sexta-feira, 25 de agosto de 2006

União Astronómica Internacional decide

Plutão já não é um planeta
O sistema solar passou a ter apenas oito planetas. A União Astronómica Internacional decidiu hoje que Plutão, até aqui um dos nove planetas do nosso sistema solar, é um planeta anão. Os planetas do sistema solar são agora Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.
A primeira definição de planeta, aprovada hoje depois de um debate acalorado entre 2500 cientistas e astrónomos de todo o mundo, traça uma linha clara entre Plutão e os actuais oito planetas do sistema solar.
Segundo a nova definição, para que um corpo celestial possa ser considerado um planeta deve orbitar em torno de uma estrela, ter massa suficiente para ter gravidade própria e assumir uma forma arredondada e ser dominante na órbita.
Esta última norma foi determinante para desclassificar Plutão, que até se cruza com o "vizinho" Neptuno na sua órbita em torno do Sol.
Para além das definições de planeta e de planeta anão, o documento da União Astronómica Internacional cria uma terceira categoria para abranger todos os outros objectos - à excepção dos satélites -, que ficam agora conhecidos como pequenos corpos do sistema solar.
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quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Embrião tem direito à vida

Criadas células estaminais
sem destruição de embriões
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A descoberta de cientistas norte-americanos pode acabar com as reservas éticas na produção de células estaminais. O estudo dá conta de uma técnica que não implica a destruição de embriões. A técnica, descrita na revista "Nature", é inspirada no diagnóstico de pré-implantação, usado para escolher embriões criados através de fertilização in vitro livres de doenças genéticas. A equipa de Robert Lanza, da empresa Advanced Cell Technology (Massachusetts, EUA), já tinha conseguido fazer isto com células de ratinhos, no ano passado. Agora, conseguiu criar duas culturas de células estaminais embrionárias humanas, usando células colhidas em 16 embriões que sobravam de tratamentos de infertilidade. Com o método tradicional para obter células estaminais, os cientistas usam embriões que se desenvolveram durante cinco a seis dias, até serem uma minúscula bola com cerca de uma centena de células. Com o novo método, usam-se embriões bastante mais imaturos, com apenas oito células. É colhida apenas uma, que é cultivada em laboratório. O embrião não precisa de ser destruído – pode continuar a desenvolver-se até termo da gravidez, se for implantado no útero de uma mulher. Os cientistas testaram as culturas de células criadas com este método e confirmaram que podem ser usadas para produzir um vasto leque de tecidos. Esta descoberta é relevante para os Estados Unidos, onde está proibido o financiamento público de experiências que investiguem o potencial terapêutico das células estaminais.Para Daniel Serrão, membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, a produção de células estaminais sem destruir o embrião é uma notícia "verdadeiramente extraordinária, confirmando que a ética não é inimiga da ciência - quando a ética levanta dificuldades estimula a ciência a resolver os problemas". "Nós sempre dissemos que o embrião tem direito absoluto à vida e ao desenvolvimento", sublinha. : Fonte: Rádio Renascença

Um artigo de António Rego

Navegações
em tempo de Verão
Antes, havia os inventores de quase tudo. Os cientistas e descobridores corriam como atletas loucos para chegarem primeiro e darem o seu nome a um asteróide, um princípio, uma teoria, uma hipótese. Quando sabemos o meridiano exacto em que nos encontramos, ou a que distância ou altitude está uma terra ou elevação, nem nos apercebemos da quantidade de pessoas e experiências que contribuíram para termos dados precisos do nosso planeta, das forças que nos circundam, da informação que hoje quase instantaneamente surge no painel de cristais que faz parte dos nossos quadros rotineiros de consulta. Desapareceram grande parte dos nomes. Hoje as descobertas são plurais e complementares. Grupos de trabalho, equipas multidisciplinares, oceanos e continentes colocam-se de permeio com o grupo de anónimos que, numa qualquer empresa ou no seu laboratório privado, vão dando passos em todas as direcções do progresso de que vemos apenas alguns sinais. Eles concretizam-se nos instrumentos de precisão, no carro, nos electrodomésticos, nos múltiplos afazeres da informática. O nosso quotidiano está cada vez mais inundado de novidade que há anos atrás seria tida como pura magia ou poderes preter – naturais. O Padre Gaspar bem se cansa de explicar ao seu amigo Roberto – “o único ser da nossa espécie a haver naufragado num navio deserto” – fenómenos complexos da natureza – desde algumas teorias galileicas jamais aplicadas, à completa harmonia lógica entre a descrição bíblia do Dilúvio e as convulsões dentro e fora da Arca de Noé, e uma perfeita sequência de hipóteses descritas com exaltação. Ele não sente dificuldade em conjugar a bíblia com a ciência, mesmo na mais rigorosa interpretação literal em pleno século XVII. Umberto Eco transporta-nos a este universo fascinante e divertido - quase tanto como o Nome da Rosa - num livro que é uma Ilha do Dia Antes, mas com uma ironia doce numa procura sequiosa de encontrar “o Ponto Fixo”. Pode inscrever-se na moda dos muitos enigmas pseudo-científicos da nossa era. Mas pode conduzir-nos a um universo humanizado pelas pesquisas pacientes e perseverantes dos muitos mistérios que se escondem no universo. Os brinquedos tecnológicos que nos rodeiam poderão sugerir-nos que tudo está encontrado. Na verdade continuamos no encalço desse Ponto Luminoso, como atracção irresistível de todo o ser inteligente. Não vale a pena exacerbar o conflito entre ciência e fé. Ambos têm o seu lugar. E é no coração do homem que ambos encontram o seu refúgio – divino e humano.

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Navio-Museu Santo André assinala aniversário

Dia Aberto
até à
meia-noite O Navio-Museu Santo André celebra hoje o seu 5.º aniversário. O Dia Aberto prolonga-se entre as 10 e as 24 horas. Durante o dia, o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo permanecerá no local para trabalhar em regime de presidência aberta, ouvindo os munícipes que queiram colocar-lhe questões.
Álvaro Garrido, director do Museu Marítimo de Ílhavo, salienta a importância do Navio Santo André, que já registou 99.430 visitantes desde que abriu portas como memorial da pesca do bacalhau por artes de rede de arrasto e emalhar. Na perspectiva do responsável, «o Santo André é um dos raros exemplos de recuperação bem sucedida de exemplares do património naútico português».
No âmbito da remodelação integrada das exposições permanentes do Museu Marítimo de Ílhavo, o navio Santo André, atracado junto do Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, irá ser objecto de intervenção e remodelação do seu discurso expositivo até ao final deste ano. O plano será apresentado, hoje, durante a cerimónia de aniversário, que terá lugar no porão de salga do navio pelas 18.30 horas. Durante a sessão proceder-se-á à entrega dos prémios relativos ao concurso de fotografia do Município de Ílhavo «Olhos sobre o Mar», cujos trabalhos se encontram em exibição por todo o mês.
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ler mais no Diário de Aveiro Características do Navio-Museu

Um poema de Reinaldo Matos


MARÉ ENCHENTE

Salvei
Uma criança
De morrer
No mar.

Avancei
Para as ondas,
Sem saber Nadar.
Pudera
Lá ficar,
No turbilhão das ondas…
Quem me dera
Morrer
Salvando uma criança!
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Nota: O facto é real e passou-se com o poeta
na Praia da Torreira, Murtosa,
em Setembro de 1978. In “Sinfonia de Poemas de Reinaldo Matos”

Pesca desportiva

:: Desportistas sem stresse
::
Ontem, o molhe da meia-laranja, na Praia da Barra, estava cheio de pescadores desportivos. Tudo indicava que se tratava de um concurso de pesca, tal era o número de pescadores. Predominantemente homens, mas também havia uma ou outra mulher. Todos de cana de pesca bem erguida e atentos ao picar do peixe. Quando passei, nem um peixe vi sair da água serena do oceano. No final do concurso, porém, não terão faltado belos exemplares, que os concorrentes não estão ali para aquecer. Ou talvez estejam... O calor era forte.
Certo é que a pesca desportiva é uma actividade anti-stressante. O praticante está atento ao que está a fazer, mas também deitou para trás das costas os problemas da vida, as inquietações do quotidiano, as agruras das lutas diárias, profissionais ou outras. Ali, envolvido pela natureza, ele dá descanso à sua mente, refresca o corpo e as ideias, viaja em sonhos (mesmo acordado), reflecte, programa a vida. Ele, cheio de paciência, afinal continua muito activo. De forma diferente e sadia.
Fernando Martins

Valores do desporto

Vaticano publica obra dedicada aos valores do desporto
O Conselho Pontifício para os Leigos acaba de publicar o volume “O mundo do desporto hoje. Campo de compromisso cristão”, no qual se recolhem as intervenções do seminário sobre este tema, que o Vaticano acolheu em Novembro do ano passado. A obra é mais um sinal de que a Igreja olha com atenção para o mundo desportivo, seja o que atrai as grandes multidões, seja o desporto de base. O trabalho deste seminário quis apontar um “horizonte ético” para o desporto, lembrando que o mesmo tem como fim “o bem da pessoa humana”. Nem sempre, contudo, o fenómeno desportivo tem sido sinónimo de paz ou de tolerância, apesar de representar uma herança cultural comum da humanidade. Uma das intervenções recolhidas pelo livro lembra que, em muitas ocasiões, a actividade física tem sido reduzida “ao culto do corpo” e que a ânsia por conseguir grandes prestações desportivas tem eliminado, progressivamente, a “dimensão recreativa”. Outro aspecto negativo apontado ao desporto modernos é a sua comercialização, com o risco de se centrar na vertente económica e secundarizar a dimensão ética.
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Fonte: Ecclesia

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