quinta-feira, 21 de maio de 2009

Educação sexual nas escolas?

Não há educação e ensino que resistam
enquanto famílias e escolas viverem divorciadas
umas das outras
O caso da professora de uma escola de Espinho, que, ao que parece, resolveu esquecer-se da aula de história para falar de sexo, que não da educação para uma sexualidade saudável e responsável, veio acordar o País para uma realidade, que muitos conhecem. Há, de facto, professores conscientes, bem formados e informados, com capacidade para ensinar e educar, mas também há outros que andam pelas escolas para não fazerem nada de jeito. Nem sabem ensinar, nem informar convenientemente, muito menos formar para uma vida com princípios, com regras, com valores. A questão está mesmo nisto: formar para os valores que enobrecem a pessoa e a sociedade e não para o caos moral e social, tão ligado ao sexo livre. Há quem defenda a liberdade sexual sem regras, para além de se alertar para a transmissão de doenças. Para isso, propõem a oferta de preservativos nas escolas, ao jeito de quem quer dizer: tenham por aí relações sexuais a eito, com este e com aquele, com esta e com aquela. Isto agora é assim, cada um que se safe. E chamam a isto educação sexual, que não passa de devassidão, de embrutecimento dos sentidos. Claro que há muita gente que ainda não se habituou à ideia de que a educação não se faz em massa, numa aula ou em grupo alargado, confundindo-se educação sexual com informação sexual. A educação faz-se de pessoa a pessoa, com intimidade, coração a coração. Em família e com a família. A escola que ensine o que tem a ensinar, tendo em conta os valores da comunidade em que está inserida. A família que eduque, de acordo com os seus princípios de vida. Mas também é bom que se diga que há muitos e complexos problemas nas escolas porque as famílias se divorciam das suas obrigações e das suas responsabilidades educativas. Importa, por isso, alertar as famílias para a obrigação que têm de assumir o seu papel na comunidade educativa. As escolas não podem viver alheios às famílias; as famílias não podem alhear-se das escolas. Enquanto familílias e escolas viverem divorciadas umas das outras, não há educação e ensino que resistam. Fernando Martins

Património, Herança e Memória - A cultura como criação

A cultura ganha uma nova importância na vida política e económica contemporânea. O desenvolvimento humano não é compreensível nem realizável sem o reconhecimento do papel da criação cultural, em ligação estreita com a educação e a formação, com a investigação e a ciência. O que distingue o desenvolvimento e o atraso é a cultura, a qualidade, a exigência - numa palavra, a capacidade de aprender. Deixou de fazer sentido a oposição entre políticas públicas centradas no Património histórico, por contraponto à criação contemporânea. A complementaridade é óbvia e necessária. Basta olharmos os grandes marcos da presença humana ao longo do tempo para percebermos que há sempre uma simbiose de diversas influências, de diversas épocas, ligando Património material e imaterial, herança e criação. A nova Convenção-Quadro do Conselho da Europa sobre o Património cultural, assinada em Faro em Outubro de 2005 e já ratificada por Portugal, é um instrumento inovador da maior importância, onde pela primeira vez se reconhece que o Património cultural é uma realidade dinâmica, envolvendo monumentos, tradições e criação contemporânea. Segundo este documento, a diversidade cultural e o pluralismo têm de ser preservados contra a homogeneização e a harmonização. E se falamos de um «património comum europeu», como realidade a preservar, a verdade também é que estamos perante uma construção inédita e original baseada na extensão da dimensão tradicional do Estado de direito, no apelo à diversidade das culturas, no aprofundamento da soberania originária dos Estados-nações, na legitimidade dos Estados e dos povos, na criação de um espaço de segurança e de paz com repercussões culturais e numa maior partilha de responsabilidades nos domínios económico e do desenvolvimento durável. Guilherme d’Oliveira Martins,
Leia mais aqui Presidente do Centro Nacional de Cultura In Património, Herança e Memória. A cultura como criação. Ed. Gradiva

Aventuras de um boxer…

Dedicação O fato de bailarina Fica-me mesmo a matar, Quando a dona desatina E se põe comigo a dançar! Olá, Amigos!
Se pensam que morri e já estão a preparar-me o enterro, podem tirar o cavalinho da chuva, pois estou vivo e bem vivo! Ando um pouco “enfiado”, lá isso é verdade….até me “afunilaram” as ideias! As ideias e os movimentos! Estes humanos quando se lembram…quando têm ideias brilhantes, aplicam-nos a nós, caninos, que somos um campo fértil para estudos e experiências… Eu, que prezo a minha masculinidade, que sou cão e muito cão….sou um cão em toda a acepção da palavra, não me sinto bem no papel de cobaia! Por isso não entendi, lá muito bem, com os neurónios que Deus me deu, que me tenham metido um funil, na cabeça! P’ra quê? Pergunto eu, com o meu raciocínio de cão. Lá porque o Dr JP me deu uma anestesia, para andar a “escortaçar” o meu membro posterior direito, não vejo a correlação entre a costura feita na minha patinha e os movimentos da minha cabecinha pensadora! Que eu sou muito irrequieto e faço muitas mesuras à minha dona e seus amigos, toda a gente o sabe. Também o vêem os outros pets que pastoreiam em ambos os lados do meu espaço privado – o big garden! Mas daí até me terem limitado os gestos, a minha única forma de comunicação, há quem diga que o gesto é tudo, já que não fui dotado da linguagem verbal, como os humanos,……francamente! Será que existe algum conluio entre o Dr Vet e a minha dona, para me porem a dormir, durante um interminável dia, na sua clínica pediátrica? Eu, que nunca tinha entrado numa “estalagem” dessas, ouvi dizer que ia ficar internado para uma intervenção cirúrgica! A minha dona, ao verificar que me nascera uma excrescência, na patinha posterior direita, ficou alarmada! De início, pensou ser apenas uma forma de solidariedade, ao tentar copiar o joanete dela, por transferência afectiva…quiçá! Tratou de consultar um especialista que prognosticou, diagnosticou e prescreveu a excisão da protuberância; a minha dona levou-me à Clínica Veterinária da cidade próxima, onde tive uma amistosa recepção e onde me foi feita a preparação para a intervenção cirúrgica. Inocularam-me a anestesia, que provocou um entorpecimento que em nada se coaduna com todo o meu fulgor de canino fogoso hiperactivo! As patinhas começaram a afrouxar e daí a pouco senti-me ao colo do Dr JP que me transportou, com muito carinho, para o bloco operatório. Apesar das pálpebras semi-cerradas, ainda consegui descortinar uma lágrima furtiva a deslizar no rosto saudoso da minha dona. Ah! Nunca pensei que a dedicação dela atingisse este nível de emoção. E…até podia jurar, pondo as patinhas no fogo, que as lágrimas da minha dona não são lágrimas de crocodilo! É verdadeira, recíproca e intensa esta afeição entre humanos e caninos. Ao fim da tarde, quando me veio buscar, ambos rejubilámos de alegria, por podermos retribuir efusivamente o afecto que brota em cachões, qual lava em vulcão em actividade.
Quem tem uma dona, tem tudo Quem não a tem, não tem nada! Eu apesar de ser mudo Comunico, sobretudo De forma gesticulada!
M.ª Donzília Almeida 21 de Maio de 2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

AVEIRO: Fotografia no Salpoente

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Um poema de M.ª Donzília Almeida

“Tão tarde nesta vida e tão contente” Verdes anos! Eu sonhei, eu construí Castelos encantados, grandiosos. Com um sopro de vida, gloriosos, Momentos de fantasia eu vivi! Na senda desta vida, percorri Becos, veredas, largas avenidas Com vivências f’lizes ou sofridas Alegria, tormento, tudo eu sofri! Somei dias, tristezas, amargura, E também uma panóplia de ternura! Que da minh’alma emerge e se sente! E d’pois de um calvário percorrido, Com paz e harmonia tem sentido: - “Tão tarde nesta vida e tão contente”! M.ª Donzília Almeida
14.04.08

Caravela Vera Cruz no Porto de Aveiro



A caravela Vera Cruz está ancorada no Porto de Pesca Longínqua até 30 de Maio, por iniciativa da CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro). Pretende-se com esta estadia da caravela no Porto de Aveiro contribuir para uma maior valorização da nossa cultura, assente, em grande parte, no Mar e na Ria. Também se deseja dar a conhecer aos mais novos “valores importantes da História de Portugal”, como sublinhou Ribau Esteves, presidente do Conselho Executivo da CIRA. 
A caravela Vera Cruz é propriedade da Aporvela, uma associação de treino de vela, de Lisboa, vocacionada, com este projecto, para a divulgação e sensibilização da gesta dos Descobrimentos Portugueses. 
Até ao fim do mês, escolas e demais interessados poderão visitá-la, fundamentalmente, para “imaginarem” como foi a vida dos nossos mareantes a bordo duma “casca de noz”, sobre as ondas alterosas. Mas, ainda, para se debruçarem sobre a evolução das navegações e do papel da caravela portuguesa nos Descobrimentos. 
A visita de ontem permitiu-nos assistir a uma encenação histórica por alunos, vestidos a rigor, de uma escola do concelho de Estarreja, bem compenetrados dos seus papéis, dos tempos da descoberta do Brasil, por Pedro Álvares Cabral. 
Para Ribau Esteves, que é também presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, a CIRA está a implementar “acções da área da Educação e da Cultura”, apostando “na formação dos cidadãos mais novos e na promoção da nossa Região de Aveiro”. 
A Vera Cruz é uma réplica da Caravela Oceânica Portuguesa do Século XV e foi construída em Vila do Conde. Foi lançada à água em 28 de Abril de 1990. Tem 23,8 metros de comprimento e capacidade para alojamento de 22 pessoas.

Fernando Martins

terça-feira, 19 de maio de 2009

Município de Ílhavo com Bandeira de Ouro da Mobilidade

A Associação Portuguesa de Planeadores do Território (APPLA) atribuiu a Bandeira de Ouro da Mobilidade ao Município de Ílhavo. Este galardão surge na sequência do Relatório da 2ª Avaliação da Área de Adesão e é o corolário do cumprimento percentual da eliminação das barreiras urbanísticas na área de intervenção. A Área de Adesão de Ílhavo à Rede, a zona central da Cidade de Ílhavo, reúne as características de centralidade urbana, pela multiplicidade e diversidade de actividades e funções, abrangendo a área de comércio tradicional. No âmbito desta 2ª, e última, avaliação verificou-se que o Município procedeu a correcções que resultaram em francas melhorias quer do ponto de vista da mobilidade para todos como ao nível do espaço urbano e, consequentemente, na relação das pessoas com o espaço. Recorde-se que o Município de Ílhavo aderiu à Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, a 15 de Junho de 2004, tendo recebido a bandeira de Prata desta mesma Associação em 2007. A cerimónia da atribuição da Bandeira de Ouro da Mobilidade à Câmara Municipal de Ílhavo será oportunamente anunciada. Fonte: Município de Ílhavo