terça-feira, 26 de maio de 2009

Mensagem e mensageiros

As plataformas digitais
desafiam sobretudo
os mensageiros
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"O Dia Mundial das Comunicações Sociais é uma ocasião para avaliar ou criticar, propor ou projectar a presença da Igreja Católica nos media. Este ano a acontecer entre um abundante caudal informativo sobre intervenções e presenças católicas, proposições acerca do carácter tecnológico das comunicações - que encontra na Mensagem do Papa um certeiro contributo - e a realização de projectos que testemunham o envolvimento eclesial nessas ferramentas mediáticas digitais. O seu carácter determinante nos processos de comunicação motiva a necessidade frequente de não hiper-valorizar os meios, por mais poderosos e eficazes que sejam. Para acentuar a certeza da necessidade de uma mensagem, a ser comunicada através de um mensageiro. Ela é de todos os tempos, também de hoje."
Paulo Rocha

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Crónica de um Professor…

Filosofia de vida
“Se não temos o que amamos…devemos amar o que temos…! Saltou-lhe aos olhos esta frase, quando circulava pelas coxias da sala de aula. Estava inscrita numa pequena caixa de plástico de forma paralelipípeda, pousada na carteira de uma aluna. Continha os apetrechos para a caracterização das personagens, daquela peça que iam levar à cena. O tema Cidadania, abordado e exaustivamente trabalhado na Área de Projecto, estava a dar os seus frutos. Os alunos empenhavam-se, e cada grupo decidira apresentar os resultados da forma que mais lhes agradava. Aquele resolvera fazer a dramatização duma peça em que o tema era apresentado com uma ingénua teatralidade. E… para grande espanto da teacher, estes alunos, de tão tenra idade ainda, conheciam os truques, as nuances que fazem da arte dramática algo de apetecível, de lúdico e também pedagógico. Queriam imitar a gente grande e quem sabe se ali não estará o alfobre de futuros talentos na arte de bem dizer!. A caixinha da maquilhagem… com uma panóplia de acessórios, continha as pinturas, os batons, os eyeliners de que qualquer guarda-roupa não prescinde. Mas... aquela inscrição ficara a laborar na mente da teacher… era uma frase profunda! Traduzia uma filosofia de vida que lhe era muito cara! Se, na verdade, a aplicarmos às nossas vivências, concluiremos que pode fazer uma mudança nas nossas vidas. Quando nos debruçamos e perdemos tempo a lastimar aquilo que não temos, e às vezes temos tanto a que não damos o real valor, não nos restará tempo, ânimo e disponibilidade mental, para apreciarmos, valorizarmos e desfrutarmos daquilo com que a natureza, tão prodigamente, nos dotou. À memória vem aquela pergunta insidiosa feita a duas pessoas, exactamente sobre a mesma coisa, mas que obteve duas respostas diametralmente opostas. Apresenta-se uma garrafa contendo vinho, até metade e pede-se a um homem sóbrio, e a um alcoólico, que descrevam o que vêem. - Ainda está meia cheia! Diz o homem sóbrio. - Já está meia vazia! Diz o alcoólico. Duma situação tão simples, aparentemente linear, há duas perspectivas, absolutamente opostas. Uma positiva, outra negativista, derrotista. Assim se passa nas nossas vidas. Há aqueles que desbaratam a vida a ver o que a garrafa não tem, a parte vazia, e não chegam a desfrutar do precioso néctar que a garrafa contém, até meio. - De que lado da barricada estás? Perguntam. Contrariando qualquer tendência etílica, responderia, de imediato, que se fica pela inscrição latina: In vino veritas! Ou Bonum vinum laetificat cor hominum! “Se te lamentas, porque não vês o sol, então nunca verás as estrelas!” E… a teacher gosta muito de contemplar um céu estrelado, nestas terras abençoadas das Gafanhas!
M.ª Donzília Almeida

Efemérides aveirenses

Olho da cidade, na Ponte-Praça, visto do canal central
1952-Maio-25 Três melhoramentos foram inaugurados, em Aveiro, neste dia, mas há 57 anos. Foram eles a Ponte-Praça, o Liceu Nacional de Aveiro e o Reservatório de água para o abastecimento da rede urbana. Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

A campanha para as europeias aí está em grande

É preciso votar; a abstenção só prejudica o futuro
A campanha para as europeias aí está em grande. É preciso votar, porque a abstenção só prejudica o futuro. Não podemos nem devemos esquecer esta realidade. Mesmo zangados com alguns políticos, temos de fazer o esforço que mais se impõe em tempo de crise, para nos tornarmos co-responsáveis nas políticas europeias. Cada vez mais, as leis que nos regem são lançadas pelas estruturas comunitárias. O Parlamento Europeu é o único órgão da UE escolhido pelo povo. Razão mais do que suficiente para começarmos a acreditar nele. A Europa comunitária precisa de ideias novas que combatam o neoliberalismo desenfreado, ligado aos grandes grupos económico-financeiros, autores da actual crise. Temos mesmo de pensar no nosso futuro e no futuro dos que hão-de vir depois de nós. Para já, os nossos políticos, de uma maneira geral, estão mais interessados em politiquices e na política interna, do que noutra coisas qualquer. Importa questioná-los sobre o que pretendem fazer a nível europeu. Depois, olhando para as propostas dos partidos políticos e dos candidatos, procuremos tomar opções que se coadunem com os nossos valores e com as propostas com que mais nos identificamos. De forma livre e consciente. Fernando Martins

Aprendiz de viajante

Santuário de Schoenstatt
Hoje sei que o viajante ideal é aquele que, no decorrer da vida, se despojou das coisas materiais e das tarefas quotidianas. Aprendeu a viver sem possuir nada, sem um modo de vida. Caminha, assim, com a leveza de quem abandonou tudo. Deixa o coração apaixonar-se pelas paisagens enquanto a alma, no puro sopro da madrugada, se recompõe das aflições da cidade. A pouco e pouco, aprendi que nenhum viajante vê o que outros viajantes, ao passarem pelos mesmos lugares, vêem. O olhar de cada um, sobre as coisas do mundo, é único, não se confunde com nenhum outro. Viajar, se não cura a melancolia, pelo menos, purifica. Afasta o espírito do que é supérfluo e inútil; e o corpo reencontra a harmonia perdida - entre o homem e a terra. O viajante aprendeu, assim, a cantar a terra, a noite e a luz, os astros, as águas e a treva, os peixes, os pássaros e as plantas. Aprendeu a nomear o mundo. Separou com uma linha de água o que nele havia de sedentário daquilo que era nómada; sabe que o homem não foi feito para ficar quieto. A sedentarização empobrece-o, seca-lhe o sangue, mata-lhe a alma - estagna o pensamento. Por tudo isto, o viajante escolheu o lado nómada da linha de água. Vive ali, e canta - sabendo que a vida não terá sido um abismo, se conseguir que o seu canto, ou estilhaços dele, o una de novo ao Universo. Al Berto (1948-1997)
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domingo, 24 de maio de 2009

Dia da Marinha – Festa na Praia da Barra

Somos um País de Marinheiros
Somos um País de Marinheiros. O mar corre-nos nas veias, ora agitado ora brando. Os navios enchem-nos a imaginação a toda a hora. Muitos milhares de pessoas marcaram presença na Praia da Barra, para assistir, hoje, a manobras dos marinheiros. Mas, fundamentalmente, para apreciar o desfile naval com que encerrou o Dia da Marinha, que este ano se associou às comemorações dos 250 anos da cidade de Aveiro. Desfilaram 11 navios da Marinha Portuguesa, mas o rei da festa foi o navio-escola Sagres, embaixador de Portugal junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Os aplausos não faltaram. E as mãos a acenar fizeram-me lembrar a partida e o regresso dos bacalhoeiros nos meus tempos de menino e moço. FM

Sorriso de Deus

Mais um sorriso de Deus, para contemplação. A nossa imaginação, mais rica e mais profunda que muitas palavras e imagens, saberá compor o quadro com a legenda mais adequada. Bom domingo.