
domingo, 28 de outubro de 2007
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 44
A PROGENITORA
DO GRANDE POVO DA MURTOSA
Caríssima/o:
A vida tem destas coisas: era para seguir de motorizada pelas terras ribeirinhas que agora tinha encontrado boa companhia no Fernando e sua Kreidler (a minha era uma Zundapp!) - lembras-te da primeira vez que fomos ao Monte por um saco de batatas?!
Mas tenho que fazer uma pausa.
Conheci a Murtosa era eu muito jovem quando, na Gafanha, convivi com dois Homens: o professor Salviano e o padre Domingos. Ambos me abriram horizontes e continuam meus companheiros nos trilhos do Conhecimento e nos rasgos da Fé!
Rendo-lhes a minha sentida homenagem.
O padre Domingos, que agora se aparta de nós, certamente contará com a nossa oração e nos continuará a brindar com o seu sorriso. Bem haja!
E ouçamos o que tem para nos dizer o prof. Jaime Vilar:
«Diz-se, na tradição corrente,que a progenitora do grande povo da Murtosa terá sido uma moça muito bonita, chamada Teresa Carqueja, natural de Fermelã, desterrada para aqui em expiação de crime que a tradição não pormenoriza.
A Murtosa então, ainda sem nome, era terra de condenados ao desterro. Sozinha entre o céu e a terra lodosa, construiu a primeira casa de tábuas, uma arrecoleta ou recoleta na costa do Chegado, no local que ainda conserva o nome de “Chão das Figueiras”. Sobreviveu. Arroteou um pedaço de terreno, fez horta, semeou e viveu do que colhia.
Um dia, um pescador que passava encostou o barco à borda. Encontrou a Teresa sozinha. Falaram. Eram ambos moços. Amaram-se e casaram. Tiveram filhos. Entre fomes e farturas cresceram e multiplicaram-se no cumprimento do mandato genesíaco. Ele na água, pescando, arrancando o estrume para os campos. Ela tratando da terra. Ambos na simbiose característica da nossa gente “anfíbia” como, séculos depois, escrevia Raul Brandão.»
[Jaime Vilar, Lenda ou Tradição?, Boletim da Biblioteca Municipal da Murtosa, 1993, p. 1]
Manuel
Caríssima/o:
A vida tem destas coisas: era para seguir de motorizada pelas terras ribeirinhas que agora tinha encontrado boa companhia no Fernando e sua Kreidler (a minha era uma Zundapp!) - lembras-te da primeira vez que fomos ao Monte por um saco de batatas?!
Mas tenho que fazer uma pausa.
Conheci a Murtosa era eu muito jovem quando, na Gafanha, convivi com dois Homens: o professor Salviano e o padre Domingos. Ambos me abriram horizontes e continuam meus companheiros nos trilhos do Conhecimento e nos rasgos da Fé!
Rendo-lhes a minha sentida homenagem.
O padre Domingos, que agora se aparta de nós, certamente contará com a nossa oração e nos continuará a brindar com o seu sorriso. Bem haja!
E ouçamos o que tem para nos dizer o prof. Jaime Vilar:
«Diz-se, na tradição corrente,que a progenitora do grande povo da Murtosa terá sido uma moça muito bonita, chamada Teresa Carqueja, natural de Fermelã, desterrada para aqui em expiação de crime que a tradição não pormenoriza.
A Murtosa então, ainda sem nome, era terra de condenados ao desterro. Sozinha entre o céu e a terra lodosa, construiu a primeira casa de tábuas, uma arrecoleta ou recoleta na costa do Chegado, no local que ainda conserva o nome de “Chão das Figueiras”. Sobreviveu. Arroteou um pedaço de terreno, fez horta, semeou e viveu do que colhia.
Um dia, um pescador que passava encostou o barco à borda. Encontrou a Teresa sozinha. Falaram. Eram ambos moços. Amaram-se e casaram. Tiveram filhos. Entre fomes e farturas cresceram e multiplicaram-se no cumprimento do mandato genesíaco. Ele na água, pescando, arrancando o estrume para os campos. Ela tratando da terra. Ambos na simbiose característica da nossa gente “anfíbia” como, séculos depois, escrevia Raul Brandão.»
[Jaime Vilar, Lenda ou Tradição?, Boletim da Biblioteca Municipal da Murtosa, 1993, p. 1]
Manuel
:
NOTA: Regressado de terras sem acentos nem cedilhas, o meu amigo e colaborador Manuel está de novo com a sua asssiduidade por lema a brindar-nos, domingo após domingo, com textos que nos levam a tempos passados, para ficarmos na companhia de amigos que nos foram comuns. Um bem-haja pelas suas preciosas recordações.
sábado, 27 de outubro de 2007
DIA DOS JORNALISTAS PELA PAZ
UMA SOCIEDADE QUE VIVA EM PAZ E PARA A PAZ
Celebra-se hoje, 27 de Outubro, o Dia dos Jornalistas pela Paz. A lógica diz-nos que, se há jornalistas que querem a paz, também haverá outros que tudo fazem para criar guerras entre pessoas e nações. E se os primeiros serão em maior número, os outros, os que querem a guerra, terão de ser catequizados e estimulados para aderirem ao grupo dos primeiros.
Um dia, num curso sobre jornalismo, o palestrante, um jornalista com responsabilidades ao nível sindical, perguntou, para promover o diálogo, qual é, verdadeiramente, a função primordial do jornalista. Choveram as respostas, qual delas a mais curiosa. A todas, o jornalista convidado ia dando a entender que ainda ninguém tinha batido na porta certa… Todos os “alunos” se olhavam, interrogativos, já com curiosidade sobre qual seria a resposta certa. Depois de muito ouvir, o palestrante adiantou com toda a naturalidade: A primordial função do jornalista é contribuir para um mundo melhor.
Aqui está a chave da questão. Se todos os profissionais da comunicação social assumissem esta asserção, decerto o mundo seria de facto um mundo de paz e nunca de guerra. O mundo seria mais justo, mais equilibrado, mais solidário, mais fraterno.
Eu sei, todos sabemos, que esses são os ideais definidos para uma sociedade mais humana e que é preciso lutar para os atingirmos. Mas também é verdade que há gente, na comunicação social e fora dela, por doença, por deformação genética, por taras inexplicáveis, por ódios acumulados sem sabermos como nem porquê, por raivas e interesses mesquinhos, que só estão bem fazendo a guerra, espezinhando a paz, promovendo o mal, fugindo do bem.
Ora, este Dia dos Jornalistas pela Paz devia ser um dia de reflexão, de procura de caminhos de justiça, de verdade, de amor, de liberdade, de democracia, de solidariedade e de caridade. Penso que só estes caminhos poderão conduzir a uma sociedade que viva em paz e para a paz.
Fernando Martins
GRANDE PRÉMIO TERRA NOVA

CENTENAS DE ATLETAS NAS RUAS DA GAFANHA DA NAZARÉ
Amanhã, domingo, as ruas da Gafanha da Nazaré vão encher-se de atletas para o Grande Prémio Terra Nova. Vindos de perto e de longe, pelo simples prazer de participar, já há mais de 800 inscrições, prevendo-se que tal número venha a ser ultrapassado. A meta está no centro da cidade, em frente da Junta de Freguesia, realizando-se as diversas provas, para todas as idades, da parte da manhã. Como também vem sendo hábito, não vão faltar os aplausos para premiarem quem corre, pelo simples gosto de praticar atletismo.
HORA DE INVERNO
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
FÁTIMA-3
UMA OBRA À MEDIDA DAS NECESSIDADES
ESPIRITUAIS DO MUNDO INTEIRO
Quando entrei na igreja da Santíssima Trindade, fiquei com a sensação de uma grande beleza. Uma beleza sóbria e imponente pelas formas e decorações de enorme riqueza artística. Também de uma beleza que convidava ao silêncio e ao recolhimento. Os meus olhos ficaram fascinados pelo que viram. Arte em todos os pormenores; sem saber que mais admirar. Se a variedade de expressões artísticas, oriundas um pouco de todo o mundo, se a luminosidade serena que tudo envolve, se a ausência de ruídos ou sons do exterior, se a serenidade de quem entra e sai, se a fuga aos estereótipos nos rostos de Cristo e de Nossa Senhora, se o painel atrás do altar, no presbitério, de ouro e terracota, com o título expressivo de “Chamamento Universal da Igreja” .
Depois, o piso inferior, onde sobressaem os painéis de azulejos Siza Vieira, em que o autor procurou representar “A Galilé dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo”. Capelas, salas para encontros, espelhos de água, tudo acoplado a um claustro amplo e bem iluminado.
Era dia de semana, mas a igreja da Santíssima Trindade estava com visitas contínuas, sem possibilidades de ali se desenvolverem actos de culto ou encontros de formação e de espiritualidade. Eu engrossei o número de visitantes na quarta-feira última. Mas estou em crer que, muito em breve, naquele espaço, à sombra da Senhora de Fátima, um fervilhar de actividades dará outra vida ao novo templo e seus anexos. E os que agora criticam o dinheiro que ali se gastou hão-de reconhecer a mais-valia que representa esta obra grandiosa para o século XXI. Uma obra à medida das necessidades espirituais dos católicos do mundo inteiro.
Fernando Martins
Homenagem ao Padre Lé
HOMENAGEIA O SEU PÁROCO
A Paróquia da Gafanha da Encarnação vai homenagear, no próximo domingo, 28 de Outubro, o Padre Lé, que há 50 anos serve aquela comunidade como pároco. A homenagem tem o seu ponto alto na Missa Solene às 12.15 horas, seguindo-se almoço e convívio. O Padre Manuel Ribau Lopes Lé nasceu em 1922 e foi ordenado no dia 20 de Setembro de 1947.
Esta homenagem é, a todos os títulos, merecidíssima. As comunidades não podem, sob pena de se tornarem injustas e ingratas, ficar indiferentes a quem as serve, com dedicação indesmentível. O Padre Lé, que conheço desde que sou gente, é o exemplo perfeito de uma entrega sem limites à Gafanha da Encarnação e à Igreja, estando sempre na linha da defesa dos interesses da comunidade que serve há 50 anos. Não é todos os dias que vemos pessoas que trabalham sem pensarem na reforma e nas comodidades a que essa situação pode conduzir. Por isso, a justeza desta homenagem, que aplaudo vivamente.
FM
Subscrever:
Comentários (Atom)

