sábado, 1 de julho de 2006

Um texto do Padre José Tolentino Mendonça

«Haveis de rir»
(Lc 6, 21)
Isaac quer dizer “Deus sorriu”. E este sorriso de Deus aparece como resposta ao riso céptico de Sara, que se sabia avançada nos anos e privada já de fecundidade. Sara ria-se da impossibilidade histórica de uma promessa (Gen 18,10-15). O sorriso de Deus ressoaria, contudo, na alegria daquele filho nascido, irrecusável testemunho não apenas de uma promessa, mas de um inusitado cumprimento. Um leitor superficial da Bíblia pode, facilmente, tropeçar numa imagem de Deus susceptível, colérico, ciumento, implacável. Das 29 vezes que no Antigo Testamento se refere o riso, apenas duas expressam uma satisfação por boas razões. Em todas as outras o riso, mesmo o de Deus, é de sarcasmo ou desprezo. Não admira que em torno ao riso de Deus e dos crentes se tenha formado uma longa história de incompreensões. E as caricaturas do cristianismo o apresentem, não raro, como uma cultura sisuda e triturada pela culpa mais que do lado da alegria. Porém, se na tradição bíblica, o riso é um motivo ambíguo e inconclusivo, o mesmo não se pode dizer da alegria. Há um título de um teólogo, Werner Thiede, que resume bem a insistência com que, na Bíblia, ela ocorre: “A hilaridade prometida”. Deus pratica um luminoso humor (a começar pela apresentação do Seu nome: «Eu Sou Aquele que Sou», Ex 3,14). A certeza do povo crente é que «a nossa boca se saciará de alegria» (Sl 126,2). Recentes metodologias de análise narrativa do Novo Testamento mostram bem como Jesus usa de uma ironia fascinante, que remove eficazmente os obstáculos do coração, desconcertando e, finalmente, alegrando, pois recupera o que de nós tínhamos já por perdido (Lc 15,9). Mas o cristianismo, na sua radical novidade, troca ainda as voltas ao humor. No cimo da cruz é o próprio Deus que se torna risível, e os comentários ali atirados são bem mais ácidos que o vinagre dado a beber. Nesta desarmante representação de Deus que a Cruz propõe, reside, inegavelmente, a grande viragem que o Evangelho, há dois mil anos, anuncia. ::
In "Observatório da cultura"

FOLCLORE NA GAFANHA DA NAZARÉ

Par do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré
GRUPO ETNOGRÁFICO
ORGANIZA XXII
FESTIVAL NACIONAL DE FOLCLORE
O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré está a preparar o XXII Festival Nacional de Folclore, que terá lugar no próximo sábado, dia 8 de Julho, com a participação de seis representantes de diversas zonas do País, para além do grupo anfitrião. Os amantes do folclore e da etnografia podem, então, apreciar o Centro Cultural, Recreativo e Desportivo de Belas (Lisboa), o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos (Ribatejo), e os Grupos das Sargaceiras da Casa do Povo da Apúlia (Apúlia), Folclórico de Juncal do Campo (Castelo Branco), Folclórico de Vila Nova de Sande (Guimarães), Danças e Cantares do Mondego (Coimbra), e Etnográfico da Gafanha da Nazaré. Do programa consta a recepção aos grupos participantes e convidados, pelas 16.30 horas, seguindo-se uma visita ao espaço museológico “Casa Gafanhoa”. O desfile começa às 21 horas, e uma hora depois inicia-se o Festival, com a exibição dos grupos, que apresentam retalhos, curiosos e bem estudados, de diversas regiões do País. No fundo, este Festival, como os outros que o antecederam, pode ser considerado como uma homenagem ao povo que hoje habita a Gafanha da Nazaré, oriundo de muitas regiões de Portugal. F.M.

Um artigo de Francisco Sarsfield Cabral, no DN

A aposta arriscada
do ministro
das Finanças
O ministro das Finanças tem mantido uma atitude de sereno optimismo quanto ao cumprimento da meta para o défice orçamental deste ano. É uma meta difícil, pois implica descer de 6% do PIB em 2005 para 4,6% em 2006. Ou seja, 1,4 pontos percentuais num só ano, façanha que o Estado português jamais conseguiu no passado.
A tranquilidade - pelo menos aparente - de Teixeira dos Santos transmite confiança, dando a impressão de que as contas públicas estão controladas. Mas se os factos vierem a desmentir o ministro, ainda que apenas por algumas décimas, o rombo na credibilidade governamental será considerável, em Portugal e no estrangeiro.
A aposta arriscada do Governo conta com alguns factores a seu favor. A ligeira melhoria na conjuntura económica nacional, em primeiro lugar. Se o PIB crescer este ano acima do previsto, a meta da redução do défice terá mais possibilidades de ser atingida. Porque a percentagem indicada se fará em relação a um PIB maior e porque o crescimento económico aumenta a colecta fiscal. Mas, por enquanto, trata-se mais de uma esperança do que de um facto. Até porque a recuperação verificada no primeiro trimestre assenta numa forte subida das exportações de bens e serviços, que os números de Abril não confirmam.
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Um dia de peregrinação

Santuário de Fátima
retoma «Um dia
em peregrinação»
O Santuário de Fátima volta a propor, aos peregrinos e visitantes, a partir de 16 de Julho e até 15 de Setembro, o programa "Um dia em Peregrinação". Segundo dados fornecidos pela Sala de Imprensa do Santúario, "realizou-se em 2005 pela sétima vez tendo participado 1.643 pessoas, em especial de nacionalidade portuguesa".
Este programa «Um dia em peregrinação», é desenvolvido pela secção Informações, do Serviço de Peregrinos do Santuário, e é uma exortação ao peregrino de Fátima. É um projecto organizado para quem deseja conhecer, ou aprofundar os conhecimentos que têm, sobre os locais, a história e a mensagem das Aparições de Nossa Senhora do Rosário em Fátima. Está organizado de forma a preencher o dia de quem visita o Santuário, com momentos de oração e de convívio e "tem sido uma aposta conseguida", referem os responsáveis.
É um programa gratuito para o qual não é necessária inscrição e conta com o acompanhamento de seminaristas voluntários, encarregues de acompanhar os peregrinos.
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sexta-feira, 30 de junho de 2006

Imagens de Aveiro

Salineira
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Fachada de Arte Nova

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Igreja de Jesus,
no Museu de Aveiro

Hospital de Aveiro com nova "URGÊNCIA"

Investimento de 3,5 milhões de euros

Hospital de Aveiro

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Urgência do hospital de Aveiro
tem novas instalações
a partir de hoje ::
Após dois anos e meio de obras, a nova urgência do Hospital do Infante D. Pedro (HIP), em Aveiro, entra hoje em funcionamento. O serviço que, desde Dezembro de 2003, tem vindo a funcionar em contentores provisórios é, agora, transferido para um novo edifício que tem uma área total de 3000 metros quadrados e que está dotado de "melhores condições de acolhimento, estadia e de prestação de cuidados", destaca António Isidoro, director do serviço, a propósito do investimento feito, que ascendeu a 3,5 milhões de euros. As melhorias saltam à vista assim que se entra no serviço, visto que passam a estar contempladas entradas diferenciadas para a urgência de adultos e crianças, e os bombeiros também passam a ter uma área de apoio para os períodos de espera.
A transferência para a nova casa foi acompanhada de um reforço da equipa de enfermagem e auxiliares de acção médica, ao contrário do que aconteceu com o corpo clínico, que se mantém inalterado.
À hora em que este jornal chega às bancas, é de esperar que todos os doentes que necessitam de recorrer à urgência do hospital de Aveiro estejam já a ser encaminhados para as novas instalações, cuja entrada passa a ser feita pela rua que dá acesso ao antigo Estádio Mário Duarte, que acaba de ser limitada num sentido único, de forma a facilitar o acesso rodoviário àquele serviço do HIP.
A entrada no serviço passa a diferenciar as situações de emergência (as mais graves), urgência de adultos e urgência de Pediatria. Afinal, uma das grandes preocupações tidas em conta na abertura das novas instalações prendeu-se com "a redefinição do circuito de gestão do doente", que, a par com a triagem de prioridades - iniciada ainda nas instalações provisórias -, garante "uma melhor adequação dos tempos de espera, desde a observação clínica até à decisão clínica", atesta António Isidoro.
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Maria José Santana : Leia mais no "PÚBLICO"

TEATRO NA GAFANHA DA NAZARÉ

A GAFANHA DA NAZARÉ
PRECISA
DE UM GRUPO DE TEATRO
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A Gafanha da Nazaré precisa, há muito, de um grupo de teatro com actividade regular. Eu sei que de quando em vez por aqui aparecem grupos que exibem, com alma e orgulho, o fruto do seu trabalho. Mas a cidade da Gafanha da Nazaré não pode apenas estar à espera dos outros, pondo de lado a arte de representar. Precisa, urgentemente, de um grupo de gente que dinamize o teatro, nas suas diversas expressões, porque artistas, disso estou certo, não faltarão.
Hoje mostro um cartaz de uma peça de teatro (O MAR, de Miguel Torga) que foi apresentada em 1974, no salão paroquial. Recordo os artistas, os técnicos e a alma de todo este trabalho, que foi o Humberto Rocha. Não seria tempo de alguém assumir a ressurreição do teatro na Gafanha da Nazaré?
Para que se não esqueçam todos os que participaram nesta peça de teatro, aqui ficam os seus nomes:
Artistas: Eva Gonçalves, Fátima Ramos, Irene Ribau, Eduarda Fernandes, Fátima Gonçalves, Dinis Ribau, José Alberto, Carlos Margaça, Horácio Bola, Carlos Bola, Herlander Loureiro, Alberto Margaça e Silvério Marçal.
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Ensaiador, Augusto Fernandes; Encenador e Sonoplasta, Humberto Rocha; Luminotécnico, Eduardo Teixeira; e Contra-regra, Luís Miguel.
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Fernando Martins