terça-feira, 25 de setembro de 2007

Ares do Outono




Ó minha terra, nos crepúsculos de outono!
Nuvens do entardecer, doiradas ilusões,
Quando fala comigo a alma do Abandono,
E o vento reza, no ar, penumbras de orações…

Teixeira de Pascoaes

In “Versos Pobres

Postal ilustrado — Castelo de Montemor-o-Velho



Nas minhas andanças de férias registei, para mais tarde recordar, sítios, monumentos, paisagens, pessoas, de tudo um pouco, afinal. O Castelo de Montemor-o-Velho é, todo ele, um monumento que nos desafia a memória do que lemos e ouvimos da História de Portugal. Se gostarem destas coisas de que eu gosto, aqui fica a sugestão para um fim-de-semana qualquer.

Eleições no PSD

A SER VERDADE… Ribau Esteves, porta-voz de Luís Filipe Menezes para as eleições à liderança do PSD, acusou alguns responsáveis do seu partido de irregularidades, ao nível dos prazos de pagamento das quotas, o que afecta, obviamente, os cadernos eleitorais. Sublinhou que o PSD, com atitudes destas, que estarão a favorecer Marques Mendes, está a viver o período mais negro da sua história. E acrescentou que estes compor-tamentos "descredibilizam" o partido. Todos sabemos que os partidos políticos são fundamentais à democracia. Sem eles, não há democracia. Os partidos são a base de projectos que podem conduzir, grosso modo, a sociedades justas. Exercem um papel pedagógico altamente importante junto das populações, na defesa daquilo que consideram o mais válido para se atingir a meta de mais justiça social, de mais paz, de mais harmonia entre as comunidades. Contudo, de vez em quando surgem notícias que mostram que algo vai mal nos partidos. As suas contas não batem certo, os seus financiamentos têm sombras complicadas e os relacionamentos democráticos, dentro dos próprios partidos, estão longe daquilo que defendem e apregoam. Como é o caso, agora, das eleições no PSD, conforme denunciou Ribau Esteves, que ameaça recorrer ao Tribunal Constitucional. A ser verdade tudo isto, como é que poderemos acreditar em alguns políticos? Fernando Martins

Um artigo de António Rego


UM RAMO DE AMENDOEIRA


Parece mais fácil semear o terror que a esperança. E o caos pode tornar-se mais sedutor que a harmonia. A dualidade do homem, a aparente cegueira da natureza, a explosão primária de instintos destruidores, a aparente lentidão do avanço do que é bom e belo, conduz a muitas leituras desencantadas do mundo, da história e do homem, tido muitas vezes como um dependente incurável do instinto.
Não é preciso vaguear pelos planetas da abstracção. Basta ler os jornais, ver e ouvir as notícias. Não raro se desprende a náusea da onda opaca e sufocante dum mundo que teima em não encontrar o rumo. Aos solavancos, a ciência e a técnica vão revelando e reabrindo sulcos. Mas o homem, o ser humano, parece marcar passo num lamaçal de violências, injustiças e desordens. Ao peso esmagador dum pecado original de que não consegue libertar-se.
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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Na Linha Da Utopia


SERINGAS E CAUSAS

1. Este mundo não é mesmo o melhor dos mundos, é o mundo possível. Mas as soluções para os problemas sociais, tanto não poderão perder o contacto “cru” com as realidades como não se poderá decidir na base de um pragmatismo que se esquece de iluminar as razões das problemáticas existentes. O caso do Programa Específico de Troca de Seringas (projecto-piloto, experiência), aprovado no Parlamento há meses ao fim de 15 anos de discussão é o espelho desta mesma ansiedade da história e da gestão do bem comum.
2. Não sabemos se se deve ou não realizar esta troca de seringas nas prisões (se será o mal menor ou não), mas o que nos parece é que vivemos um tempo em que a gestão do que é comum (e nisto, mesmo os dinheiros públicos) são aplicados talvez mais nas consequências (e por isso nas coisas) que nas “causas”. É certo que, com realismo, todas as palavras dos bons costumes pouco valem em contextos onde a própria humanidade pessoal está, porventura, deteriorada, sem capacidade de fortalecer uma vontade libertadora do pesadelo da droga. Mas, persistimos que o investimento fundamental – mesmo como “sinal social” - deverá ser na formação.
3. Os ecos não se fazem esperar. Das perto de 13 mil pessoas presidiárias em Portugal, quase um terço vive o contacto com o flagelo da droga. Nestes dias, testemunhos de antigos reclusos viventes desse ambiente sublinham tanto o erro da troca de seringas, como, por semelhança, a bebida ao alcoólico e a cada um a sua dose de vício. E ainda, a tão simples pergunta habitual: as pessoas que toda a vida sempre lutaram e vêm-se na necessidade de esperar anos por cirurgia, que sentem destes prontos investimentos em seringas, no aborto,…?
4. É certo, cada coisa no seu lugar, cada problema a sua decisão; e talvez ser um país moderno seja assim mesmo! Mas se este investimento propagador existe, então haverá que olhar mais e melhor, em coerência, para os investimentos fundamentais, tanto da acção social (dos pobres aos desempregados que têm famílias para alimentar), como para aprofundar sobre a função educativa e pedagógica dos espaços presidiários. Enquanto “isto” não agarrarmos continuamos pela rama, em feitiços (de droga) que se podem virar contra os feiticeiros. O terreno é pantanoso!

Alexandre Cruz

Postal ilustrado


MAR DE BUARCOS
- Apanha de marisco
Há hábitos que permanecem nos nossos genes. Penso que a pesca é um deles. Quando a maré baixou, os veraneantes, que antes estavam a apanhar um pouco de sol, no areal ainda escaldante, correram para as pedras, na ânsia de recolherem qualquer coisa que se comesse, na hora da merenda de um dia de Verão. Não seria, decerto, por fome, mas pelo prazer da apanha. E então lá andavam, atarefados, a ver quem mais enchia o saco de plástico de marisco.

domingo, 23 de setembro de 2007

Jacinta na RTP2

PARA SE GOSTAR DE JAZZ,
É PRECISO OUVIR…OUVIR… OUVIR

No domingo, 23, no Jornal da RTP2, Jacinta, cantora de jazz de projecção internacional, falou do seu novo disco, uma homenagem a Zeca Afonso.
A música do Zeca “encanta” e nela estão bem patentes raízes árabes e africanas que a enformam, disse Jacinta, que se encontra na fase de lançamento do seu novo disco, em nova editora. A riqueza da estrutura melódica daí extraída fala por si, referiu Jacinta, adiantando que a beleza do jazz está em pegar num tema famoso, para o levar mais longe. “Estamos a fazer isso com o Zeca”, afiançou.
Com este trabalho, garantiu que está a apostar num estilo mais moderno, num estilo “mais frio e seco”, saindo um pouco do jazz clássico americano, para outras abordagens, "mais madura e com muita consistência". Acredita que este disco a vai lançar mais em Portugal, acrescentando que nele estão as raízes portuguesas, com o fado sempre presente, de mistura com a “frescura” da música do Zeca.
Para os portugueses começarem a gostar mais do jazz, é preciso “ouvir… ouvir… ouvir”, já que só se pode gostar daquilo que se conhece. E para conhecer é preciso ouvir.
Com a música clássica no coração, pois foi por aí que começou na Universidade de Aveiro, Jacinta mantém projectos para a composição, decerto para um futuro próximo. Aliás, confessou que já tem trabalhado nessa área, sobretudo em arranjos de músicas que canta.

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