sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

CIGARRO MATA



Por cada cigarro que se fuma
perdem-se 11 minutos de vida


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A doença cardíaca coronária mata mais de sete milhões de pessoas por ano. O cardiologista Sandeep Gupta, indiano instalado em Londres, teme pelo fosso entre pobres e ricos e apela à responsabilidade de cada um na prevenção da doença. Tão importante como reverter a aterosclerose, diz, é inverter comportamentos de risco.
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PÚBLICO - Com os novos tratamentos da aterosclerose que abrem a possibilidade de regressão da doença não se corre o risco de vermos as pessoas a comer e beber à vontade, porque sabem que terão a droga para corrigir os males desse comportamento?
SANDEEP GUPTA - Isso é uma interessante psicologia. É a história da polipill mágica [a proposta de criar um comprimido que junte seis medicamentos: estatina, aspirina, três drogas para a tensão arterial e vitaminas]. Há investigadores que defendem que se dermos este comprimido a todas as pessoas com mais de 55 anos com factores de risco será possível eliminar cerca de 80 por cento dos ataques cardíacos e enfartes. Perante isto, pode-se argumentar que mais vale aproveitar o hambúrguer, os cigarros, etc...
Mas não funciona assim. Quem tem doenças de coração tem de assumir responsabilidades. Fazer mais exercício, pensar sobre os cigarros e as refeições gordas. E não temos de esperar que as pessoas se tornem doentes. Por que não procuramos o pré-paciente?
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Leia mais no PÚBLICO on-line
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Um trabalho da jornalista Andrea Cunha Freitas, no PÚBLICO

UM ARTIGO DE D. ANTÓNIO MARCELINO



AO ARREPIO DO AMOR E DA VIDA,
PARA ONDE CAMINHA O PAÍS?



Sem ser profeta da desgraça, nunca foi esse o meu jeito, estou convicto de que, ou se muda de rumo ou nos espera uma sociedade sempre mais desumanizada.
Ninguém pode viver sem amor. Porém, o amor que é fonte de vida, de doação generosa, de respeito mútuo, de serviço aos outros, de partilha de dons, de convivência sadia, de compromissos permanentes, de gratuidade nas relações pessoais, de espaço de voluntariado social, de estímulo a ir sempre mais longe no bem, vai-se tornando coisa rara. Quem teima em andar por esse caminho é, frequentemente, ridicularizado.
A vida é o mais essencial dos donsrecebidos. Porém, ela hoje troca-se e despreza-se por caprichos pessoais, afirmações discutíveis e aberrantes de liberdade, fuga à justa humilhação por actos cometidos, razões sem razão, confusões premeditadas, interesses inconfessáveis, vinganças inconsistentes, promessas eleitorais… Muitos dos que lutam pela vida gerada, sua educação, reconhecida nos seus direitos e enriquecida na sua aceitação e convivência, são agora apelidados de gente menor, escrava do religioso, enfeudada a instituições de somenos e alheia ao sentir do mundo moderno.
O exemplo estimulante de outros países, por aí propalado, é aqui aceite de modo acrítico. Aí se vê, também eles em crise, que não basta o nível de bem-estar material, para que haja felicidade, riqueza de sentido, convivência sadia e liberdade construtiva.
Amor é mais que emoção. As emoções abundam consoante os incentivos e dão, facilmente, em desamor e até em ódio. Amor é a riqueza de um coração lavado e sereno. Não se dispensa quando se gera vida, ela se educa, se acolhe, se respeita e estimula.
Quem trata com pessoas e no interesse delas, como pais, educadores ou professores, fazedores de leis, executores e juízes das infracções, jornalistas dos jornais e revistas, gente das televisões, rádios e espectáculos, industriais e comerciantes, a todos se pede coração, para saberem o que ajuda as pessoas a serem pessoas e agirem como tal. De contrário, não resta senão o horizonte curto, por vezes rasteiro, dos interesses pessoais e dos de grupos e facções. Sem amor que é vida, os pais viram egoístas, os educadores em meros funcionários, os agentes públicos em servidores de si ou do seu partido, a gente da comunicação social em escrava das audiências e a gente dos negócios fixam-se no lucro desejado, sem olhar a meios para o conseguir. Vamos ficando indefesos na sociedade, se nela rarearem pessoas com valores morais e éticos, princípios orientadores sãos, sentido dos outros, capacidade de amar e de acolher a vida como valor sagrado
Como se chegou ao desprezo pela vida já gerada, à corrupção que por aí se estende, à inversão do sentido da liberdade pessoal e pública, à rampa legal de destruição de famílias estáveis, ao aumento incontrolado da pobreza material e moral, às múltiplas formas de exclusão social, à multidão de filhos sem pais e de pais que se negam à responsabilidade de os ter gerado, à insegurança corrente e à desconfiança nunca vista?
Onde fenece o amor, empobrece a sociedade, a vida perde lugar, torna-se mais difícil, por vezes insuportável. Os fautores de uma sociedade a seu modo, rejeitam nela toda a influência do religioso e do sagrado, sem advertirem que pelo caminho de um laicismo, cego e serôdio, secam as raízes fecundas do humano que somos. A fé dá sempre sentido e segurança à vida, e capacidade inesgotável de um voluntariado social gratuito.
É urgente lançar pedradas neste charco, inquinado e pútrido, em que se vai tornando o país. De outro modo, ele o estará sempre mais. O meu “não” consciente, como cidadão responsável, à proposta do aborto, é o modo que tenho agora e não vou desperdiçar, de denunciar o rumo que o país leva, e de continuar a clamar, enquanto a voz me dure, que, ao arrepio do amor e da vida, que a fé no Deus do Amor, Senhor da vida, alimenta e defende, só nos resta uma sociedade anestesiada, a caminhar para uma nova barbárie.

GOSTEI DE LER



SOIS VÓS


Quando no meu corpo (e muito mais no meu espírito)
começar a notar-se o desgaste da idade,
quando se precipitar sobre mim, de fora,
ou nascer em mim, por dentro,
o mal que apouca ou aniquila,
no momento doloroso em que subitamente
tomar consciência de que estou doente ou estou velho,
nesse momento derradeiro sobretudo em que
eu sentir que escapo a mim mesmo,
absolutamente passivo nas mãos
das grandes forças desconhecidas que me formaram,
em todas essas horas sombrias,
dai-me, meu Deus, o compreender que sois Vós
(contanto que a minha fé seja assaz grande)
que afastais dolorosamente as fibras do meu ser,
para penetrardes até à medula da minha substância,
para me levardes para Vós.


Teilhard de Chardin

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In Correio do Vouga

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

GRANDES AVEIRENSES



D. JOÃO EVANGELISTA
DE LIMA VIDAL

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D. João Evangelista de Lima Vidal, primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro, depois de muitos anos ao serviço da Igreja e do País. Foi, para mim e para muitos, de uma importância crucial na restauração da Igreja Aveirense. Como Bispo da Diocese de Aveiro, soube abrir caminhos para uma sociedade mais cristã e, por isso mesmo, mais fraterna. Mostrando grande amor à Igreja e aos aveirenses, soube intervir na sociedade, com oportunidade e poesia, falando e escrevendo com rara sensibilidade sobre as nossas gentes e coisas.
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Nota: Solicitaram-me, há dias, que indicasse cinco Grandes Aveirenses.
Os que escolhi, de entre um rol que dificilmente terá fim, vão ser aqui apresentados, na certeza de que poderia ter optado por outros. Mas foram estes.
De qualquer forma, aqui deixo o desafio aos meus leitores, para que não deixem de me indicar as suas escolhas. Terão de ser homens e mulheres já falecidos, aveirenses de qualquer quadrante ideológico e de qualquer época.
F.M.

PODER LOCAL DESCONSIDERADO

GAFANHA DA NAZARÉ:
GNR JÁ OCUPA
NOVO QUARTEL
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Há atitudes que não se compreendem. Ainda não há muitos dias, o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribal Esteves, anunciava que estaria para breve, em data que não conhecia, a transferência da GNR para o novo quartel. Hoje, no Diário de Aveiro, é anunciado que, afinal, a GNR já mudou para as moderrnas e amplas instalações, ao lado da via rápida que liga Aveiro às Praias da Barra e Costa Nova.
Pelo que se vê, o Poder Local foi desconsiderado. Nem sequer por uma simples nota, pelo que se deduz da notícia, foi a autarquia avisada. Não sabemos as razões, mas há falhas que não se compreendem nem são de admitir.
Numa democracia como a nossa, em que o Poder Local foi amplamente dignificado, penso que ainda temos muito que andar para se atingir um elevado grau de responsabilidade e de respeito pelos outros. Por que razão os responsáveis pela GNR quiseram desconsiderar as autarquias ilhavenses?
Custa-me aceitar que na base desta atitude estejam motivos políticos. Estarei enganado?
Fernando Martins

CARLOS BORREGO EM ENTREVISTA AO DA

O aquecimento global e as alterações climáticas são questões incontestáveis, como refere o professor Carlos Borrego. Nesta entrevista, o investigador da Universidade de Aveiro aponta medidas que deveriam ser tomadas na região de Aveiro



Carlos Borrego:
Alteração climática
«é uma realidade
incontestável»




As alterações climáticas já são uma realidade?
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Neste momento, todos nós já demos conta de uma série de mudanças em termos do que era o clima normal. Portanto, se havia algumas dúvidas no cidadão comum, hoje parece-me que se dissiparam. Cientificamente, já não há dúvida nenhuma. Desde o início da década de 1990, foram provocadas mudanças climáticas que não têm só a ver com a componente natural, já que, nas alterações que entretanto se produziram, houve, sem dúvida nenhuma, a introdução de factores antropogénicos que deram origem a um aumento da velocidade no que causa essas alterações. Não estamos a dizer que não haja alterações naturais, podem acontecer perfeitamente, e se calhar estamos numa situação em que estão a evoluir, mas nós, com a nossa intervenção, viemos acelerá-las. Portanto, a alteração climática é uma realidade incontestável.


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Leia mais no Diário de Aveiro

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Avenida José Estêvão - Arranjo urbanístico


Quem se habituou a circular pela Av. José Estêvão, de ponta a ponta, vai estranhar quando as obras forem feitas. Tanto quanto se sabe, vai ser criada uma zona pedonal junto à igreja matriz, conforme prevêem projectos entregues no Concurso de Ideias para o local. 
A partir dos semáforos e até ao cruzamento que dá para o Centro Cultural não poderão circular veículos automóvel. Os peões, aí, serão reis.

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