domingo, 16 de setembro de 2007

Ares do Verão


ÁRVORES PROCURAM O CÉU
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Bonito é ver, quando se passa por um jardim, árvores e mais árvores com sonhos de eternidade. São aquelas que crescem... crescem com vontade de chegar ao céu. Vi estas árvores, na Figueira da Foz, e não resisti. Fixei-as na minha compacta digital para mais tarde recordar. E como gosto de partilhar com os outros algumas das minhas emoções e dos meus gostos, aqui fica esta fotografia para que sintam o que eu senti.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 41

O DIABO DO ALFUSQUEIRO Caríssima/o: Está bem presente aquela viagem no “Vouguinha”; a viagem e a companhia: Monsenhor Aníbal Ramos que ia para uma recolecção aos jocistas da região, na casa do Redolho. E onde vai tudo isso?!... Em poucos anos tudo se alterou. Certamente nem saberás o que quer dizer JOC e nem compreenderás a função do assistente. Aquele bom amigo, Mons. Aníbal Ramos, era o assistente diocesano. Também o assistente nacional veio a Aveiro para prepararmos o XXV aniversário da JOC. Homem de projecção – Padre Narciso Rodrigues. Não os considerávamos “fadas boas”, mas o seu amor pela “causa operária” era notório, fez escola e ainda hoje é recordado com saudade e como referência. A nossa lenda de hoje leva-nos à construção de uma ponte... «Nem sempre o Demo leva a melhor com o Homem, sobretudo se este tiver a ajudazinha de uma fada. Pois esta é a lenda daquela velha ponte de cantaria sobre o Alfusqueiro, afluente do Rio Águeda, o Caramulo. Poderíamos até dizer que é um tempo em que o Diabo ainda precisava de andar pela terra a negociar almas. Assim, se aquela passagem era imprescindível para os que atravessavam a serrania, meteu-se um cristão a fazê-la, mas na hora da arrancada deu-se conta da temeridade que a obra envolvia. Eis, surge-lhe o Diabo em pessoa a dizer-lhe que ele mesmo se encarregaria de fazer a ponte, ele e os seus demónios. Porém, havia a questão do pagamento, pois este consistiria na alma do cristão. A obra ficaria pronta à meia-noite do dia de Natal desse ano, ao cantar do galo. Contrato escrito, foi este assinado com o próprio sangue do homem. Mas o cristão, conforme via o andamento da obra, aliás de magnífica arquitectura,começava a ficar pesaroso do negócio que fizera. E a quem aparece o Diabo porque não há-de aparecer uma fada boa? Foi o que terá acontecido. Uma fada esperta ensinou ao homem maneira de se livrar do compromisso, não deixando de ficar com a ponte feita! Neste sentido, a fada deu ao cristão um ovo e disse-lhe: - A obra ficará pronta à meia-noite em ponto. Está atento aos últimos trabalhos e logo que vejas o Diabo colocar a última pedra, atira o ovo pela ponte fora e vais ver que tudo corre bem. E conta a lenda que quando o Diabo e os seus demónios estavam a colocara a pedra do remate, o cristão atirou o ovo ao longo do tabuleiro da ponte e este rolou até que bateu numa pedra e se quebrou. De dentro dele saiu um belo galo, excelente de plumagem, que começou logo a cantar, antecipando a meia-noite. E assim, por segundos, o Diabo do Alfusqueiro perdeu a aposta. E sabem que mais? A ponte lá está, podem ir experimentá-la num passeio por aquelas bandas aguedenses da Serra do Caramulo. O Diabo dizem que deu um estoiro tal que nunca mais por ali passou![...]» [V. M., 2] Será que dos ovos das pontes do “Vouguinha” nasceram garnisés que levaram os políticos a cantar de galo às populações?
Manuel

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

"Agostinho da Silva era um homem marcadamente religioso, mas no sentido mais profundo de místico. A religião não tem, antes de mais, a ver com instituições religiosas ou mesmo teologia: 'Se os homens acreditassem bastante em Deus não haveria tanta teologia, tanto rito, tanta disputa entre as várias crenças."'
Leia todo o artigo em DN

sábado, 15 de setembro de 2007

Ares do Verão


MUNDO DE CONTRASTES
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Quem passa pelo parque das Abadias, na Figueira da Foz, não pode deixar de apreciar o contraste entre o branco destes penachos e o verde da relva que os circunda. É, no fundo, um sinal de que o Verão continua, mais uns dias, que os castanhos do arvoredo já se fazem sentir, em vésperas do Outono. Gosto de contemplar os cambiantes que a natureza nos oferece, neste mundo de contrastes por vezes tão fortes.

NA LINHA DA UTOPIA




Aveiro Cosmopolita


Sabemos que as potencialidades são imensas nesta bela região do país que alia o mar à ria, a serra à planície, a tradição à inovação. Já desde os tempos antigos que junto aos rios, às lagunas e ao mar, as civilizações espelharam um dinamismo especial, como que sendo a água o elemento gerador desse impulso criativo que junta a beleza estética com a eficiência do compromisso inadiável com a história. Assim foi e assim é Aveiro!
Diante do “tanto” que sempre nos falta em dinâmicas envolventes e o “muito” que esta terra já conseguiu como afirmação (lícita) de referências nacionais e internacionais, venham, pois, os turistas apreciar e multiplicar esta nossa “água cultural” por esse mundo fora. Se, muitas vezes, se diz no refrão que “o turismo é que nos pode salvar”, a verdade é que ele só na qualidade poderá triunfará.
Este verão Aveiro foi invadida pelo mundo; gente de todos os lados visitaram, estiveram, comeram, alojaram, passearam. Se a hora presente (como em tudo) será de avaliação estratégica para sempre mais e melhor envolver e realizar, também terá de ser de apreço reconhecido por quem colocou, dinamicamente, este moliceiro a andar, a Rota da Luz.
A cidade e região, que todo o ano acolhe muitos milhares de estudantes e que já é “morada” de fim-de-semana de muitos espanhóis, neste verão sentiu um novo “sinal” que muito estimula ao continuado aperfeiçoamento na qualidade de tudo aquilo que se faz. A aposta está ganha, e a sua consolidação vem a caminho! Pormenores e particularismos à parte, o cosmopolitismo de Aveiro é hoje uma “imagem” de acolhimento que enobrece a todos e a todos compromete. Por isso, também o emblema que é a Ria de Aveiro não pode esperar (na burocracia), e mesmo todas as línguas e culturas que não são turistas mas que ao longo do ano nos habitam (trabalham, com ou sem-abrigo) merecem sempre mais e melhores condições para “aprenderem a pescar”.
Se isto conseguirmos, seremos a cidade do futuro!

Alexandre Cruz


NOTA: Esta nova rubrica tem como autor Alexandre Cruz, fiel colaborador do meu blogue. Virá a lume com mais regularidade e sempre que possível. Aqui ficam os meus agradecimentos. FM



sexta-feira, 14 de setembro de 2007

CUFC comemora 20 anos

Convívio no CUFC. Foto do meu arquivo


RECORDAR É VIVER

O CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura) promove um encontro de antigos e actuais frequentadores, com o objectivo de todos reviverem agradáveis momentos de confraternização e reflexão, na perspectiva de um diálogo entre fé e cultura. O encontro, que tem por lema “Recordar é viver”, terá lugar no dia 23 de Setembro, na sede daquela instituição, a partir das 11 horas, seguindo-se a celebração de uma eucaristia de acção de graças, às 12 horas, sob a presidência de D. António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro. A confraternização será logo a seguir.
Os interessados em participar podem entrar em contacto com a organização, através de cufc20anos@gmail.com

Scolari errou


BEM PREGA FREI TOMÁS…


“Bem prega frei Tomás: olha para o que eu digo; não olhes para o que eu faço.” Este é um velho ditado que casa bem com o comportamento desesperado do seleccionador nacional da nossa selecção de futebol. O homem que tantos admiravam pelo seu “dedo” especial para entusiasmar jogadores e multidões de portugueses falhou redondamente no momento de um empate, que muitos consideram uma derrota, face às expectativas criadas em torno da selecção de futebol, candidata a um lugar na final do Campeonato Europeu da modalidade. Incapaz de manter a calma e de transmitir serenidade a jogadores e adeptos, agrediu ou tentou agredir um jogador adversário e foi incapaz, por manifesta falta de humildade, de pedir desculpa pelo seu gesto irreflectido, logo depois do que aconteceu. Justificou a sua atitude, alegando que agiu em defesa do jogador Quaresma.
Um treinador de futebol ou de qualquer outra modalidade desportiva, para além de conhecimentos técnicos e tácticos, tem de possuir uma dose elevada de saberes psicológicos e de capacidade de autocontrolo, factores fundamentais para a condução de homens. Sem isso, jamais saberá impor respeito, jamais poderá transmitir confiança a quem trabalha com ele, jamais conseguirá estar acima de paixões exacerbadas que perturbam a consciência, impedindo-o de dialogar com calma e de sugerir comportamentos éticos compatíveis com a dignidade do desporto e do viver em sociedade.
Scolari, que os portugueses se haviam habituado a respeitar e a acompanhar nos seus entusiasmos, falhou escandalosamente no recente jogo da selecção de futebol, com um empate que veio na sequência de resultados menos esperados, ao socar ou tentar socar um adversário, por razões inexplicáveis. O “fair-play” que tanto tem pregado, e bem, caiu desta vez ao mais baixo nível, manchando o futebol e o povo português. Afinal, com a sua reprovável atitude, ele desceu à posição impensável de outros atletas portugueses que se comportaram indecorosamente no campo de jogos, simplesmente por não saberem perder. Do seleccionador nacional se esperam, no dia-a-dia, comportamentos irrepreensíveis.
Entretanto, já de cabeça mais fria, pediu desculpas aos dirigentes federativos, ao povo português e a todo o grupo que lidera, comprometendo-se a aceitar as decisões da UEFA e da FPF. E eu espero que aquele momento menos feliz sirva de motivação para atitudes mais dignas dentro dos campos desportivos e mesmo fora deles.
Fernando Martins