sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré celebra aniversário

De microfone em punho, o Tio Retinto ensinou
muito na hora de se criar o Grupo Etnogáfico
:: Vinte e três anos
ao serviço
do folclore e da etnografia
::

O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré está de parabéns. Hoje, 1 de Setembro, completa 23 anos de vida, sempre ao serviço da etnografia, em geral, e do folclore, em particular. Durante todo este tempo, tem levado bem longe o nome da Gafanha da Nazaré e sua região. Com tenacidade e com a preocupação de mostrar o genuíno das tradições da nossa terra, o Grupo é uma excelente referência da nossa terra. 
Durante este quase quarto de século, para além da pesquisa, estudo e divulgação dos usos e costumes que nos foram legados pelos nossos antepassados, o Grupo Etnográfico organizou, desde a primeira hora, festivais e colóquios, bem como pôs de pé diversas iniciativas etnográficas. Todos os anos tem publicado uma brochura por altura do Festival que realiza na Gafanha da Nazaré, onde grava para a história elementos que mais tarde, e já agora, hão-de ser bastante apreciados. Mas o Grupo Etnográfico não se tem limitado a organizar os seus festivais: o da cidade da Gafanha da Nazaré, o da Praia da Barra e o da festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes. Ele também participa em festivais por todo o País e ainda tem ido ao estrangeiro. 
Foi por sua iniciativa que surgiu a Casa Gafanhoa, casa-museu que nos mostra o viver de um lavrador abastado dos princípios do século XX. O número de visitantes atesta o interesse da Casa Gafanhoa, que é um núcleo museológico integrado no Museu Municipal de Ílhavo. A história do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, porém, não começou em 1 de Setembro de 1983. Dois anos antes, uma festa da catequese da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, da Gafanha, foi o ponto de partida para a criação daquela instituição. E é dessa festa a fotografia que hoje e aqui publico, onde se destaca o Tio Retinto, cantador e bailador que muito ensinou aos que apostaram, então, na fundação do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.
Parabéns ao grupo e a todos os seus dirigentes e componentes, na certeza de vão continuar. 

Fernando Martins

Imagens de Aveiro

:: Monumento
a João Afonso de Aveiro
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Os monumentos de Aveiro merecem um dia, ou mais, para serem conhecidos. Por qualquer canto, e às vezes em sítios pouco esperados, há monumentos com a sua história, dedicados a vultos que, na sua época, enriqueceram a vida das comunidades a que pertenceram.
Este monumento, que hoje ofereço aos meus leitores, mostra-nos "Um dos homens de D. João II que desvendaram os segredos da terra e do mar no caminho da Índia", como se lê na legenda que nos situa no tempo. Pode ser apreciado no Rossio.
Foto inserida no livro "Aveiro, cidade de água, sal, argila e luz".

Biblioteca de Aveiro moderniza-se

Acervo vai estar na Internet
A Biblioteca Municipal de Aveiro continua a melhorar os serviços que oferece aos amantes dos livros. Sejam eles simples leitores, estudantes, investigadores ou apenas curiosos. Em breve, tudo o indica, os utilizadores daquele espaço cultural vão poder consultar o catálogo das obras ali existentes, sem precisarem de se deslocar à Biblioteca. A aplicação de um novo sistema informático vai obrigar à adaptação dos recursos humanos e tudo se encaminha para que, brevemente, cada um, em sua própria casa, possa entrar na Biblioteca e ver o que por lá pode encontrar, evitando, assim, deslocações inúteis, como tantas vezes acontece. Entretanto, já se começa a falar que a Biblioteca Municipal de Aveiro precisa de um novo edifício. Se isso fosse possível, e necessário, que ela fique no centro da cidade, à mão de semear. É que a cultura, se a atirarem para um canto qualquer, acaba por ficar esquecida. F.M.

Poeiras do Porto de Aveiro

Gafanhões protestam contra poeiras
É público que os gafanhões residentes na zona envolvente ao Porto de Aveiro estão em luta contra o pó que os ventos arrastam para as suas casas e quintais, causando prejuízos a muita gente. E também é público que o director da APA (Administração do Porto de Aveiro), José Luís Cacho, já reconheceu que há, de facto, as poeiras que tantos danos causam às pessoas, alegando, no entanto, que se trata de uma realidade pontual, que ocorre em dias de ventos fortes. Prometeu que vai tentar resolver o problema, com a plantação de arbustos na montanha de areias que esperam colocação no mercado da construção civil. Todos os gafanhões esperam, por isso, que tudo se resolva a bem. Sempre defendi que o progresso é indispensável, mas também sempre acreditei que lhe estão associados alguns custos. É o caso. Que fazer então? Penso que a luta dos gafanhões, justa e oportuna, tem de levar as autoridades a debruçarem-se sobre o assunto, através de um diálogo civilizado e com a envolvência de técnicos competentes. Uma solução tem de ser encontrada, quanto antes, e não pode ficar ao sabor das ideias mais ou menos engenhosas de quem quer que seja. O assunto tem de ter uma resposta científica, até porque agora não se pode tirar o Porto Comercial daquele local. O progresso, que ao longo dos anos defendi e continuarei a defender, não pode atingir-se a qualquer preço. Os direitos das pessoas têm de ser salvaguardados e a qualidade de vida das populações não pode ser retórica fiada. Urge resolver a questão das areias e do pó de substâncias que chegam ao cais do Porto Comercial. Tem de haver uma solução técnica o mais depressa possível. Para bem de todos. Fernando Martins

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Darwin e o Génesis

Papa promove debate
Darwin e o Génesis:
regresso ao passado?
O anunciado encontro de Bento XVI com os seus antigos estudantes de Teologia em Castel Gandolfo, para discutir questões relativas à evolução darwinista e à Criação tem gerado um crescente interesse, com várias teorias a serem atiradas ao público. Darwin e a Igreja têm encontro marcado entre 1 e 3 de Setembro, num colóquio à porta fechada. Os antigos alunos de doutoramento de Joseph Ratzinger reúnem-se, mais uma vez, em volta do seu mestre e personalidades como o presidente da Oesterreichichen Akademie der Wissenschaften, Herbert Mang, o jesuíta Paul Elbrichk, professor de filosofia em Munique, ou o filósofo Robert Spaemann. Um dos mais destacados participantes é o Cardeal Christoph Schoenborn, voz activa no debate em curso há vários meses sobre o assunto. O Arcebispo de Viena criticou duramente, no ano passado, “o evolucionismo no sentido do neo-darwinismo – um processo não planeado, sem guia e de selecção natural” num artigo escrito para o New York Times. Mais recentemente, em entrevista à Rádio Vaticano, o Cardeal austríaco disse que “se tudo for fortuito, a vida não tem sentido”, precisando que “nem todas as explicações da evolução, do devir do mundo, da vida ou do homem são compatíveis com a fé”.
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Capela do Forte

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Capela de Nossa
Senhora dos Navegantes
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“No Forte, freguesia da Gafanha da Nazaré, começou a ser construída em 3 de Dezembro de 1863 a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, sob a direcção do exímio engenheiro Silvério Pereira da Silva, a expensas dos pilotos da Barra, sendo então piloto-mor um tal senhor Sousa. Custou 400$000 réis. Na parede está fixada uma lápide que diz: «Património do Estado». Há de interessante e invulgar nesta capela as suas paredes ameadas e a ombreira da porta principal, de pedra de Ançã, lavrada em espiral com arco em ogiva. Celebra-se a sua festa na última segunda-feira de Setembro com enorme concorrência de forasteiros das Gafanhas, de Ílhavo, Aveiro e Bairrada. Nesse dia Aveiro é um deserto por se terem deslocado para ali muitos dos seus habitantes. A procissão ao sair do templo segue por sobre o molhe da Barra e regressa pela estrada do sul que vem do Farol. A festa é promovida pela Junta Autónoma da Barra.” In “Monografia da Gafanha”, do padre João Vieira Rezende, 2ª edição, 1944 :::: Algumas considerações A memória, que todos temos de tudo e de mais alguma coisa, pode reconstruir-se por muitos modos: Pela consulta de documentos e de escritos que os nossos antepassados nos deixaram; por literatura, mesmo de ficção, que nos dá imagens, normalmente expressivas, do viver e do pensar do povo; por experiências pessoais que em jeito de diário alguns costumam registar; por fotografias ou pinturas que ilustram hábitos vividos pelos homens e mulheres que nos antecederam; por conversas com gente que tem muito para contar, e que a maioria das vezes leva para a eternidade estórias dignas de serem recontadas e conhecidas; por filmes e outros registos que estão perdidos ou esquecidos nos arquivos oficiais e particulares. Enfim, a história dos usos e costumes de pessoas e comunidades está por aí à espera de ser reescrita ou divulgada. Que esta transcrição da "Monografia da Gafanha", que aqui ofereço, possa servir como ponto de partida para o estudo da história da festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, que em breve se vai realizar. São os meus votos.
Fernando Martins

Direitos Humanos

Na Biblioteca Municipal de Aveiro
"25 anos a defender
os direitos humanos"
No hall da Biblioteca Municipal de Aveiro está patente ao público, até ao final de Setembro, uma exposição da Amnistia Internacional que pretende alertar a comunidade aveirense para o constante desrespeito dos direitos humanos no mundo.
Promovida pelo Núcleo de Aveiro da Amnistia Internacional, em colaboração com a Biblioteca Municipal de Aveiro, a exposição intitula-se “Amnistia Internacional - 25 anos a defender os Direitos Humanos em Portugal” e mostra um pouco do que tem sido a actividade, em Portugal e no mundo, daquela instituição internacional de defesa dos direitos humanos, fundada no Reino Unido e já galardoada com o Prémio Nobel da Paz.
De 23 a 29 de Setembro, irá decorrer a Semana Aveirense de Direitos Humanos, evento multicultural de promoção da educação e de defesa dos direitos humanos, promovida pelo Núcleo de Aveiro da Amnistia Internacional.
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Fonte: Correio do Vouga