sexta-feira, 9 de maio de 2008

Jardim Oudinot: Quem o plantou?

A propósito do desafio lançado por mim, há dias, no sentido de se descobrir quem fez o Jardim Oudinot, recebi um esclarecimento do meu amigo Júlio Cirino, que agradeço e que aqui transcrevo:

Sobre o Esteiro Oudinot, julgo saber o seguinte: 
1) Foi construído sob direcção de Reynaldo Oudinot em 1802. Antes da sua abertura existiam na borda bebedouros, feitos de troncos de pinheiro escavados, para matar a sede aos bois que iam para as companhas da Costa Nova. Daí o aparecimento do nome do lugar do Bebedouro. 
2) Não sei quem mandou plantar as árvores do Jardim Oudinot. No livro “A Gafanha, Os Homens, O Espaço e o Tempo” - tese de mestrado na Universidade de Coimbra de Maria Isabel Fernandes (1996), lê-se que o pomar foi mandado plantar por Homem Cristo quando presidiu aos destinos da JAPA.
Um abraço,

Júlio Cirino
:
NOTA: Vamos continuar à procura. Sei que Homem Cristo mandou plantar o jardim, mas o que está na parte frontal da Capela de Nossa Senhora dos Navegantes. Agora o outro, o que chegou a ter árvores de fruta, que a malta ia saborear no intervalo da natação, no Esteiro, já não sei. Temos de descobrir literatura ou documentos sobre isso.

FM

FESTAS DA CIDADE: SANTA JOANA


Vamos entrar, como manda a tradição, nas Festas da Cidade. Com programa variado e para todos os gostos e idades, não falta a componente religiosa, em torno de Santa Joana, a princesa Joana que um dia trocou Lisboa por esta humilde vila, que era Aveiro. Depois, pelo que fez pelos mais pobres e pelo exemplo de fé que testemunhou, foi beatificada e proclamada padroeira da cidade e da diocese. O seu culto espalhou-se pelo país, mas foi em Aveiro que ele se radicou com mais entusiasmo. Santa Joana tem nome em muito do que há na cidade e arredores. Ruas, estabelecimentos comerciais, paróquia, instituições religiosas, seminário, tuna musical, livros, irmandade, museu, e por aí fora. O povo, com a sua generosidade e intuição, acolheu-se ao regaço da padroeira, desde há muito. E até é curioso ver não crentes a pronunciarem-se, como enlevo, sobre Santa Joana.
No dia 12 de Maio, data da partida para o céu da princesa Joana, para aí receber a glória do bem que fez e do testemunho que deu, Aveiro recorda-a com devoção. É o dia da padroeira, com procissão vistosa, onde pontifica o fervor das nossas gentes. Se puder, passe pelo seu túmulo, no Museu de Santa Joana. Pode ser que Santa Princesa lhe segrede qualquer recado.

FM

AVEIRO: FESTAS DA CIDADE

No Teatro Aveirense, 12 de Maio
JACINTA CANTA ZECA AFONSO A cantora de jazz Jacinta apresenta no dia 12 de Maio, no Teatro Aveirense, “Convexo”, o seu mais recente trabalho discográfico. Trata-se de uma significativa homenagem a Zeca Afonso, o cantor da liberdade. Jacinta ousou, com arte e muita sensibilidade, recriar a música de Zeca Afonso, um aveirense que inspirou a resistência política, com baladas que, ainda hoje, fazem pensar. O concerto tem início às 21.30 horas, na sala principal do Aveirense, e integra-se nas Festas da Cidade.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

PORTO DE AVEIRO – 1


Ontem visitei o Porto de Aveiro, graças a um amável convite do Dr. Carlos Oliveira, da Direcção de Exploração Portuária. Foi uma visita guiada e há muito esperada, ou não fosse eu, como sou, um apaixonado pela Gafanha da Nazaré, terra dos meus antepassados, referenciados por aqui desde o século XVII.
Penso que os gafanhões e povos circunvizinhos deviam procurar fazer como eu, organizando-se e solicitando uma visita ao Porto de Aveiro, já que esta estrutura é um dos principais alicerces do nosso desenvolvimento socioeconómico.
Escrevi neste meu espaço, há já bastante tempo, que a Gafanha da Nazaré é filha do Porto de Aveiro. Hoje, diria que toda a região lhe deve muitíssimo, se considerarmos, com propriedade, as suas diversas valências, nomeadamente, os Portos Comercial e Industrial, de Pesca Costeira e Longínqua. Posso até sublinhar que o nosso porto, tendo em conta esta realidade, é o principal de Portugal.
Quem passa e vê, através das vedações, sobretudo o Porto Comercial, talvez não faça a mínima ideia da dimensão deste complexo portuário e do movimento que nele se desenvolve no dia-a-dia, com cargas e descargas de diversos produtos, destinados, em grande parte, à indústria transformadora. E quando a Barra de Aveiro se apresentar mais desassoreada, o que se espera para breve, passarão a ter acesso aos terminais navios de porte ainda maior, o que fará crescer, de forma notória, o volume de mercadorias, presentemente perto dos quatro milhões de toneladas por ano.
Naturalmente, o acesso ferroviário, em construção nesta altura, mas já operacional dentro da área portuária, será, também, uma mais-valia para o crescimento do Porto de Aveiro. E com o seu crescimento toda a região dele poderá beneficiar, salvaguardando-se, como é de esperar, a componente ambiental, muito importante para o bem-estar das populações.

FM

NOTA: Durante algum tempo aqui darei notícia, embora ligeira, da visita que fiz ao Porto de Aveiro.

Doentes de SIDA tratados por religiosos

"Os religiosos ligados à Igreja Católica são responsáveis pelos cuidados e assistência a 27% dos doentes de SIDA em todo o mundo. O número foi divulgado na apresentação do relatório 'Um serviço de amor. Análise global do empenho dos institutos religiosos contra o HIV e contra a SIDA', durante o Congresso da União dos Superiores Gerais (UISG) e da União internacional das Superioras Gerais (USG), que decorreu em Roma." Esta informação, que acabo de ler na RR, é esclarecedora, sobre a acção, concreta, das organizações católicas no mundo. Tanto mais esclarecedora quanto é certo que, mesmo entre nós, se pretende arrumar os católicos e outros crentes, como que fechando-os, nos templos e no recato das suas residências. Afinal, os católicos, com as suas mais variadas instituições, tanto de âmbito cultural, educativo e social, como espiritual e artístico, e mesmo recreativo, contribuem, como poucos, para a valorização do homem todo e de todos os homens, directa ou indirectamente. Se hoje, em Portugal, as organizações católicas, por sim simples raciocínio académico, fechassem as portas, instalava-se o caos no País. E apesar disso, há, lamentavelmente, uns iluminados que nem sabem o que faz a Igreja Católica pela sociedade.
FM

Na Linha Da Utopia


Construção de Comunidade

1. Ninguém duvida que esta fase histórica que vivemos é riquíssima, como nenhuma outra, na existência de formas de comunicação. Estas abundam por todos os lados e em todos os minutos e, à partida, deveriam de pressupor uma correspondente consciência de comunidade. Mas não é verdade automática que a comunicação representa comunhão. São as gerações que hoje têm a maioridade que confirmam que é cada vez mais difícil o fomentar dos laços de pertença e de identificação com projectos comuns. Onde outrora bastava fazer um «clic» e já estava a motivação acordada, hoje será necessário injectar doses abundantes despertadoras de motivação. Nada de novo esta constatação, pois hoje superabundam mil e uma ferramentas coisificantes que acentuam a vertente da individualidade, chegando-se a pontos, para ninguém se zangar, de se comprar uma TV para cada um.
2. Pode parecer que o dinheiro compra tudo mas tal não é verdade: relações que não são alimentadas pela relação humana franca e dialogal são laços que vão perdendo a ligação e desatam-se quase sem dar por isso. Fala-se e esboçam-se milhentos projectos que procuram mobilizar ao «sair de si» e de sua casa para participar em projectos comuns; realizam-se esforços diversos cada vez mais apurados na pertinência, rasgo, eficácia, urgência, com divulgação, marketing, mas que quase são o pregar no deserto de um tecido social que parece infecundo. E mesmo nestes encontros muitas vezes procura-se dar um safanão nos pessimismos da não motivação e não participação, assumindo que grão a grão lá iremos!
3. Um contraditório da ausência persegue a era das comunicações. E dizer-se da evidência de novas formas de comunidade e participação (como as comunidades virtuais ou todos os múltiplos movimentos de intervenção) não chega para deixar se constatar que a construção de comunidade social será hoje das tarefas mais exigentes e mais difíceis. Uma dificuldade que radica logo nas evidentes fragilidades das famílias, num mundo e mercado de trabalho que absorve grande parte do tempo da vida… O futuro que se faz cada dia exige toda a esperança e optimismo, mas este precisa de bases que saibam reconstruir aquilo que com o atrito das preocupações vais limitando o horizonte. É aqui, na sabedoria, que radica a essência da construção do espírito de comunidade. Não há comunidade na indiferença: esta um reflexo do pântano socioexistencial. A comunidade quer a presença de todos, onde as diferenças sabem ser e estar com os outros; não na pressa da sobrevivência, mas na partilha da qualidade de vida!

Para recordar

Teresa Salgueiro e José Carreras: Para recordar "Haja o que houver"

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