A crentes ou não crentes, Fátima impõe-se, cultural e sociologicamente, à sociedade e aos políticos.
Um não crente, Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, admite que é impossível ignorar aquilo a que chama “um movimento cultural e social” com raízes profundas na sociedade portuguesa. “O facto de eu não acreditar não me permite atribuir nada relativamente às crenças das pessoas. Respeito as pessoas que assim se sentem e que vivem e que vibram com esse movimento”, sublinha Francisco Louçã, que diz à Renascença ter ido ao Santuário de Fátima apenas uma vez.
O mesmo não se pode dizer de Vera Jardim. O deputado socialista já passou muitas horas em recolhimento e meditação no Santuário. “Foi, e hoje talvez menos, um local de recolhimento e meditação importante. Portanto, é nesse sentido que acho que ele é importante: é um dos grandes locais da peregrinação”, explica.
Mota Amaral avalia Fátima como crente. O antigo Presidente da Assembleia da República confessa ter “uma adoração muito especial” pela sua madrinha de baptismo. O social-democrata afirma ter sido “criado com uma devoção especial a Nossa Senhora de Fátima” que mantém.
De resto, garante Mota Amaral, sempre fez questão de colocar em patamares bem diferentes a sua religiosidade e a sua actividade política.
Fonte: Rádio Renascença