terça-feira, 22 de julho de 2008

GAFANHA DA NAZARÉ: Centro Cultural vai ser remodelado

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré
Li hoje, no Diário de Aveiro , que o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré vai ser remodelado. Não é sem tempo. Mas, afinal, como diz o velho ditado, mais vale tarde do que nunca. Na verdade, nunca gostei muito do nosso Centro Cultural, fundamentalmente por notar a falta de uma sala de espectáculos condigna e de uma ampla, e também condigna, sala de exposições. Porém, quando o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré estiver operacional, importa dotá-lo de condições para se tornar num autêntico espaço multicultural, com direcção própria e dinâmica. Ficar como está, não será solução para o povo desta cidade, o qual não pode continuar a viver como habitante de um qualquer subúrbio, obrigando-se a procurar, nas cidades vizinhas, expressões de arte e de cultura dignas desse nome.
FM

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Pedro Loureiro: Exposição em Lisboa

Muitas vezes estamos longe de saber o que fazem, por esse mundo fora, os nossos conterrâneos. Soube, por estes dias, que Pedro Loureiro, a que me referi no sábado, no meu blogue, apresentou algumas fotografias suas numa exposição, em Lisboa. Sobre esse acontecimento, ofereço aos meus leitores, e eventualmente aos amigos do Pedro Loureiro, este vídeo.

PONTES DE ENCONTRO

Entre o Vira do Minho e o Coral Alentejano
Provavelmente, entusiasmados por estarmos em plena época de festas e romarias, alguns políticos do nosso país têm feito referências à posição dos braços dos portugueses. Lembro-me, por exemplo, que um Vira do Minho tem que ser dançado de uma forma vigorosa, rápida e com os braços bem no ar, enquanto um cantar tradicional alentejano é cantado pausadamente, com o corpo quase imóvel e com os braços cruzados ou caídos. Seja por este espírito festivo ou por eles próprios quererem descansar os seus próprios braços e irem de férias, o certo é que basta recordarmos algumas declarações proferidas neste mês de Julho. Assim, no dia 2, o Primeiro-ministro, José Sócrates, na entrevista que deu à RTP1, dizia que, perante as crises, o que os dirigentes do PSD queriam era que o país baixasse os braços, mas que isso não vai acontecer e a crise vai ser vencida. No dia 16, durante um jantar com o Grupo Parlamentar do PSD, a Dr.ª Manuela Ferreira Leite declarava: “Parece-me que o Governo lançou os braços abaixo…” Por coincidência (ou talvez não), logo no dia seguinte, o Presidente da República, Professor Cavaco Silva, durante uma visita que fez a Celorico de Basto, apelava aos portugueses para “não baixarem os braços”, perante as dificuldades que o país atravessa. Se esta moda dos braços pega, qualquer dia, os portugueses arriscam-se a não saber como trazer ou o que fazer aos seus membros superiores. Brincadeiras à parte (tantas vezes necessárias para descomprimir, por pouco que seja, aqueles que sentem que os seus braços já não chegam para lutar contra as dificuldades diárias que enfrentam), estou em crer que as mensagens de esperança, as críticas ou os apelos feitos, ainda que ditos em, todos eles, estilo metafórico, já não bastam para retratar a situação real do país. No mesmo dia em que o Presidente da República pedia aos portugueses para “não baixarem os braços”, foi tornado público um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que é demolidor para a economia portuguesa, logo para a vida dos portugueses, em geral. E o que é mais grave, segundo o FMI, é que a maior parte da crise que vivemos resulta de factores internos e não externos. Sendo preocupante, não é nada de novo e não há dança ou cantoria que disfarce que somos um país permanentemente atrasado. Andamos neste estado de coisas há mais de 30 anos, comandados por uns “ensaiadores” que nunca fizeram o que é verdadeiramente essencial e estrutural fazer. Em vez disso, vão-se entretendo a fazer uns biscates e uns arranjos pontuais! E o que dizer, então, dos empresários portugueses? Seremos, sempre, um país inviável enquanto o défice externo português persistir em ser o que é; enquanto dependermos do petróleo, como temos dependido até aqui; enquanto mais de metade do que comemos continuar que se importado; enquanto não tivermos uma indústria moderna e competitiva; enquanto a nossa justiça for lenta, pouco transparente, não tratando todos os cidadãos da mesma maneira; enquanto os nossos níveis de escolaridade forem baixos; enquanto a formação profissional for uma manta de retalhos, um faz de conta, para passar o tempo e receber o dinheiro dos subsídios que vêm da União Europeia. Fora disto, não existem soluções milagrosas nem países com futuro, em lado nenhum do mundo, e todos os que nos têm governado, ao longo de todos estes anos, sabem muito bem disto. Ainda por cima, todas estas medidas, mesmo que tomadas agora, demoram anos a produzirem efeitos, pelo que é um erro e desonesto fazer crer que isto se resolve com um único partido ou com um só Governo. Têm que haver compromissos de continuidade nas políticas que são estruturantes e fundamentais para o país e para os portugueses, e os factos dizem-nos que isto nunca foi feito! Ilusões para quê?! Braços acima ou braços abaixo pouco importa, até porque retórica não enche barriga. Enquanto isso, os portugueses, em regra, irão continuar a usá-los para ganharem o seu sustento e o dos seus, já que é isso que conta para eles, ainda que não dispensem – estou certo – um bom Vira do Minho ou um excelente Coral Alentejano.
Vítor Amorim

domingo, 20 de julho de 2008

Obra do Apostolado do Mar na Diocese de Aveiro - 3

Preparação do terreno para a instalação do Stella Maris pré-fabricado
“OS QUE OLHAM O STELLA MARIS”
O Stella Maris de Aveiro hoje é mais do que assunto, porque é obra erguida. Pequena ou grande, bem ou mal delineada, ali está já na Gafanha, onde tomou corpo e agora, já com cor, começa a falar por si a quantos o interrogam. Paredes levantadas, já o telhado o cobre para que depressa cubra aqueles a quem pertence. A olhá-lo como os outros, parámos a uns passos. Cruzou connosco gente curiosa, interessada. Identificámos um tripulante e quisemos ouvi-lo. Falámos e da nossa conversa guardámos das suas palavras sadias, que passamos a transcrever:
Para ler mais, clique aqui
In "Timoneiro" de Maio/Junho de 1973

PAPA EM SIDNEY

AMOR PURO E ABERTO AOS OUTROS
“Uma nova era em que o amor não seja ambicioso nem egoísta, mas puro, fiel e sinceramente livre, aberto aos outros, respeitador da sua dignidade, um amor que promova o bem de todos e irradie alegria e beleza. Uma nova era na qual a esperança nos liberte da superficialidade, apatia e egoísmo que mortificam as nossas almas e envenenam as relações humanas."

FÉRIAS

Ria de Aveiro: Marina da Costa Nova
HÁ UM PORTUGAL DESCONHECIDO À NOSSA ESPERA
Quando se fala de férias, em qualquer espaço da comunicação social ou mesmo entre amigos, é certo e sabido que logo vêm discrições de lugares paradisíacos, já vistos ou de que se ouviu falar. A natureza, naturalmente, está sempre ligada a recordações de excelentes férias, em Portugal ou no estrangeiro. Importa, no entanto, falar do que o nosso país nos oferece, em qualquer dos seus quadrantes. Do Norte a Sul, saltando para os Açores e Madeira, temos de tudo. Deus, talvez sabendo da nossa pouca capacidade empreendedora ou das nossas limitadas riquezas energéticas, resolveu brindar-nos com paisagens de sonho, que são um desafio para as aproveitarmos em pleno, destinando-as, também, a quem nos visita. Não o temos feito em pleno, mas parece que a tendência está a virar-se para aí. Com a crise instalada, como reflexo do que vai pelo mundo, por causa das tais fontes de riqueza que não possuímos, urge que nos viremos para Portugal, neste tempo de férias, ao jeito de quem se quer ajudar a si próprio. Vai daí, proponho que nos brindemos com o que à nossa volta podemos descobrir, embrenhando-nos em serras e vales, em mar e rios, em cidades e aldeias perdidas, degustando a variedade de comeres e saboreando os nossos vinhos, que os há para todos os gostos e bolsas. Há monumentos decerto ainda ignorados, há paisagens a perder de vista e nunca apreciadas, há gentes de usos e costumes que nunca contactámos, há história nunca descoberta, há estórias nunca ouvidas. Há, afinal, um Portugal desconhecido à nossa espera!

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 87

O ADIVINHO PEDINTE
Caríssima/o: Frequentávamos a quarta classe. O tempo estava calmo depois de dias de invernia. A vida voltou aos campos e até a passarada retomou os seus chilreios e os seus voos altos e repousantes. Éramos três vizinhos e fazíamos o percurso habitual. Pouca gente, que a maioria já andava na labuta ou para lá se dirigia a passo estugado. Na época, a sineta da Junta marcava o início da actividade às oito horas da manhã e no campo o nascer do sol era a campainha. Descontraídos e gozando a calma daquela manhã, caminhávamos com passo certo e seguro que não queríamos chegar atrasados à Escola. Eis que se aproxima um velho, com as roupas coçadas, saca às costas, mas de palavra fácil e sorriso pronto. Cumprimentou-nos e foi-nos interrogando sobre a vida da Escola. Algumas das suas observações foram surpreendentes pelo conhecimento que revelavam e pelo modo como as proferia. Olhando para nós com mais atenção e fixando os nossos olhos, num olhar que não mais esquecemos de tão intenso, o bom do velhote lança profecias ao vento e procura ler o nosso porvir nas estrelas. Momento inesquecível porque único até àquele momento! E nós ouvíamos e não queríamos acreditar que ele estava a vaticinar como seriam as nossas vidas. Olhávamos uns para os outros e, pasmados, agora parados, fomos saindo do enlevo que as palavras encantatórias do homem tinham provocado em nós. Despediu-se, seguiu caminho. Também nos vimos a correr para recuperar o tempo esquecido. Certo é que esse dia foi diferente dos outros, havia algo que mudara nas nossas mentes e a pergunta era como que martelo pertinaz: «será que o sonhador acertava mesmo?» E, voltando-nos uns para os outros, a mesma pergunta lia-se nos nossos olhos como se estivesse escrita com as luzes das árvores de Natal e sorríamos: «o pedinte, pobre diabo!». Quando nos encontramos, ainda a mesma pergunta brilha nos nossos firmamentos referindo-a ao mundo das nossas vidas e as dúvidas vão caindo: afinal o pedinte trazia na sacola a pedra que desvendava os sonhos! Manuel

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue