terça-feira, 3 de março de 2009

Há quanto tempo não se confessa?

"É a segunda vez que me encontro com este monge beneditino de Munsterschwarzach, chamado Anselm Grun. A primeira foi num desconcertante livro sobre Deus e o sofrimento, com uma luta leal entre os dramas humanos e a sábia providência de Deus. Desta vez, na livraria, olhei primeiro o título, e quase no fim da introdução voltei à capa e reparei que o autor não me era estranho. Tem a ver com o sacramento da penitência e com todas as lutas que travamos connosco próprios para a nossa reconciliação interior, o diálogo sobre a nossa condição de pecadores, a Igreja como lugar de reflexo do nosso arrependimento e do reconfortante perdão de Deus. Sabendo nós que podemos voltar a pecar e que mesmo assim não estamos abandonados nem por um momento à nossa solidão ou desesperança."
António Rego
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segunda-feira, 2 de março de 2009

HÁ MAIS CATÓLICOS NO MUNDO

Segundo informações do Vaticano, o número de católicos no mundo aumentou, em particular em África e Oceânia, mas diminuiu na América. Isto mesmo diz o Anuário Pontifício de 2009. Os dados referem-se a 2007 e tèm por base mais de 2900 circunscrições eclesiásticas. De acordo com o documento, o número de padres também aumentou, sendo agora superior a 408 mil.

ÍLHAVO: VI Concurso de Fotografia

“Olhos sobre o Mar”
A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou hoje as normas do VI Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”. Este concurso conta com o apoio do Centro Português de Fotografia/Ministério da Cultura, da revista FotoDigital e do Diário de Aveiro. Será de âmbito nacional, nas categorias cor e preto e branco, e decorre até 15 de Junho de 2009. Atendendo ao facto de ter sido fundado, recentemente, o Fórum Náutico no nosso Município, foi excepcionalmente criada, neste concurso, uma Secção Especial, denominada “Desporto no Fórum Náutico do Município de Ílhavo”, à qual cada fotógrafo poderá concorrer com uma fotografia em cada uma das categorias (cor e preto e branco), que retrate a temática. A entrega dos prémios acontecerá em Agosto, mês em que os 50 melhores trabalhos irão ficar expostos na Sala de Exposições Temporárias (Porão de Salgado), do Navio-Museu Santo André. Para mais informações, visitar http://www.cm-ilhavo.pt/, passar pela Câmara Municipal, contactar pelo telefone 234 329 602 ou por e-mail geral@ilhavo.pt.

GAFANHA DA NAZARÉ: Delimitações

Sobre as delimitações da freguesia da Gafanha da Nazaré, aqui publico a acta que regista o facto, em 1911. Lembro que a freguesia foi criada em 1910.

“A Barra e os Portos da Ria de Aveiro” em Madrid

DE 4 DE MARÇO A 12 DE ABRIL
ANA PAULA VITORINO VAI PRESIDIR À INAUGURAÇÃO
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, vai presidir, esta quarta-feira, 4 de Março, em Madrid, à inauguração da exposição “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro 1808 – 1932, no Arquivo Histórico da Administração do Porto de Aveiro”. A inauguração está prevista para as 18 horas, na sala de exposições da Arquería de Nuevos Ministerios, Paseo de la Castellana. A presença da exposição em Madrid acontece sob o Alto Patrocínio do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (Portugal), e do Ministerio de Fomento (Espanha), sendo organizada pela Administração do Porto de Aveiro (APA, S.A.) e por Puertos del Estado. De registar o apoio da Câmara Municipal de Aveiro. Patente até 12 de Abril de 2009, a exposição, comissariada por João Carlos Garcia e Inês Amorim (ambos professores da Faculdade de Letras do Porto), cumpre em Madrid a quinta etapa de um circuito de itinerância pela Península Ibérica. A exposição é composta por quatro núcleos: - “I – A RIA DE AVEIRO”; “II – A BARRA DE AVEIRO”; “III – A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO”; “IV – AS MARINHAS DE SAL DA RIA DE AVEIRO”.
Fonte: Newsletter do Porto de Aveiro

domingo, 1 de março de 2009

SINAL +

A Igreja Católica não precisa de lições de solidariedade social
Centro de Dia (foto do meu arquivo) AS CONFISSÕES RELIGIOSAS TÊM O DIREITO
DE DEFENDER OS SEUS PRINCÍPIOS
A propósito das declarações recentes da hierarquia da Igreja Católica sobre o casamento de mulheres cristãs com muçulmanos e sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, ouvi acusações sem nexo. Que a Igreja não tinha nada que se meter nestes assuntos e que devia, isso sim, preocupar-se com a pobreza, com as injustiças sociais, com os marginalizados. Enfim, a Igreja devia fechar-se nos templos, ficar por lá a rezar, preocupando-se com o espiritual e deixar o resto para os políticos. Claro que esta posição de algumas cabecinhas pensadoras reflectem bem o seu gosto preferencial pelas sociedades de pensamento único, esquecendo-se que, numa democracia, todos, mas mesmo todos, têm o direito e a obrigação de expor e defender as suas opiniões e as suas convicções. Sem querer avançar com temas polémicos, que existem em todas as sociedades livres, permitam-me que lembre apenas que a Igreja Católica, como outras Igrejas cristãs e não cristãs, não precisa que lhe recordem as suas obrigações sociais, traduzidas, no nosso país e pelo mundo, através das mais diversificados respostas, muito concretas, em favor de quem sofre e de quem precisa. Basta olhar para o lado, com olhos de ver.
FM

Mais um livro de Mons. João Gaspar

Aveiro2009 – Recordando Efemérides

Mons. João Gaspar



“Quando penso na história milenar de Aveiro e da sua região, logo assoma em mim a rara sensação de uma estranha e única composição de terra, de água, de sol, de ar e de luz, que, no rodar da existência, é difícil encontrar em qualquer outra parte. As vagas do Atlântico, as ondinas da ria, as velas dos barcos, as proas dos moliceiros, o remanso do Vouga, a beleza dos horizontes, a pujança dos campos, o verde das florestas, o contorno das serranias, a diversidade das povoações, o primor dos edifícios, o sinuoso das ruas, a singularidade dos costumes, a característica do folclore, a animação das festas, a galhardia dos cortejos, o sentimento das devoções, a originalidade das maneiras, a esperança das famílias, a traquinice das crianças, o entusiasmo dos jovens, a faina dos marnotos, a labuta dos agricultores, a canseira dos trabalhadores, a preocupação dos empresários, o talento dos letrados, a formosura das mulheres, o altruísmo dos voluntários, a coragem dos mártires, a vida das terras, a graça das gentes…”

 In NA MEMÓRIA, do livro de Mons. João Gonçalves Gaspar

Ontem tive o privilégio de assistir ao lançamento do mais recente livro de Mons. João Gonçalves Gaspar – Aveiro2009 – Recordando Efemérides –, no Museu da Cidade. Apresentou a obra Delfim Bismark Ferreira. Teceu naturais e justos elogios ao autor, que já publicou mais de 30 títulos, a maioria dos quais à volta de Aveiro e sua região, mas também sobre vultos da história local. 
Mons. João Gaspar pensou este trabalho há uns três meses. Pegando na ideia, buscou na história e na memória o que de relevante aconteceu em cada mês, de muitos anos “redondos”. Começou, obviamente, pela data mais antiga – 12 de Junho de 922 – que se refere provavelmente a Aveiro. Diz assim: “D. Ordonho II, rei da Galiza e de Leão, assinou uma importante doação em favor do Mosteiro de Crestuma, onde se menciona o PORTU DE ALIOVIRIO; se este topónimo corresponder a uma anotação alterada de ‘Alavário’, temos aqui a primeira referência histórica a Aveiro.” 
Fiquemos então com esta data que assinala o primeiro “baptismo” de Aveiro. Mas o livro tem muitas outras curiosidades que nos levam a visitas bem guiadas, através dos séculos e até quase aos nossos dias, pela vida da terra aveirense e das suas gentes. Esta obra, com edição de excelente papel e profusamente ilustrada, insere-se perfeitamente nas celebrações dos 250 anos da elevação de Aveiro a cidade. 
Com capa de Hugo Rios, a partir de desenho de Sara Bandarra, e composição de José Luís Santos, este livro é um regalo para os olhos e para o espírito de quem sente o património histórico como parte integrante do seu próprio ser. 
Mons. João Gaspar, provavelmente o mais prolífero historiador aveirense, não se poupa e esforços para nos ofertar, com alguma frequência, lampejos da sua sensibilidade e do seu labor, carregados de aveirismo, onde o eixense, que ele é também, mergulhou há muito, com assinalada paixão. Deste trabalho haverei de falar e de escrever algumas vezes, ao sabor das efemérides que o autor tão bem soube registar em letra de forma, com belas e oportunas fotografias. 

Fernando Martins