quinta-feira, 8 de março de 2007

Um artigo de João Gaspar, no Correio do Vouga

Dia Internacional da Mulher



HOMENAGEM
A ALGUMAS MULHERES DE AVEIRO



Celebra-se anualmente, em 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher, instituído pela Organização das Nações Unidas em 1975, mas já com raízes nos meados do século XIX. Neste dia, quase espontaneamente e de modo particular, evoco a minha saudosa mãe, Margarida Teresa – verdadeira educadora, que me transmitiu o conhecimento e o amor de Deus, me ensinou as primeiras orações, me estimulou no afecto pelos meus irmãos e me despertou no respeito por toda a gente. Também lembro neste dia, com afectuosa amizade, as minhas avós Maria Engrácia e Maria Teresa, as minhas três irmãs Maria, Iria e Arminda, as minhas duas cunhadas Maria e Rosa e as minhas muitas sobrinhas, de diversos graus; a todas, que me estimam sem condições, sou devedor de imensa gratidão. E, como elas, adivinho as incontáveis heroínas anónimas que, na penumbra da plateia, são muito mais numerosas do que os heróis aclamados na luz do palco. É nosso dever trazê-las à claridade resplandecente da ribalta.
Tantas mulheres que, sem darem nas vistas nem ficarem gravadas em páginas da história, colaboraram decididamente na construção da comunidade humana. Quantas esposas que, com a sua cooperação, o seu trabalho e o seu sacrifício, ajudaram os maridos a granjearem realce na sociedade!… Quantas mães que, com persistência e com amor, formaram heróis e santos!… Quantas filhas que, com carinho e com afeição, ajudaram os pais e as mães!… Quantas irmãs que, numa vida escondida, tornaram possível o trabalho de familiares!… Quantas e quantas mulheres que, com abnegação desmedida, velaram bebés, acolheram crianças, formaram consciências, semearam valores, encorajaram vacilantes, curaram enfermos, assistiram moribundos, ampararam velhinhos!...
Sem pretender ser exaustivo (longe de mim!), lembro apenas algumas aveirenses cujos nomes se encontram registados na memória colectiva, na história local, na toponímia urbana ou até no bronze esculturado.
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Leia todo o artigo no CV

Um artigo de António Rego

Dia Internacional da Mulher

MULHER

Tudo começou numa fábrica de tecidos em Nova Iorque no ano de 1857. Numa greve, a exigir para as mulheres melhores condições de trabalho e “salário igual para trabalho igual”. Só cinquenta anos depois esse dia se estabeleceu como Dia Mundial da Mulher. Mas a ONU, apenas em 1975 – quando por cá andávamos entretidos em pequenas revoluções – o tornou dia oficial.
É assim que se faz a história e importa reconhecer neste caso que o acontecimento foi muito mais que simbólico. Desceu ao terreno do real na vida familiar, social e cultural. A mulher deixou de ser considerada um elemento menor da história, muitas vezes ganhando significado apenas quando associada ao homem ou como sombra de prestígio do universo masculino. É sabido que estamos muito longe da conquista real da igualdade. E curiosamente aqueles que aparentemente mais esgrimem a proclamação de direitos e “libertação” da mulher, são os que mais a escravizam no seu pater-nalismo redutor, com distância infinita entre os pregões teóricos e a prática pessoal e social. Recorde-se o tráfico de mulheres imigrantes, artistas, modelos, disfarces de trabalhadoras, para não falar de empresários marialvas que trocam a mais velha por duas mais novas com uma displicência glaciar. Cento e cinquenta anos depois da revolta de Nova Iorque a mulher continua a ser usada e abusada na publicidade, na exploração mercantil, no papel humilhante de objecto de grandes teóricos do feminismo e empresários do machismo. Tropeçamos a cada passo com este género híbrido de homens e mulheres. Sem a mais pequena noção do significado de libertação, com uns poucos de chavões encaixados nas situações políticas ou sociais mais convenientes, com uma literatura de fronteira e uma libertinagem proclamada aos quatro ventos, por vezes não longe do animalesco e esclavagista.
Nem por isso deixa de ter significado o Dia Mundial da Mulher. Pelo contrário, impõe-se como um grito de dignidade e libertação dos slogans de circunstância que geram novas escravaturas na vida social e familiar. Quando se lhe rouba ou diminui o significado da sua maior nobreza – a maternidade – toda a gritaria feminista soa a falso e circunstancial.

Dia Internacional da Mulher


UMA FLOR PARA CADA MULHER
Para todas as que riem e para todas as que choram...
Para todas as que trabalham e para as desempregadas…
Para todas as que foram mães e para as que o não puderam ser…
Para todas as que sofrem injustiças e para todas as justas…
Para todas as perseguidas e ofendidas…

Para todas as que amam e para as não amadas...
Para todas as artistas que fazem o mundo mais belo…
Para todas as que rezam pelos que não rezam...
Para todas as que sofrem com o sofrimento dos outros…
Para todas as que partilham alegrias com os tristes...
Para todas as que lutam por um mundo melhor…
Para todas as MULHERES…

quarta-feira, 7 de março de 2007

50 anos da RTP

CAVACO SILVA LEMBRA A IMPORTÂNCIA DO RIGOR, DA IMPARCIALIDADE E DA QUALIDADE DA PROGRAMAÇÃO
Ao falar na cerimónia comemorativa dos 50 anos das emissões regulares da RTP, o Presidente da República, Cavaco Silva, lembrou que a prestação do serviço público de televisão é uma tarefa que traz, para os seus trabalhadores, “especiais exigências de rigor, de imparcialidade e de qualidade da programação". Sendo certo, a meu ver, que a RTP tem melhorado significativamente com a actual administração, liderada por Almerindo Marques, será bom recordar que esse facto não a dispensa de continuar a garantir a qualidades dos programas, sem entrar nas guerras de audiências, que podem levar a enveredar por caminhos da banalidade e de baixo nível artístico.
Importa, no entanto, sublinhar que também está nas nossas mãos contribuir para que isso aconteça, avançando com as nossas sugestões e propostas, mas ainda com as nossas críticas construtivas.

Um artigo de D. António Marcelino


Modernidade e conservadorismo,
direitas e esquerdas

Um dos direitos assumidos pelo laicismo no campo da política é ter tornado esta uma instância sem apelo, com o direito de se assumir como a mais lúcida classificadora da realidade social. Fá-lo à revelia da sua missão de um serviço a todos, construindo muros que dificultam a comunicação entre eles e abrindo valas que tornam difícil uma expressão livre de pluralismo e de uma legítima diversidade de critérios e valores.
Desta frenética actividade classificativa surgiu a nomenclatura de direitas e de esquerdas, acantonando-se pessoas e instituições nestes redutos arbitrários. Dada a matrícula original do laicismo, a Igreja foi arrumada nas direitas, também apodadas de conservadoras. Progressivo, aberto, moderno têm lugar cativo no palco das esquerdas.
Foi, assim, sintomática a reacção eufórica do primeiro-ministro, na noite em que se contaram os votos do referendo, ao proclamar que “Portugal opta entre a modernidade e o conservadorismo”. A apoiar as palavras do chefe, surgiram declarações em catadupa: a Igreja foi a grande derrotada, a sua influência no povo português tinha terminado, o norte conservador votara “não” e o sul progressista votara “sim”… Algumas destas afirmações, por descabidas, tiveram que se engolir logo no dia seguinte. Não faltaram comentadores de renome, serenos e lúcidos, a mostrar como emoções não são sempre razões. Ninguém da Igreja se defendera. Desta, só alguém insofrido não consegue conter-se e as afirmações feitas não justificavam nem comentários, nem resposta.
A Igreja, com maior sabedoria do tempo e mais reflexão com conteúdo, nunca alinhou e ainda menos usou a classificação de direitas e esquerdas, típicas dos partidos políticos, que, à falta de ideias que os identifiquem, vão-se arrumando em espaços anódinos. Cores não traduzem valores, e até se descoloram quando os espaços conquistados não são respeitados e a identificação de cada um se torna tarefa inconsistente, dúbia e atrevida.Se esquerda quer dizer abertura ao social e não só, vemos em partidos, ditos de esquerda, atitudes e posições reaccionárias, que pararam no tempo, e já só sustentadas por mentes encarquilhadas. Se esquerda quer dizer ajuda séria a pessoas em dificuldade, esta ajuda aparece mais vezes de circunstância e de favor e a cobrar créditos, que gesto de motivada e bem explicada solidariedade. Se por esquerda se entende abertura a caminhos novos, por onde se pode caminhar agora e no futuro, não faltam, vindos dessas bandas, atalhos mal amanhados, a servir para o cortejo festivo de notáveis, que nunca mais voltarão a passar por aí, porque a lama disfarçada num dia, continua lá, e gente importante e instalada em interesses não suja, de bom grado, os pés na lama.
Nada mais inconsistente que a classificação arbitrária de direitas e esquerdas, de modernos e conservadores. A Igreja, porque é para todos e, apesar dos limites e falhas dos seus membros, ontem e hoje, sabe naquilo que acredita e o que defende, não se dobra a conveniências pagas com emoções nem a ameaças, nem teme os epítetos que lhe atiram para cima, destituídos de cola e que depressa caem envergonhados.
Quem quiser servir a comunidade e não os seus interesses pessoais, partidários e de grupo, tem de respeitar, acolher, integrar no conjunto, pessoas, valores, formas de participação legítima. Tem de se esclarecer culturalmente. De contrário, faz apenas de pirotécnico de fogo de vista, em arraial nocturno e concorrido. Os atrasos de que padecemos têm, na sua causa, muitos culpados, por acção e omissão. Porque não é nem será de direita ou de esquerda, a Igreja não se furta aos juízos da história. Nem sempre soube aproveitar o terreno aberto, tendo à mão boa semente. Mas reconhece-o, di-lo e procura caminhos de conversão. Coisa que os políticos, mormente os do poder, sempre com razão, impolutos e infalíveis, jamais andarão por caminhos de pecadores.

Barra de Aveiro


BICENTENÁRIO DA BARRA DE AVEIRO

Comemorações iniciam-se a 3 de Abril com conferência ibérica "Qualidade Global dos Portos" é o tema em debate no pontapé de saída de um vasto programa de comemorações que se estende por ano e meio, até Setembro de 2008. Portos de Gijón e Barcelona integram painel de oradores e Ana Paula Vitorino, Secretária de Estado dos Transportes, preside à sessão de encerramento da conferência.

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Ver programa



Bíblia na Internet

www.capuchinhos.org





CAPUCHINHOS LANÇAM A WIKIBÍBLIA

Os Capuchinhos apresentam na sua página oficial na Internet (www.capuchinhos.org) a WikiBíblia, que disponibiliza aos visitantes o texto completo do Novo Testamento e vários comentários à Escritura. Em breve, estará disponível o texto do Antigo Testamento
"Com a publicação da WikiBíblia, Bíblia Sagrada na Internet, acreditamos estar a dar mais um passo para que a Palavra de Deus esteja acessível a todos", referem os Capuchinhos, responsáveis por boa parte da dinamização bíblica no país, com destaque para o trabalho feito desde 1955, com a fundação da Difusora Bíblica e da revista Bíblica.
Embora os textos da Bíblia Sagrada e respectivas notas e introduções não possam ser alterados, no futuro, poderão, eventualmente, ser enriquecidos com imagens, mapas, esquemas ou mesmo artigos de apoio e estudo feitos individual ou colectivamente por pessoas convidadas.