segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Importância do cristianismo

Papa lembra importância
do Cristianismo para
a construção da sociedade
Bento XVI falou ontem da importância do Cristianismo para a construção da sociedade, lembrando o papel do monaquismo para a civilização europeia. Na recitação do Angelus, em Castel Gandolfo, o Papa centrou a sua reflexão na figura de São Gregório Magno(c. 540 - 604), Papa e Doutor da Igreja, figura fundamental num momento em que “nascia uma nova civilização do encontro entre a herança romana e os chamados ‘bárbaros’, graças à força da coesão e da elevação moral do Cristianismo”. “O monaquismo revelava-se uma riqueza, não só para a Igreja, mas para toda a sociedade”, acrescentou. A catequese desta manhã teve algumas passagens curiosas, pelo paralelismo que é possível perceber: Bento XVI recordou que Gregório Magno tentou “fugir” à sua eleição como Papa e acabou por cumprir este dever como um simples “servo dos servos de Deus”. Por outro lado, o Papa lembrou que este Doutor da Igreja desenvolveu um importante trabalho apesar da sua “saúde precária”. De Gregório Magno ficou a reforma do canto, ainda hoje chamado “Gregoriano” e ainda a sua Regra pastoral para o clero, na qual defendia que “a vida dos pastores deve ser animada por uma síntese equilibrada entre a contemplação e a acção, animada pelo amor”. Na saudação aos vários peregrinos presentes, Bento XVI pediu “obediência sincera à luz de Deus” e que os fiéis sejam capazes de “descobrir sempre a sabedoria e a bondade contidas nos mandamentos divinos”. Às crianças e jovens presentes, quase a iniciar um novo ano escolar, o Papa desejou “sucesso na aquisição da ciência e da sabedoria”.
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Fonte: Ecclesia

DANÇA EM AVEIRO

De 4 a 15 de Setembro “XII ESTÁGIO DE DANÇA DE AVEIRO
O “XII Estágio de Dança de Aveiro” tem início hoje, dia 4 de Setembro, prolongando-se até ao 15 deste mês. As aulas vão decorrer das 9.15 às 20 horas, no Teatro Aveirense e na Casa Municipal da Cultura de Aveiro – Edifício Fernando Távora. A edição deste ano apresenta novidades, concretamente o curso de Pedagogia da Dança Criativa para professores, que é destinado principalmente a professores de dança e a outros formadores (educadores, professores do ensino básico) que queiram completar o seu ensino com outras abordagens do corpo e do movimento, em que a experiência criativa será utilizada como base para o ensino. Aldara Bizarro é a formadora. Outra novidade é a Dança Criativa para pais e filhos. Através de uma abordagem lúdica do movimento criam-se espaços para o desenvolvimento da autoconfiança, cooperação e autonomia, num conjunto de cinco aulas que muito favorecerão a relação entre a criança e o adulto participante. Destina-se a crianças dos 3 aos 5 anos e um adulto acompanhante que poderá ser o pai, a mãe ou um dos avós, devendo ser sempre a mesma pessoa. As formadoras serão, na primeira semana, Marta Silva, e Aldara Bizarro, na segunda. O “Estágio de Dança de Aveiro”, organizado pela Câmara Municipal de Aveiro, vai já na 12ª edição. Desde 1994 que a dança é o ponto de encontro entre pessoas de diversas idades e regiões do país. Durante duas semanas os participantes aprendem novas modalidades e aperfeiçoam técnicas. No dia 15 de Setembro, pelas 21.30 horas, no Teatro Aveirense, terá lugar a “Aula Aberta” que consiste numa apresentação ao público de conhecimentos adquiridos na frequência das aulas do estágio. A entrada é gratuita. : Leia mais no portal da CMA

D-eficiente

«As pessoas ainda
olham de lado»
www.d-eficiente.net é uma página de Internet que pretende derrubar as barreiras arquitectónicas e sociais que se criaram entre a sociedade e as pessoas com deficiência. Pedro Monteiro é natural de Estarreja e estuda na Universidade de Aveiro. Por sentir falta de um local de debate sobre a deficiência, decidiu desenvolver o projecto de um espaço na Internet onde se podem trocar ideias, dar sugestões, ler artigos e obter informações sobre a deficiência. A página ainda não está completa, mas Pedro Monteiro quer partilhar este trabalho com todos quantos queiram colaborar. Actualmente o «site» ainda não dispõe de tecnologia para pessoas invisuais, mas o autor garante que esta questão está a ser resolvida.
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Leia a entrevista no Diário de Aveiro de hoje

domingo, 3 de setembro de 2006

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Modernidade
e crise do
humanismo
No processo da modernidade, que são os últimos 300 anos, o humanismo ocupou lugar determinante. Quando comparamos épocas, constatamos que a cultura grega foi fundamentalmente cosmocêntrica, na medida em que era a partir do cosmos ou da natureza que compreendia a realidade. A Idade Média foi teocêntrica: tudo era visto e compreendido a partir de Deus. A modernidade fez do homem o centro, sendo a partir dele que tudo se legitimava.
A grande aspiração foi então a emancipação frente à natureza, à tradição, à religião. O objectivo era a plena conquista de si mesmo em todos os domínios. A posse de si mesmo significa autonomia e será alcançada mediante a confiança no poder da razão, sobretudo na sua vertente físico-matemática, que renuncia ao conhecimento das essências metafísicas para concentrar-se nos fenómenos quantificáveis e, portanto, matematizáveis.
A razão e a liberdade são as armas com que o homem moderno tem a convicção de poder realizar o seu projecto. Mas precisamente este projecto - e estou a seguir José M. Vegas - tem desde a raiz a marca de uma ambiguidade, que consiste na cisão da experiência humana em dois âmbitos irreconciliáveis.
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Leia mais no DN

Gotas do Arco-Íris – 29

CAMÕES:
IGUARIAS COLORIDAS
E ... GALINHAS
Caríssimo/a: Depois da sesta, reparei que ainda tinha sobre os joelhos o primeiro número da Oceanos e na página 36. Aí José Quitério fala-nos de “Camões e a mesa”. Bem, vamos primeiro ao arco-íris:
De iguarias suaves e divinas, A quem não chega a egípcia antiga fama, Se acumulam os pratos de fulvo ouro, Trazidos lá do Atlântico tesouro. A laranjeira tem no fruito lindo A cor que tinha Dafne nos cabelos; Encosta-se no chão, que está caindo, A cidreira co'os pesos amarelos: Os formosos limões, ali cheirando, Estão virgíneas tetas imitando. As cerejas purpúreas na pintura; As amoras, que o nome têm de amores; O pomo, que da pátria Pérsia veio, Melhor tornado no terreno alheio. Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor, com que tu, rubi, teu preço perdes; Entre os braços do ulmeiro está a jocunda Vide, com cachos roxos e outros verdes.
Mas agora vem a parte que me fez rir, não só porque fala de galinhas mas também porque Camões brinca com as situações. Vejamos: “O senhor de Cascais prometeu a Camões seis galinhas recheadas por umas cópias que lhe fizera, mandando-lhe em princípio de paga meia galinha recheada. O poeta retruca, lesto:
Cinco galinhas e meia Deve o senhor de Cascais, E a meia vinha cheia De apetite para as mais.
“Ou como aconteceu com o duque de Aveiro... que perguntou ao poeta o que queria da sua mesa e que lhe respondeu logo que bastava que lhe mandasse uma galinha; esqueceu-se o duque ou fingiu esquecer-se e, depois de haver jantado, quando já não havia outra coisa lhe mandou uma peça de vaca e o poeta pelo mesmo criado lhe mandou estes versos:
Já eu vi o taverneiro Vender vaca por carneiro, Mas não vi, por vida minha, Vender vaca por galinha Senão ao duque de Aveiro.
Quase me parece um sacrilégio desejar-vos um bom S. Paio com a respectiva caldeirada bem amarela e, lá pela tarde, uma anafada talhada de melancia vermelhinha.. Manuel

sábado, 2 de setembro de 2006

Um livro de M. Oliveira de Sousa

Ensaios de Filosofia Social

:: “Ponta de Lança”

Hoje de manhã, no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), foi apresentado o livro “Ponta de Lança”, uma compilação de crónicas publicadas durante uma década no “Correio do Vouga”. É seu autor M. Oliveira de Sousa, actual presidente do Conselho Directivo da Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes (Ílhavo) e director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil. Na apresentação deste seu primeiro livro, Oliveira de Sousa confessou que, com estas crónicas, teve a preocupação de chegar à juventude, “com toda a amplidão possível”, sempre com a ideia de “ir para além do futebol”. Tal como no futebol o ponta de lança não pode ficar parado, indo à frente e atrás, à direita e à esquerda, assim escreveu (e escreve) o autor nas suas crónicas semanais, “desportivamente, mesmo sem ser de desporto”, olhando tudo o que o rodeia e o sensibiliza. Tendo permanentemente como meta integrar-se no grupo dos que assumem o esforço comum para alcançar a verdade, M. Oliveira de Sousa disse que o futebol foi, semana a semana, a inspiração para reflectir e levar a reflectir sobre “a necessidade de mudança”, acrescentando que, no fundo, “todos somos pontas de lança”. Para D. António Marcelino, que presidiu à sessão de lançamento da obra, o “Ponta de Lança” é um livro para se ler de quando em quando, numa tentativa de “confrontarmos a nossa opinião com outras opiniões”. Mas logo adiantou que, quem escreve, não pode ter a pretensão de querer que todos pensem do mesmo modo. “Os contrários enriquecem”, sublinhou o Bispo de Aveiro. Quem como eu teve o privilégio de ler e reler as crónicas de Oliveira de Sousa, desde a primeira hora, no Correio do Vouga, não pode deixar de sublinhar o seu interesse pela vida concreta das pessoas, à sombra do fenómeno social do desporto, em geral, e do futebol, em particular. Desportivamente, pelo desporto, o autor foi convidando os seus leitores a reflectirem sobre opções e comportamentos, decisões e omissões, alegrias e tristezas, mas também sobre políticas justas e injustas, fé e religião. Ironia e humor, misturados com sentido crítico e bom senso, mais sonhos e projectos podem ler-se nestas crónicas que, muitas delas, estavam escritas há bastante tempo. O autor limitou-se a pôr-lhe uma capa, por sinal bonita e simbólica, também de sua autoria. No fundo, trata-se de um livro carregado de “pepitas que não se podem perder pelo ouro que comportam”, como refere D. António Marcelino, em texto publicado na contracapa. : Ficha Técnica Título: “Ponta de Lança” – Ensaios de Filosofia Social Autor: M. Oliveira de Sousa Edição: Paulinas Editora Páginas: 190 : Fernando Martins

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Ricos e pobres no mundo

Solidariedade:
conceito para
pôr em prática
A solidariedade deve ser um sentimento com consequências práticas. A opinião é do presidente da Cáritas portuguesa no Dia Internacional da Solidariedade, ontem celebrado. "É necessário que se implemente uma cultura de solidariedade. A solidariedade não pode ser apenas, e já isso prevenia João Paulo II na Solicitude Social da Igreja, um mero sentimento, ela tem de ser, de acordo com a definição de João Paulo II, uma determinação firme e perseverante", afirma Eugénio da Fonseca. Neste Dia Internacional da Solidariedade, o sociólogo Bruto da Costa afirma que a aposta de hoje em dia tem que ser na solidariedade à escala mundial. "Os 500 indivíduos mais ricos do mundo têm mais rendimento do que 416 milhões de pessoas pobres no mundo. Não precisamos de mais para realçar a importância da urgência da solidariedade no nosso mundo", sustenta Bruto da Costa.
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Fonte: Ecclesia