quinta-feira, 27 de julho de 2006

As férias estão aí

Flores na cidade
::
Em férias, como é de supor, sempre há mais tempo para apreciar a cidade. Se olhar com atenção, verá que em algumas há quem se preocupe com as flores. Como estas que tenho visto e apreciado. E é bom saber que há gente de bom gosto.

Um artigo de D. António Marcelino

PODER
AUTÁRQUICO
E VÍCIOS
POLÍTICOS
Toda a gente sabe que o poder político é ambicioso, pragmático e frágil. Por vezes, sectário o que leva a exigir especial atenção. Tem estratégias próprias, sem as quais pouco poderá fazer, mas é sempre complexo e misterioso o poder, seja central ou local. Por vezes, o enredo e a ânsia diária não deixam ver, com liberdade e independência, as pessoas, os grupos e as comunidades, os direitos e os deveres, próprios e alheios, bem como as necessidades mais objectivas e concretas. Entra-se, então, num campo preocupante e perigoso, porque a procura do bem comum, dever primeiro de quem governa, pode ficar subalternizada a outros caminhos e projectos, mais vistosos, porventura, mas menos respeitadores de todos e menos construtivos. Na preocupação de descentrar o poder, vão-se atirando para as autarquias muitas actividades diversas, sem que se tenha em consideração a fragilidade de muitas delas, a pouca preparação dos seus responsáveis para algumas destas actividades, a carência de meios financeiros e não só, as tensões politicas locais, quase sempre acirradas e paralisadoras, a tentação de favores partidários e a conquista de influências. O poder central, como anda muitas vezes, também ele, por iguais caminhos, parece não se esforçar muito para evitar estes escolhos e decide, sem mais, dando a impressão de cegueira ou de apreciação unilateral. Dar encargos sem dar meios ou sem considerar a realidade do poder local com as suas normais limitações, o seu pendor partidário, nem sempre da mesma cor política do poder central, o que mais fragiliza as suas promessas e projectos, é muitas vezes iludir as pessoas e as comunidades. Concordamos com a descentralização do poder, a proximidade dos problemas para melhor os avaliar, a possibilidade de integração activa nos processos por parte daqueles que estão mais perto da realidade. Mas preocupa de que, de repente, se tenham atirado para as autarquias, poderes e encargos em campos complexos, como a educação e a segurança social. As cartas sociais e educativas podem ser meios úteis para soluções complementares válidas, não campo para arbitrariedades, estratégias partidárias e conquista de apoios políticos, apagamento de quem faz e construção de um pedestal para quem se pretende promover. Há coisas em que, para os governantes de tope, pouco ou nada contam as autarquias, a sua luta e a sensibilidade aos problemas que lhe são próximos. Outras, em que eles ficam a assobiar e a olhar para o lado, logo que as passam para o poder local, por vezes torpedeado pela oposição e a mãos com problemas graves que herdou e o obrigam a uma dedicação permanente. Lamentavelmente, pelo menos assim penso, o poder local está ainda muito partidarizado. A necessidade de congregar esforços, aproximar pessoas, tomar a sério os problemas reais, devia contar mais com a participação de quem tem a profissão de servir o povo, do que com a submissão partidária. Os mesmos problemas são considerados de modo diferente, quando se está no poder ou na oposição, e o que se defende num dia ataca-se noutro, paralisando soluções urgentes, pouco mais que por chicana e capricho. Ao discutir os problemas e ao procurar soluções, não se pode participar, apenas para acolher decisões tomadas por alguns, sem dar lugar ao diálogo com aqueles que, de há muito, levam consigo o ónus e a honra do que se fez e se está fazendo. A mania de que cada um que chega ao poder deve começar tudo de novo, é o que explica tantas coisas paradas e tantas outras, malevolamente, menosprezadas e destruídas. Outra tentação que vem de cima e chega às bases, é o trabalho de sapa do poder para colocar gente do partido nas instituições, sejam elas públicas ou privadas e até da órbita canónica. Manobra nada louvável, nada respeitadora das instituições, a denunciar pouca confiança e segurança por esta tentação de influência. Só que, gato roubado, rabo de fora… O poder local é um valor que é preciso preservar e qualificar. Não é um campo de manobras e de interesses, sejam particulares ou partidários.

S. Jacinto: Visita guiada às dunas

No dia 5 de Agosto, vai realizar-se uma visita guiada às dunas de S. Jacinto, acompanhada por biólogas da HERA-avpp. Trata-se de uma actividade que se enquadra no projecto "Bandeira Azul" da Câmara Municipal de Aveiro. VISITA GUIADA À RESERVA NATURAL DE S. JACINTO
15h25: Encontro dos participantes em frente da estação da CP de Aveiro. 15h35: Partida para a Reserva Natural de S. Jacinto. 16h25: Visita Guiada 18h45: Fim das actividades e regresso. A visita é gratuita, sendo o preço das deslocações (Autocarro, lancha: Aveiro-S.Jacinto / S. Jacinto-Aveiro) a cargo dos participantes. Inscrição obrigatória, até dia 3 de Agosto, pelo numero 969145152.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Nasceu para mudar mentalidades

Aluno da UA
cria site
para D-eficientes
::
Tem 24 anos, estuda Novas Tecnologias da Comunicação na UA, e é o autor do recém-criado site D-eficiente que «pretende modificar mentalidades e a forma de agir das pessoas com necessidades especiais». Trata-se de Pedro Monteiro, um jovem com paralisia cerebral desde os cinco meses de idade.
:
Leia mais em UA

A guerra

Com mais
de dois mil anos
da era cristã
::
Olhando friamente para esta guerra que ferve, fico pensativo: como é possível que, com mais de dois mil anos da era cristã, os homens não sejam capazes de se entender? Israelitas e árabes odeiam-se de morte, precisamente na terra onde Jesus nasceu.
Penso que por ali, por onde Jesus caminhou e falou, ensinando regras de sã convivência, apoiadas no mandamento que nos deixou (amai-vos uns aos outros como eu vos amei), será difícil haver um entendimento nas próximas gerações. Os radicalismos de ambas as partes, a incapacidade de perdoar e os ódios ancestrais não deixarão que a paz seja uma constante para aqueles povos.
Se é verdade que os terrorismos árabes não podem ser compreendidos e justificados pelo mundo, o mesmo mundo também não pode aceitar que Israel massacre um país, o Líbano (os antigos fenícios, navegadores e comerciantes), destruindo-o e matando um povo indefeso. Os ataques das tropas israelitas estão a ser desproporcionados, apesar dos argumentos de que pretendem acabar com os terroristas. Israel não quererá desaparecer do mapa. Mas sabe que, se perder a guerra, o Estado hebraico não terá hipótese de sobrevivência. Daí o desespero com que luta há tantos anos, numa região que lhe é hostil.
Toda a gente pede o fim da guerra. Toda a gente reclama o diálogo. Contudo, nada se vislumbra e o conflito ainda pode vir a alargar-se, com o envolvimento da Síria e do Irão. Depois será o caos na terra onde Jesus nasceu e viveu.
Fernando Martins

As férias estão aí

Arrais Gabriel Ançã
Conhecer a história
As férias podem ser uma boa oportunidade para conhecer a história. Se as gozar na Costa Nova, praia famosa da Gafanha da Encarnação, no concelho de Ílhavo, procure saber quem foi o Arrais Gabriel Ançã.
O seu busto, voltado para a Ria e de costas para o Mar, onde ele foi herói, é um convite para descobrir o que fez este ilhavense e por que razão foi homenageado.

Um artigo de António Rego

A Terra Santa
Como ler as palavras e os silêncios desta guerra que se não define? Como entender um conflito que se apresenta algumas vezes como defesa, outras como ataque, que se diz contra um Hezbollah que não é uma terra, um país chamado Líbano e outro, Israel, que é muito mais que um país? Não estamos perante um confronto convencional. Há entrelaçadas implicações étnicas, políticas, económicas, ideológicas, culturais, religiosas, com toda a sequela de ameaças e hipóteses de alastramento em várias frentes. Não é possível abordar Israel e países vizinhos, sem lembrar um povo eleito, uma terra prometida recheada de grandes personagens e lugares bíblicos que preenchem o cenário religioso de tantos povos. E sentir, ao mesmo tempo, que muitos desses lugares, em vez do significado sagrado duma história única, se tornaram palco de medo para os herdeiros duma terra “onde corre leite e mel”, éden, calvário e sepulcro vazio do Ressuscitado. Por isso Israel, para além dum país independente, é uma pátria onde três Religiões – as grandes religiões monoteístas - se revêem na sua história: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Jerusalém, por exemplo, é a cidade ícone do encontro de Deus com o homem e o cenário dos maiores acontecimentos religiosos do cristianismo. Quando se lê a Bíblia e em especial o Novo Testamento depara-se, a cada passo, com um acontecimento, uma palavra, um milagre ligados a um lugar concreto que tão cruamente hoje se sente despojado da sua definição para ser apenas mais um palco banal de bombas ou “rockets” que ninguém deixa em paz. A Terra Santa está praticamente fechada para guerra. Os peregrinos, sobretudo judeus e cristãos, sentem-se mais distantes da sua Jerusalém que é muito mais que uma cidade de animação urbana ou turística. É um lugar sagrado, uma espécie de “santo dos santos”, tabernáculo dos acontecimentos que sustentam a fé de várias religiões. Ao longo do tempo tem-se perguntado muitas vezes porquê esta espécie de maldição sobre uma Cidade e uma Terra com uma vocação única para o encontro de Deus com o homem? Muitas são as tentativas de resposta. Nenhuma perfeita ou acabada. Que se não esqueçam, ao menos, as perguntas.

PESQUISAR

DESTAQUE

Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

https://galafanha.blogspot.com/

Pesquisar neste blogue

Arquivo do blogue