PAIS PRECISAM-SE,
URGENTEMENTE
Pelo modo de falar de muita gente, parece que o pai está a mais na família e no processo normal da educação dos filhos, crianças ou jovens. Indispensável para o ganha-pão, mas dispensável para outras coisas não menos essenciais a uma família equilibrada e feliz.
Não é fácil a vida de muitos casais com filhos pequenos. Dispersão e a dureza do trabalho em circunstâncias difíceis, outras ocupações também importantes, ausências inevitáveis, às vezes por tempo longo, marcam hoje a vida de muitas famílias. O problema agrava-se nas famílias monoparentais, com as mães solteiras e com a facilidade com que se opta e decide pelo divórcio. Vai parecendo, nestes casos que se multiplicam, que é mais importante a realização subjectiva dos esposos ou de cada um, que a necessidade de os filhos terem pais, unidos e que se amem, presentes e activos ante os desafios de gente que cresce e sonha.
Há mães heróicas, como há pais heróicos. Se insisto na presença urgente do pai para uma boa vivência familiar, é porque, hoje, a sua ausência é mais notada, maiores consequências desta, e cresce o número dos pais que se dispensam de estar presentes.
Na campanha recente que acabou por legalizar o aborto, por caminhos ínvios e camuflados, pôde ver-se que, para muita gente, o pai não contava para a decisão da mãe abortar. A interessada era ela, fosse ela quem fosse. Trazia o filho no seio, como se fosse apenas seu, e era a dona do seu corpo… Não vimos pais a reivindicar o direito de pronúncia e de decisão numa causa tão grave e séria, que diz respeito tanto ao pai, como à mãe. E parece que a lei e a sua regulamentação vai mesmo no sentido de esquecer os pais ou de os calar. O pai não vem ao caso e até pode complicar…Sem pai não há filho. Mesmo que este se desenvolva na proveta de um laboratório, o pai será sempre uma referência necessária para a criança que nasce e, por isso mesmo, uma presença indispensável no seio da família e no direito e dever de educar cada filho. Se toda a omissão é consequente, esta é ainda mais. Não o entendem assim os que, eivados de uma mentalidade estéril pela pobreza da sua vivência de humanidade e falta de dimensão antropológico, negam que a diferenciação sexual é irrelevante, porque o que conta é o amor. Mas que amor, e com que conteúdo e sentido?
Já começou, no seio do partido dominante, a preparar-se a opinião pública para que o próximo dia da República seja boa ocasião para legitimar “celebrações fracturantes”, como o casamento dos homossexuais e a adopção de crianças por estes casais. Assim, diz-se, se poderão implementar os “valores republicanos” e actualizar o Código Civil… Não há, num país como o nosso, normalmente de reacção tardia ao vazio das ideias e fácil de enganar com floreados e sorrisos, caminho mais aberto para que passe, impante e impune, o cortejo da incultura e da contra cultura. Podemos também chamar-lhe o cortejo da “democracia musculada”, dado que esta, cada vez mais ausente e pobre, só parece ter a força e a razão do decantado estatuto da maioria parlamentar e governativa.
É evidente que autoridade do pai não se pode anular sem consequências, nem se pode camuflar ao dizer com vaidade “sou um irmão mais velho para os meus filhos”. Pai é pai, irmão é irmão. As subversões de uma realidade natural como esta, têm sempre preço alto e correcção difícil.
Não é fácil a vida de muitos casais com filhos pequenos. Dispersão e a dureza do trabalho em circunstâncias difíceis, outras ocupações também importantes, ausências inevitáveis, às vezes por tempo longo, marcam hoje a vida de muitas famílias. O problema agrava-se nas famílias monoparentais, com as mães solteiras e com a facilidade com que se opta e decide pelo divórcio. Vai parecendo, nestes casos que se multiplicam, que é mais importante a realização subjectiva dos esposos ou de cada um, que a necessidade de os filhos terem pais, unidos e que se amem, presentes e activos ante os desafios de gente que cresce e sonha.
Há mães heróicas, como há pais heróicos. Se insisto na presença urgente do pai para uma boa vivência familiar, é porque, hoje, a sua ausência é mais notada, maiores consequências desta, e cresce o número dos pais que se dispensam de estar presentes.
Na campanha recente que acabou por legalizar o aborto, por caminhos ínvios e camuflados, pôde ver-se que, para muita gente, o pai não contava para a decisão da mãe abortar. A interessada era ela, fosse ela quem fosse. Trazia o filho no seio, como se fosse apenas seu, e era a dona do seu corpo… Não vimos pais a reivindicar o direito de pronúncia e de decisão numa causa tão grave e séria, que diz respeito tanto ao pai, como à mãe. E parece que a lei e a sua regulamentação vai mesmo no sentido de esquecer os pais ou de os calar. O pai não vem ao caso e até pode complicar…Sem pai não há filho. Mesmo que este se desenvolva na proveta de um laboratório, o pai será sempre uma referência necessária para a criança que nasce e, por isso mesmo, uma presença indispensável no seio da família e no direito e dever de educar cada filho. Se toda a omissão é consequente, esta é ainda mais. Não o entendem assim os que, eivados de uma mentalidade estéril pela pobreza da sua vivência de humanidade e falta de dimensão antropológico, negam que a diferenciação sexual é irrelevante, porque o que conta é o amor. Mas que amor, e com que conteúdo e sentido?
Já começou, no seio do partido dominante, a preparar-se a opinião pública para que o próximo dia da República seja boa ocasião para legitimar “celebrações fracturantes”, como o casamento dos homossexuais e a adopção de crianças por estes casais. Assim, diz-se, se poderão implementar os “valores republicanos” e actualizar o Código Civil… Não há, num país como o nosso, normalmente de reacção tardia ao vazio das ideias e fácil de enganar com floreados e sorrisos, caminho mais aberto para que passe, impante e impune, o cortejo da incultura e da contra cultura. Podemos também chamar-lhe o cortejo da “democracia musculada”, dado que esta, cada vez mais ausente e pobre, só parece ter a força e a razão do decantado estatuto da maioria parlamentar e governativa.
É evidente que autoridade do pai não se pode anular sem consequências, nem se pode camuflar ao dizer com vaidade “sou um irmão mais velho para os meus filhos”. Pai é pai, irmão é irmão. As subversões de uma realidade natural como esta, têm sempre preço alto e correcção difícil.
A autoridade do pai, em comunhão com a da mãe, não se exerce, por certo, à maneira do “quero, posso e mando”, doutros tempos, ainda acompanhado do grito ou da bofetada. Traduz-se no respeito pelo filho, na aceitação de quem ouve, aprecia e dialoga, na referência de uma vida adulta e séria, no testemunho insubstituível de quem ama, no cuidado em organizar a vida, sem pôr os filhos em lugar onde já não chega nem o tempo, nem a paciência. Um pai que se anula como pai, enfraquece e destrói a família.