sexta-feira, 24 de abril de 2009

Tanto drama na comunicação social

Hoje ouvi um desabafo de pessoa amiga sobre os noticiários das nossas TVs. Diz que as más notícias já cansam. Eu sei que o nosso mundo está cheio de coisas más, com guerras, desastres, assaltos, mortes. Também há, é certo, notícias e reportagens agradáveis: gente solidária, artistas que transmitem alegria, projectos inovadores, vitórias em vários domínios, imagens belíssimas, sons que tranquilizam, culturas que nos enriquecem… Mas, realmente, o que nos fere é o negativo, o triste. Como inverter este estado de coisas na nossa comunicação social? Será difícil, até porque é preciso educar para novas mentalidades. O negativo terá o seu lugar, mas urge mostrar também, com destaque, o positivo.

Ruas da Gafanha da Nazaré: João XXIII

O bom Papa João provocou 
a maior revolução eclesial do século XX


A Rua João XXIII é uma rua típica, com a marca dos traçados rectilíneos do antigo presidente da Junta de Freguesia, Manuel da Rocha Fernandes, a que me referi no mês de Março. Podemos entrar nela a partir da Rua São Francisco Xavier e continuar em linha recta quase até à Mata Nacional, na Rua Luís de Camões. Quando alguém pergunta onde fica, logo os mais conhecedores das muitas ruas da Gafanha da Nazaré adiantam que é a “rua do padre”, numa clara alusão à primeira residência paroquial construída de raiz pelo Prior Bastos, que fica nessa rua. 
Penso que esta foi, ou pode ter sido, uma homenagem a um Papa que marcou a vida da Igreja Católica. De facto, embora alguns pensassem que João XXIII, pela sua idade, não seria mais do que um Papa de transição, a verdade é que foi ele que lançou a maior revolução eclesial do século XX, com a convocação do Concílio Vaticano II. 
Com João XXIII, nasceu uma grande abertura da Igreja ao mundo, tendo como alicerces fundamentais o diálogo ecuménico e inter-religioso e a aceitação das múltiplas diferenças que enformam as sociedades. Com as suas encíclicas, nomeadamente, a Pacem in Terris, onde propõe a paz mundial, e a Mater et Magistra, na qual reafirma o papel primordial da família e do ser humano, apresentou aos homens de boa vontade uma nova forma de viver em Igreja, colocando-a no meio do mundo. 
Ainda promoveu a leitura dos sinais dos tempos e pregou mais justiça social, sendo ele próprio um símbolo do diálogo fraterno e da bondade. Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em Sotto il Monte, Itália, em 25 de Novembro de 1881. Ordenado presbítero em 1904 e bispo em 1925, foi nomeado cardeal e patriarca de Veneza, em 1953. 
Após o falecimento de Pio XII, foi eleito Papa, em 28 de Outubro de 1958, assumindo o título de João XXIII. Faleceu com aura de santidade em 3 de Junho de 1963. João Paulo II beatificou-o em 3 de Setembro de 2000. E nessa cerimónia sublinhou: “Do Papa João permanece na memória de todos a imagem de um rosto sorridente e de dois braços abertos num abraço ao mundo inteiro. Quantas pessoas foram conquistadas pela simplicidade do seu ânimo, conjugada com uma ampla experiência de homens e de coisas! A rajada de novidade dada por ele não se referia decerto à doutrina, mas ao modo de a expor; era novo o estilo de falar e de agir, era nova a carga de simpatia com que se dirigia às pessoas comuns e aos poderosos da terra.” 

Fernando Martins

Alargamento de escolaridade até ao 12.º ano

O Governo anunciou que vai alargar a escolaridade obrigatória ao Ensino Secundário (12.º ano), o que significa a entrada de mais 30 mil alunos nas nossas escolas. Ao mesmo tempo, garantiu que as instalações e os professores existentes são suficientes para este acréscimo de alunos. Tenho alguma dificuldade em entender esta conclusão. Das duas, uma: ou o Governo não sabe fazer contas ou temos pelo País escolas a mais e professores que, nos estabelecimentos de ensino, não trabalham. Expliquem-me por favor como é que 30 mil alunos não exigem mais professores e mais salas? Vejam bem: não são mais três mil alunos!

Genéricos gratuitos para pensionistas com rendimentos inferiores ao salário mínimo

Segundo notícias de hoje, os pensionistas com rendimentos inferiores ao salárío mínimo nacional vão ter acesso aos medicamentos genéricos, sem qualquer custo. A medida foi ontem aprovada em Conselho de Ministros, entrando em vigor em breve. Medida para aplaudir, obviamente. Não é verdade que muitos pensionistas não conseguem aviar medicamentos prescritos pelos seus médicos? Mais de um milhão de pensionistas beneficiarão com esta medida.

Cronologia da vida de Santo Condestável

1360: Nuno Álvares Pereira nasce em Castelo do Bonjardim, Santarém, filho do prior da Ordem dos Hospitalários. 1361: É legitimado por D. Pedro I 1373: Entra na Corte de D. Fernando e torna-se escudeiro da rainha D. Leonor Teles. Em breve é armado cavaleiro. 1376: A 15 de agosto casa com d. Leonor de Alvim, de quem vem a ter uma filha, D. Beatriz. 1383: Morre D. Fernando. D. Leonor Teles manda proclamar a filha e o genro, D. João de Castela, sucessores do trono de Portugal. Nuno Álvares Pereira distingue-se no paartido patriótico que incita D. João, Mestre de Avis, a chefiar a revolta contra os castelhanos. É nomeado fronteiro entre Tejo e Guadiana. 1384: Vence os castelhanos na Batalha dos Atoleiros. 1385: D. João UI de Portugal, entretanto aclamado rei, nomeia-o Condestável do reino. A 14 de agosto vence na Batalha de Aljubarrota. Recebe numerosos títulos e domínios, entre os quais o Condado de Ourém e o Condado de Arraiolos. 1388: Começa a construção da capela de S. Jorge, em Aljubarrota. 1389: Começa a construção do Convento do Carmo, em Lisboa. 1393: Partilha com os companheiros de armas muitas das suas terras. 1397: Primeiros carmelitas vêm viver para o Convento do Carmo. 1401: Fim das hostilidades com Castela. 1414: Morre a filha, D. Beatriz. Projeta tornar-se carmelita. 1415: Participa na conquista de Ceuta. 1422: Reparte pelos netos os seus títulos e domínios. 1423: Professa no Convento do Carmo a 15 de agosto. Toma o nome de Fr. Nuno de Santa Maria. Dedica-se a atos de piedade e de benemerência. Ainda em vida é chamado Santo Condestável pelo povo. 1431: Morre no Dia de Todos os Santos. 1641: As cortes pedem ao Papa Urbano VIII a sua beatificação. o pedido é renovado várias vezes ao longo dos anos. 1918: O Papa Bento XV confirma o culto do Santo Condestável; a sua Festa celebra-se no dia 6 de novembro.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré pronto para nova temporada de Folclore

Podemos dizer que a temporada de actuações do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) está prestes a começar. Para já estão agendadas 16 saídas para outras tantas apresentações deste grupo, um pouco por toda a parte. Começa no próximo dia 26 de Abril, em Matosinhos, e termina a temporada com a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, em 20 de Setembro. Como não podia deixar de ser, daqui desejamos um excelente trabalho na divulgação dos nossos trajes antigos, bem como das nossas danças e cantares. Escusado será dizer que os ensaios não podem parar, até porque o GEGN tem muito respeito por quem o quer ver e ouvir.

Dias de Propaganda

1. A propaganda está a sair à rua. Este ano, por todas as conjunturas, tanto sociais como eleitorais, será ano (daqui em diante) repleto de slogans e pensamentos políticos, uns mais brandos outros mais fortes. Parece que a cada dia que passa a crispação típica que tanto fragmenta os possíveis consensos se vai avolumando. Diz-se mesmo que para os lados lisboetas do marquês de Pombal, cenário e personalidade propícios a grandes mensagens, a propaganda eleitoral ocupa o espaço das divulgações habituais das festas de Lisboa. Não se sabendo até onde haverá lugar para todos, o que parece certo é que o local das festas parece ficar comprometido. Em todos os escaparates se vai gizando e aplicando o cartaz no melhor espaço, naquele sítio em que quem passa tem mesmo que dar “de caras” com o candidato “x” ou “y”. 2. E o entusiasmo será tanto e tão grande que, a certa altura, a campanha e os seus materiais de divulgação – grande investimento neste ano de três eleições – vai mesmo avançando para territórios para além do espaço público. Este gosto da liberdade de partilhar a mensagem (im)pondo o slogan e a figura a todos é a nova estrada que se fortalece pelo marketing, enquanto se parece continuar a correr o perigo de empobrecer no conteúdo. É verdade que a ansiedade é um dado humano e transversal a todos os quadrantes da vida em sociedade, e que, por vezes, poderá ser mesmo difícil manter a serenidade e elegância na postura… Mas tem-se assistido a patamares de linguagem e irritação que deitam a perder toda a escola de virtudes e de bom gosto e senso nas coisas da “causa pública”. 3. Os portugueses esperam (?), como hábito (!), destas fases das campanhas esclarecimentos claros, aprofundados, com pausas para nos ouvirmos, com oportunidades de reconhecimento do bem feito, com realismo e humilde maturidade de autocrítica para saber-se que se errou aqui ou ali. Tão diferente do ruído turbo e não clarividente que parece insistir em nos acompanhar. E depois, quem arruma os cartazes? Alexandre Cruz

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue