segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A MARINA DA BARRA nem acta nem desata

Ribau Esteves: “Tenho a maior reserva que
haja dinheiro” para a Marina da Barra
Com uma situação financeira “equilibrada”, a autarquia tem vários projectos em carteira. A Marina da Barra, uma das grandes bandeiras de Ribau Esteves, parece mergulhada num impasse. Não tenho motivo nenhum para não confiar. O que eu quero muito é que de uma vez por todas os interlocutores se sentem à mesa para que possamos discutir e tomar decisões. A nossa região precisa de uma marina. O turismo náutico é um dos eixos prioritários da nova entidade regional do turismo e do país, temos um património extraordinário que é a ria, temos o quinto porto nacional… Leia no Diário de Aveiro de hoje

COLHERES DO TITANIC...

No Marintimidades, Ana Maria Lopes veio este fim-de-semana com uma história bastante curiosa, à volta de umas colheres que terão sobrevivido ao drama do Titanic. E o mais interessante é que, para alimentar a nossa curiosidade, adia o final da história para daqui a uns dias. É certo e sabido que a partir de hoje me vai obrigar, sem custo, aliás, a visitar o seu blogue, dia a dia, na esperança de saber, ao certo, se as colheres vieram, realmente, de célebre paquete.
Não é muito frequente termos à mão um blogue temático, tão rico de pormenores e tão cheio de memórias ligadas às nossas tradições. Pois o Marintimidades aí está, regularmente, com assuntos da Ria e do Mar, que Ana Maria Lopes domina com muita sensibilidade e saber. Não terá ela elementos, mais do que suficientes, para uma exposição no nosso Museu Marítimo de Ílhavo? Julgo que sim. Haja quem a estimule a dar passos nesse sentido. Para já, temos o seu blogue, que é, sem dúvida, uma exposição permanente de vivências que tanto nos ajudam a seguir-lhe os passos, embora timidamente.
FM

domingo, 1 de fevereiro de 2009

SOLIDARIEDADE

(Clique na imagem para ver melhor)

Sinal +

1. Os arautos da desgraça continuam a agitar a bandeira da bancarrota, da ingovernabilidade de Portugal, do fim da Nação. A multissecular Pátria portuguesa até parece que caiu ou está para cair nas ruas da amargura, sem políticos à altura de aguentar a barca no cimo das ondas. A barca, pelos vistos, está a meter água por todos os lados. Clama-se por justiça, mas ela não surge, ou surge tardiamente; clama-se por verdade, mas os mentirosos amarfanham a sociedade; clama-se por uma educação sadia, mas não faltam os promíscuos em cada esquina; clama-se por paz, mas não falta quem alimente guerras. E por aí adiante… O nepotismo, o compadrio, as negociatas, a mentira, o ódio, a injustiça, o desespero, o desemprego, a miséria, a falta de sentido para a vida e a ausência de horizontes dignos de um futuro de progresso solidário parece que estão a implantar-se entre nós. Mas tudo isto será razão para admitir o fim de Portugal como Estado e como Nação? Julgo que não. O nosso País e os portugueses já enfrentaram inúmeras desgraças, mas continuam a existir. Mais uma crise não será motivo para desânimos. Havemos de sair dela. Temos de conseguir caminhar em frente, rumo a um futuro mais risonho.
2. Celebra-se hoje o Dia do Consagrado na Igreja Católica. Homens e mulheres que, por amor a Deus, deixam o mundo, com todas as suas seduções, para viverem em exclusivo a causa de uma sociedade mais fraterna, onde a paz seja uma aposta de todos os momentos. Penso que a acção dos consagrados e das consagradas, no dia-a-dia de um labor ao serviço do mundo, onde a espiritualidade nunca perde o seu lugar, carece de ser mais conhecida e mais amada. Porque não é fácil deixar família, amigos e propostas profissionais aliciantes para viver o desafio de construir o Reino de Deus neste tempo de tantas contradições. Sei que muitos sentem na carne e na alma o desgaste da solidão, a incompreensão da sua entrega generosa, a arrogância dos instalados nos prazeres fúteis. Mas também sei que aos consagrados e consagradas nunca faltará, nas encruzilhadas de outras vidas, a alegria do encontro diário com Jesus Cristo, que é caminho, verdade e vida. Fernando Martins

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 116

BACALHAU EM DATAS - 6 ;

Santa Maria Manuela

CARTAS... E COLÓNIAS
Caríssimo/a:
Depois de termos lido o que escreveu o nosso amigo capitão Valdemar sobre a pesca do bacalhau nesses recuados tempos, iremos constatar que nem só de pesca se tratava e que, pelos vistos, muito mais estava em jogo. Afinal a ciência estava sempre presente e era uma constante nas navegações dos Portugueses...
1500 - «Por volta de 1500, no hemisfério norte, [os Portugueses] terão provavelmente chegado à Gronelândia, ao Labrador e à Terra Nova. Na década de 1520, tentaram estabelecer uma colónia na ilha de Cape Breton e, em meados do século XVI, na Nova Escócia.» [in Um Mundo em Movimento- Os Portugueses na África, Ásia e América (1415-1808), de A. J. R. Russell-Wood, DIFEL- Difusão Editorial, S.A., Lisboa, 1998, pp. 19-20]
1502 - «O planisfério dito de Cantino, de 1502, “é a primeira carta a dar uma incipiente representação da Terra Nova, sob a designação de Terra del Rey de Portugal!”» [Oc45, 77] «O que assinalamos como importante na viagem de Gaspar Corte Real foi o facto de a partir dela se ter elaborado o planisfério de Cantino pelo qual se divulgava um primeiro mapa menos fantasioso dessas regiões...» [HPB, 20]
1504 - «Carta de Pedro Reinel que representa a Ocidente, no Atlântico Norte, a região da Terra Nova e regiões próximas. Os autores de cartografia defendem que esta carta foi o resultado da viagem de Miguel Corte Real em 1502 e outra que se seguiu em 1503, em busca deste navegador e de seu irmão Gaspar Corte Real, viagens em vão quanto ao objectivo primordial, mas que mantiveram o reconhecimento sistemático da orla marítima oriental da Terra Nova e regiões vizinhas, a norte e a sul, portanto muito importantes como fontes adequadas para os cartógrafos e para a história da geografia.» [Oc45, 32] «Os primeiros empreendedores quiseram associar-se com alguns da Ilha Terceira, e assim combinados fizeram partir uma colónia para se estabelecer na Terra Nova, e isto com tanta brevidade que quando os Bretões e os Normandos ali chegaram, em 1504, já acharam, segundo J. Verazanni [na relação da viagem que fez à Terra Nova ao serviço da França, publicada em 1525], os portugueses de posse de uma parte da costa; o que os fez contentar com o reconhecimento da outra porção, tanto para Norte como para Sul da que os nossos já ocupavam, e aonde faziam as suas pescarias.» [Oc45, 77 ] Manuel

sábado, 31 de janeiro de 2009

Um livro de Anselmo Borges

JANELA DO (IN)FINITO
Acabei de ler, há dias, mais um livro de Anselmo Borges, padre e professor de Filosofia na Universidade de Coimbra. Melhor dizendo, reli as crónicas que semanalmente escreve no Diário de Notícias e que eu, com muito gosto, coloco no meu blogue, onde também podem ser lidas e relidas. Deste autor já conhecia Janela do (In)Visível e Religião: Opressão ou Libertação?, duas obras que, como a que apresento hoje, me ajudaram e ajudam a pensar. Mais: que me oferecem conhecimentos, me encaminham para outras leituras e me suscitam reflexões. Antes de começar a leitura, crónica a crónica, tive o cuidado de ler, serenamente, o Prefácio de Guilherme d’Oliveira Martins, cujo título, Uma janela que permite olhar o mundo, garante, à partida, a certeza de que sairemos mais enriquecidos quando chegarmos à última página. E assim foi, realmente. A importância das releituras está na descoberta de novas mensagens, novas ideias e novas pistas, por paradoxal que possa parecer. Como a “janela” volta à liça, o que denota um certo mistério do autor pelo vocábulo, aproveitei a Palavra de Abertura, de Anselmo Borges, para ficar esclarecido. Diz ele que “O fascínio de uma janela está em que se vê de fora para dentro e de dentro para fora, mas de tal maneira que as duas visões não são coincidentes”. Depois continua com o porquê desse fascínio, talvez muito próprio dos filósofos, mas não adianto mais para deixar aos seus leitores, sobretudo aos que ainda não pegaram nesta obra, o prazer de lerem tudo, de fio a pavio. Voltando ao Prefácio, permitam-me que sublinhe uma curta passagem de Oliveira Martins: “Basta ler com atenção. Eis o apelo permanente que estes textos contêm. Longe da placidez ou da facilidade. Anselmo Borges põe o dedo nas feridas, põe-nos em causa e põe-se em causa. E, longe das receitas, apela constantemente para a liberdade e responsabilidade.” E noutra passagem, refere que os textos deste livro “são excelentes motivos de reflexão sobre um conjunto vasto de temas relacionados com o fenómeno religioso, com o diálogo entre religiões, com a relação entre fé e razão, com a diversidade das culturas, e também com a evolução da humanidade num mundo globalizado”. Janela do (In)Finito é, pois, um livro para ter sempre à mão. A qualquer momento, o esclarecimento pode estar lá. Fernando Martins

DOCUMENTO DE MUMADONA EM EXPOSIÇÃO NO MUSEU DA CIDADE

Até 26 de Abril
A "Exposição 'BI Aveiro' conta já com os originais que estavam em falta, nomeadamente, o documento de doação da Condessa Mumadona Dias ao mosteiro de Guimarães de vários bens patrimoniais, entre os quais se encontra a referência a “Alauario et salinas” com data de 26 de Janeiro de 959. A mostra, patente no Museu da Cidade até ao dia 26 de Abril, é um reflexo da identidade de Aveiro, os documentos expressam bem essa perspectiva. Neste sentido, as peças seleccionadas prendem-se, em boa parte, com um cariz administrativo tendo subjacente a organização do território, a sua definição e valorização ao nível local e por reconhecimento de instâncias superiores. A mostra pode ser visitada de Terça a Domingo, das 10 às 12.30 horas e das 14.30 às 19 horas. Tem entrada livre.”
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