sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Um artigo de Fernanda Câncio, no DN

Assumir a relação
Aquela coisa que em tempos era, com sobranceria, apelidada de coscuvilhice alcandorou-se a profissão. Há gente que vive de policiar a vida alheia. Há revistas só para isso, jornais que fingem fazer outras coisas mas só fazem isso, tempo de antena para isso.
No programa da manhã da SIC, uma ex-Miss Portugal e uma astróloga ou taróloga ou lá o que é, mais uns rapazes que para além daquilo não se sabe o que fazem, discutem com desembaraço vidas sortidas, explicando o que se pode e não se pode fazer, o que fica e o que não fica bem, e quais as "obrigações" das "figuras públicas". Na TVI, um grupo de senhoras que parecem ter sido escolhidas por não se saber quem são e o que fazem discorrem com igual alegria sobre os mesmos assuntos.
E os assuntos são, invariavelmente, quem anda e não anda com quem, quem está feliz e quem está infeliz, quem assume a relação e quem não assume a relação. Para este universo, o "assumir da relação" é uma espécie de climax. Para a indústria chamada "do coração", que vive de vigiar as "relações", existentes ou a existir, entre os que apelida de "famosos", as assunções plenas e fotografadas olhos nos olhos e mão na mão junto à lareira/piscina, com declarações mútuas de dedicação para além da morte e de paixão e felicidade sem limites, são uma exigência. Tudo o que não se pareça com isso é clandestino, suspeito, talvez até ilegal.
"As pessoas têm o direito de saber", ouve-se nas rodas de comadres das TV e repete-se em publicações consideradas de "informação geral", em nome, imagine-se, da "democracia". Este "direito de saber" inclui as fotos à traição e à força, "revelações" sobre quem dançou com quem , quem beijou quem, quem fez topless. As regras são simples: é fora de casa, é público; é público, é publicável; quem se mostra uma vez legitima todas as intrusões; quem não se mostra está a esconder algo, logo, legitima todas as intrusões. A indústria tem sempre razão.
Contra isto, nenhum argumento é aceite, nenhuma lei eficaz. Proteste-se ou processe-se e é-se acusado de "falta de transparência", "censura", ou, mais uma vez, "ter algo a esconder". Para esta nova polícia de costumes, preservar é sonegar, recusar "esclarecimentos" é crime. Em poucos anos, aqueles que decorreram desde o triunfo desta inquisição, o que era considerado o cúmulo da vulgaridade - a exposição da intimidade -, passou a norma. Na relação entre o direito à reserva da vida privada, garantido pela Constituição, e o "direito" à intrusão, proclamado pela confederação dos alcoviteiros, ganhou o que vende mais. Perdeu a liberdade, claro. E essa coisa chamada amor. Mas isso, assuma-se, nunca interessou a ninguém.

ARTE DA XÁVEGA

Barco da "xávega"
:: Autarquia recria Arte Xávega na Vagueira ::
Agendada para sábado, da parte da tarde (se o estado do mar o permitir), a acção visa promover turisticamente a praia da Vagueira, ao mesmo tempo que pretende preservar e valorizar os usos e costumes daquela região.
A safra, como vulgarmente é conhecida, tem alguns nomes de referência na Vagueira. Gente amargurada mas com «alma boa», habituada a sofrer que deixou a Escola muito cedo e passou a vida inteira a trabalhar e a olhar o mar. «Isto é a minha vida, não quero outra», disse um dos filhos do João da Murtosa, que nunca se acobarda porque «se a gente desanima o barco vai ao fundo».
Com o desaparecimento do António Maltez, recentemente falecido num brutal acidente de viação no cruzamento da Estrada do Meio», o «patrão» da pesca na Vagueira continua a ser João da Murtosa.
João da Murtosa é rapaz para 70 anos. Está na Vagueira desde 1957. Moliceiro experimentado, «encalhou» o barco, como costuma dizer, na Gafanha do Cale da Vila (Ílhavo) quando tinha 18 anos. E por ali ficou até completar 22. Começou por atar «chicotes» (nome dado à corda que andava sempre atrás dos bois, quando se puxa a rede), na Torreira. Depois de casado transferiu-se para a Vagueira, que viu crescer como praia há mais de três décadas.
Pediu dinheiro emprestado ao tio, para comprar um barco usado, porque queria trabalhar por conta própria. Foram «apenas» 500 escudos, porque na altura um barco novo custava dois contos e quinhentos. Pagou em quinze dias àquele familiar, que entretanto já tinha negociado o referido a dívida com o Zé Ribeiro, que lhe ficou com uma eirada de milho.
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Leia mais no Diário de Aveiro

Tempo de férias na Torreira

Posted by Picasa
Torreira: Ria de Aveiro
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Cristãos na praia
sem férias para Deus ::
O tempo de férias é aproveitado por muitos cristãos para, além do descanso, "fazerem a sua revisão de vida espiritual". Nas paróquias onde há praias, a afluência às igrejas aumenta e, apesar das actividades do Ano Pastoral terem encerrado, os párocos não têm mãos a medir na assistência aos veraneantes. Esta é a imagem do que acontece na Praia da Torreira, na diocese de Aveiro, onde ontem à noite D. António Marcelino foi falar do religioso e do sagrado. Perante uma assembleia participativa, o bispo de Aveiro iniciou o primeiro de seis encontros a realizar em praias e estâncias termais daquela região, numa iniciativa que "surpreendeu positivamente" o pároco de Torreira. Colocado naquela localidade em Setembro de 2005, o padre Abílio Araújo confessou à Agência ECCLESIA ter "alguma curiosidade" sobre o que seria esta passagem do bispo pela praia em tempo de férias. "Há em muita gente com vontade de crescer espiritualmente", destacou, compreendendo, por isso, que esta atitude do prelado tem "importância pastoral" e "deixa referências e marcas nas pessoas". Nesta época estival o padre Abílio Araújo tem observado que "entre as pessoas que aparecem na paróquia, muitas delas tem uma forte vivência religiosa e aproveitam este tempo de maior descanso para fazer a sua revisão de vida espiritual". Disse, ainda, que é muito procurado no tempo normal de atendimento. "A Paroquia da Torreira não tem um programa específico para esta época, mas eu procuro estar mais atento e estar mais pela paróquia para o acolhimento às pessoas". "Esta é uma preocupação mais do ponto de vista pessoal do que de estrutura organizada da paróquia", explica. Apesar do aumento significativo da presença de fiéis «forasteiros» nas celebrações, tudo decorre com normalidade, pelo que observa: "Não há distúrbios de celebração". :: Fonte: Ecclesia

Um artigo de Gonçalo Cardoso, na Ecclesia

Ver objectos pessoais dos pastorinhos, conhecer os povos africanos

Santuário de Fátima

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Museu de Arte Sacra
e Etnologia de Fátima:
sugestão para estas férias
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É uma sugestão para estas férias. Se vem a Fátima, para além de participar nas cerimónias religiosas não deixe de visitar o Museu de Arte Sacra e Etnologia. O Museu de Arte Sacra e Etnologia guarda na “Sala dos Pastorinhos”, objectos pessoais dos beatos Francisco, e Jacinta Marto, O barrete de Francisco foi oferecido a este museu, propriedade dos missionários da Consolata, pelo “ti Marto”, pai do vidente. Da Jacinta, está patente uma pedra do seu túmulo, guardada pelo seu pai após a trasladação para a Basílica. Para além de uma fantástica colecção de arte sacra portuguesa, repleta de Meninos Jesus, presépios, oratórios e Cristos, o visitante poderá fruir de uma interessante colecção de objectos etnográficos de povos africanos, índios e orientais, trazidos pelos missionários para o velho continente, ao longo dos anos. Até final de Agosto, está patente, uma exposição de fotografia “24 horas com os índios yanomami”, uma reportagem fotográfica do missionário Elísio Assunção. Pertencente aos Missionários da Consolata, é um museu de grande qualidade, de características únicas em Portugal e que permite o visitante conhecer algumas das realidades encontradas pelos missionários no mundo. É o único espaço museológico de Fátima integrado na Rede Portuguesa de Museus e dispõe de um serviço educativo que realiza visitas orientadas através de guias com excelente formação científica e pedagógica. Ali, pode ainda usufruir de um pátio interior com um agradável jardim onde poderá repousar ou ler um livro e visitar também os belos e cuidados jardins dos Missionários da Consolata onde o museu está integrado. Um museu que surpreende e encanta. Venha conhecer.

Pelo Desporto falar da Igreja

“PONTA DE LANÇA”
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O actual responsável do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil acaba de publicar o livro «Ponta de Lança», uma síntese de 15 anos de colaboração com o jornal regional “Correio do Vouga”, da diocese de Aveiro. Esta é uma "súmula de textos transportados para livro", que "surgiu para agradecer o trabalho de um vasto conjunto de pessoas que pertenceu às equipas no Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil", explicou o autor Manuel Oliveira de Sousa à Agência ECCLESIA. Nas páginas desportivas do “Correio do Vouga”, Oliveira de Sousa apresenta, desde há 15 anos, uma coluna de "ensaios de filosofia social", uma "perspectiva social com ilustração desportiva e, por vezes, com fundamento desportivo, acerca da realidade da vida da Igreja e da sociedade em geral". "Em «Desportivamente e pelo desporto», se vão anotando problemas sociais e humanos, dando pistas para uma maior sensibilização e acção em relação aos mesmos", refere o Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, na apresentação da contracapa deste livro editado pela Paulinas Editora. Oliveira de Sousa foi responsável, durante 13 anos, pela Pastoral Juvenil da Diocese de Aveiro e, nesta coluna semanal do jornal diocesano que agora passa a livro, "a grande preocupação era a de manter os jovens e a pastoral juvenil sempre em agenda", o que sente ter sido benéfico, "não deixando os jovens esquecidos". "Ainda bem que «Ponta de Lança» passa a livro, pois há pepitas que não se podem perder pelo ouro que comportam", escreve o Bispo de Aveiro. : Fonte: Ecclesia

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Centro de Reflexão Cristã

Centro de Reflexão Cristã renova publicação
O Centro de Reflexão Cristã (CRC) acaba de publicar um novo número da sua revista, “Reflexão Cristã”, que inicia uma nova série, com novo grafismo e novo formato. Este número dá realce à celebração do 30º aniversário do CRC, com a publicação do texto do José Leitão "CRC - Trinta anos de Presença Cristã" e publica um conjunto de intervenções que foram proferidas nas Conferências de Maio de 2005 - BOA NOVA NA CIDADE MODERNA. Os textos são de D. Carlos Azevedo, Jorge Wemans, Graça Franco, Catarina Pereira Miguel, Pe. Hermínio Rico, Manuel Vilas Boas, Acácio Catarino, Pe. António Janela, Maria José Nogueira Pinto, Alfredo Bruto da Costa e Pe. José Manuel Pereira de Almeida. Publica-se também o resumo da intervenção do Presidente do CRC na Catedral de Notre-Dame de Paris, durante o Congresso Internacional da Nova Evangelização. Criado em 1975, por um grupo de leigos cristãos para analisar a realidade do país nos seus diversos sectores, o CRC assume-se como um espaço de diálogo entre cristãos de diferentes sensibilidades e entre cristãos e não cristãos. Quando tomou posse como presidente do CRC, Guilherme de Oliveira Martins, em entrevista à Agência ECCLESIA referiu que ao aceitar a presidência do CRC “fi-lo a partir de um projecto que é a presença dos cristãos na sociedade e essa presença dos cristãos na sociedade obriga-nos a empenharmo-nos em gestos e em iniciativas que suscitem a tomada de consciência de que uns dependemos dos outros”.
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Foto: Guilherme de Oliveira Martins
Fonte: Ecclesia

Gastronomia em Ílhavo

Bacalhau e pão de Vale de Ílhavo
A proximidade do Concelho de Ílhavo com o mar influencia directamente a sua gastronomia.
Os 500 anos de tradição de mar do povo Ilhavense, em especial na Terra Nova e Gronelândia, levaram o fiel e amigo Bacalhau a assumir o papel de rei e senhor, podendo as inúmeras formas de confecção ser encontradas em praticamente todos os restaurantes do Concelho.
A referência económica, social e cultural do Bacalhau no Concelho motivou o aparecimento, durante 1999, da Confraria Gastronómica do Bacalhau, cujo principal objectivo é preservar os pratos feitos à base do bacalhau e promovê-los junto das gerações mais novas. Exemplo disso, é a realização anual da Mostra Gastronómica “Tasquinhas de Ílhavo”, integrada nas Festas do Município/Mar Agosto.
Sem querermos ser exaustivos, a influência marítima também poderá comprovar-se no magnífico peixe fresco, quer em fritadas ou simplesmente grelhado num local junto ao mar. O marisco tem vindo a ganhar terreno na oferta gastronómica do Concelho e dos restaurantes, muito apreciado essencialmente na época balnear.
Por último, realçamos a importância do Pão e Folar de Vale de Ílhavo, um pilar económico, gastronómico e cultural do lugar de Vale de Ílhavo.
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Fonte: Site da CMI

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