar. O Verão deste ano será diferente, por certo, em função das duas eleições que se aproximam e do desfile de promessas, acusações, barulho de fundo e cortinas de fumo a que iremos presenciar na busca de um lugar (lá está), que para muitos não é de serviço, mas de interesse(s) - confessados e inconfessados. A receita será, em larga medida, a mesma: acima de tudo, está cada ser humano e a maneira como, na nossa sociedade, ele será tratado em cada momento da sua vida. Para que todos possam, em condições dignas, encontrar o seu lugar. Octávio Carmo

FÉRIAS EM TEMPO DE CRISE: para meditar

Permanecer em paz Permanecer em paz que é a harmonia dos poderes para lá (certamente) do turbilhão para lá da abstenção serena para lá do abandono voluntário dos heróis na harmonia dos poderes coincidindo com a mais humilde humildade isto, na mediocridade dos dias sem altivez, sem saber e algumas vezes sem graça. Maurice Bellet

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Rir faz muito bem

No jornal i, de hoje, há um texto que merece ser lido, 
sobretudo pelos carrancudos e pessimistas.


Há quanto tempo não se ri às gargalhadas?

Um dia, Madan Katuria, um médico de Bombaim, decidiu estudar a importância do riso na saúde. Reuniu-se com um grupo de amigos, num jardim da cidade, e juntos não faziam mais que contar piadas e rir. Só que a graça durou pouco tempo e o grupo foi diminuindo. Mas Madan não desistiu e encontrou a solução junto da mulher, instrutora de ioga: uma terapia nunca antes vista, chamada Ioga do Riso. A notícia espalhou-se, a ideia correu mundo e hoje existem seis mil clubes do riso por todo o globo.

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Serra da Boa Viagem, com ferida à vista

FERIDA POR CICATRIZAR
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De passagem pela Serra da Boa Viagem, cuja beleza me não cansa, voltei a ver a ferida que lhe fizeram, em nome da indústria e do chamado progresso. A ferida, que ainda não está cicatrizada, ali ficou à vista de todos, como que a pedir que não repitam a agressão. Estarei errado?