quinta-feira, 25 de junho de 2009

A ARTE E A ALEGRIA DE EDUCAR

A E.M.R.C. confere à oferta curricular
um contributo essencial de formação
no quadro da educação integral


1. O ano lectivo aproxima-se do termo. Anuncia-se já o desejado e merecido tempo de férias. Um ano lectivo significa e implica muito tempo de trabalho realizado, de preocupações sentidas, de horizontes sonhados, de alegrias vividas, de êxitos alcançados e de dificuldades ultrapassadas. A escola é tudo isto. Mas é sobretudo uma comunidade de pessoas que se sentem responsáveis e se sabem participantes num projecto educativo comum. A escola nasceu para abrir caminhos novos ao futuro e para ajudar a ver mais longe. Em cada escola brilha já o amanhecer do amanhã. O dia de cada escola é sempre um acto de fé num mundo melhor. Esta é, por isso, uma hora de gratidão por tanto trabalho aí realizado e por todo o bem que na escola nasce.

António Francisco,
Bispo de Aveiro
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Dia da Igreja Diocesana: Domingo, 28 de Junho, no Santuário de Santa Maria de Vagos

Santuário de Santa Maria de Vagos
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Todos os diocesanos estão convidados
O Dia da Igreja Diocesana celebra-se no Domingo, 28 de Junho, no Santuário de Santa Maria de Vagos. Este dia é sempre uma ocasião de convívio, oração e reflexão das paróquias, padres, leigos, grupos, movimentos e outras estruturas que compõem a Diocese. Todos os cristãos estão convidados para este dia, que conclui com a Eucaristia presidida por D. António Francisco, às 16 horas. No canal de TV Online da Diocese de Aveiro (http://www.diocese-aveiro.pt), será transmitida em directo, pelas 16 horas, a Eucaristia do Dia da Igreja Diocesana, presidida pelo Bispo de Aveiro.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Um Livro de Manuel da Cerveira Pinto: “BOASSAS – Uma aldeia com história”





“A neblina da manhã amaciava os longes. As quebradas dos montes vinham juntar-se em baixo, suavemente, segredando o caminho do rio. Os refegos, acastelados, ficavam no horizonte, como panejamentos de cores suaves, onde havia cinzentos fimbrados de moreno baço com laivos de neve, tão branco se tornara o nevoeiro com o contacto da luz do sol. Nos primeiros planos das dobras dos montes ainda de desenhavam copas de árvores em borrão; mas, lá adiante, só ficava o dentado dos cerros mais altos em caprichos de formas. E aldeias espalhadas. Porto Antigo e do outro lado do Avestança, Souto do Rio. Depois Buaças, lá longe, onde os homens trazem tatuado nos braços um sino-saimão.”

Alves Redol In Porto Manso
(Na introdução ao livro)


Para todos os que cuidam
da preservação da nossa identidade


Tenho andado a ler, há meses já, com o cuidado indispensável, que aumenta o prazer, uma monografia interessante, como quase todas as monografias o são. Trata-se do livro “BOASSAS – Uma aldeia com história”, com edição do jornal “Miradouro”, que assino, defensor dos interesses de Cinfães, Castelo de Paiva e Resende. 

O verdadeiro Paulo é um desafio para a Igreja

Sem São Paulo não estaríamos aqui a conversar. 
O Cristianismo seria uma seita, que talvez já tivesse morrido. 
Não teria universalidade.

São Paulo não teve medo. Movia-se bem nos ambientes gregos e romanos. Pensava converter o mundo inteiro em pouco tempo, diz o biblista Joaquim Carreira das Neves em entrevista ao Correio do Vouga, quando o Ano Paulino está a chegar ao fim. 
No dia 28 de Junho, Bento XVI preside na Basílica de São Paulo Extramuros (Roma) às Vésperas da solenidade litúrgica dos santos Pedro e Paulo, encerrando um ano que teve como finalidade principal realçar a importância do Apóstolo para o acesso do mundo a Cristo

Leia toda a Entrevista aqui

Uma influência pequena e residual! É isso que o povo pensa?

Só o facciosismo, a ignorância, a cegueira,
o fanatismo podem negar uma realidade,
que se mete pelos olhos dentro
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"A Igreja, pelos seus membros, tanto é pecadora como irmã universal que luta pelo bem, num mundo onde abundam os acomodados. Reconhece as suas limitações e falhas, mas, também, o seu caminho de conversão, os seus méritos passados e presentes, a sua vocação de serva das pessoas, homens e mulheres, de qualquer raça, religião, língua ou cor. Por isso não se acomoda e se, por vezes, o fez ou ainda o faz, é contra a sua razão de ser e missão permanente. Tudo isto o dizem as páginas da história, nas quais, uma multidão inumerável de procuradores dos pobres, ocupa lugar cimeiro, com destaque para gente da têmpera de Francisco de Assis, Vicente de Paulo, José Cotolengo, João de Deus, Frederico Ozanam, Américo de Aguiar, João XXIII, Teresa de Calcutá…
Alguns governos laicos põem entraves à sua acção, mas não podem negar o que é claro e que o povo agradece como o sempre beneficiado. Só o facciosismo, a ignorância, a cegueira, o fanatismo podem negar uma realidade, que se mete pelos olhos dentro."
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António Marcelino
Leia tudo aqui

Ninguém seja Estrangeiro

Siri Hustvedt
1. Em inícios de Junho a escritora norte-americana Siri Hustvedt, esposa do reconhecido escritor da actualidade Paul Auster, lançou o seu quatro romance. De ascendência norueguesa, cedo ela sentiu os EUA como a sua terra e nos tempos de estudante (anos 80) foi para Nova Iorque. Nessa cidade cosmopolita sentiu a presença de gentes de todas as paragens, de todos os sotaques, de todos os credos, pois o credo fundante dessa liberdade social é inclusivo e respeitador. Por estes dias, Siri concedeu uma interessante entrevista à televisão portuguesa (claro, no canal 2 e a horas já bem tardias) acerca do novo romance e do sentir da vida e do mundo.
2. O seu pai foi militar na 2ª guerra e assistiu à mortandade horrenda nessas paragens turbulentas da Europa (tal como ela assistiu ao 11 de Setembro). Foi quando da situação do falecimento de seu pai (2003), Lloyd Hustvedt, que Siri começou a redigir a sua obra «Elegia para um americano», escrito de pendor marcadamente autobiográfico como significando um luto pela partida do pai. A crítica aponta para uma ficção «sobre o luto e a transmissão das gerações», para um livro dedicado à filha, actriz e cantora, Sophie Hustvedt Auster. Destacando-se como a enfermidade e morte favorecem o dar-se sentido pleno ao tempo da vida, na referida entrevista a escritora a certa altura lança o olhar de admiração sobre a cidade de Nova Iorque, onde vive: sublinha que «em Nova Iorque, ninguém é estrangeiro!»
3. Pouco importando-se com a ideologia política ou mesmo contrariando um certo e existente imperialismo americano que teve em W. Bush um sinal menor, a admiração pela cidade onde ninguém se sente de fora porque todos vêm de todas as paragens, sendo simbólica, acaba por ser um reflexo do melhor que a condição humana pode sentir. Há 2000 anos Paulo de Tarso, inspirado em textos bíblicos falando da nova condição diz que: «Já não há estrangeiro, nem escravo, nem homem ou mulher». Só no futuro?!
Alexandre Cruz

ALMIRANTE HENRIQUE TENREIRO: Biografia política por Álvaro Garrido

Decorreu hoje, dia 24, na Fundação Mário Soares, em Lisboa, a apresentação do novo livro de Álvaro Garrido, denominado "Henrique Tenreiro - uma Biografia Politica". A obra será apresentada pelo historiador e professor universitário Fernando Rosas. A apresentação, em Ílhavo, será a 4 de Julho, no Museu Marítimo. Henrique Tenreiro nasceu em Dezembro de 1901, filho de um professor e neto de um coronel. Após a instrução primária e o Liceu Pedro Nunes, ingressa na Escola Naval. Em 1936, como Primeiro Tenente, entra no aparelho corporativo, onde trabalha às ordens do ministro Ortins Bettencourt, cuja cunhada, abastada brasileira, será sua mulher. Em 1936, o então ministro Pedro Teotónio Pereira nomeia-o delegado do governo junto do Grémio dos Armadores de Navios da Pesca do Bacalhau. Durante 38 anos é o verdadeiro patrão das pescas, sendo nomeado delegado do governo nos restantes grémios (sardinha, arrasto, baleia e atum) Henrique Tenreiro consegue esvaziar a vida associativa dos grémios e vincular os armadores à política de fomento do governo e, até 1974, é ele quem define as directrizes da política nacional das pescas, controlando e dispondo sobre todos as fontes de financiamento dos programas de renovação das frotas pesqueiras. Para o autor desta obra, "De 1936 a 1974, Henrique Tenreiro, actuou como uma espécie de condottieri para quem todo o poder foi sempre pouco. À medida que consolidou poderes cuja mobilização o regime não dispensou, fez das pescas um património pessoal, para seu engrandecimento político. Com o decorrer dos anos, a racionalidade política cedeu o passo à ambição e uma volúpia de poderes de escrutínio personalista e de fundamentos emotivos”.
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Carlos Duarte