terça-feira, 6 de junho de 2006

Reconhecimento de competências

Uma nova
oportunidade
para um milhão
de portugueses
Três em cada quatro traba-lhadores portugueses não têm o ensino secundário, um número que o Governo quer diminuir, tendo para isso lançado 122 novos Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências.
Os centros RVCC destinam-se a reconhecer as aprendizagens que os adultos desenvolvem ao longo da vida nos vários contextos profissionais, permitindo-lhes complementar essa formação e obter habilitações reconhecidas equivalentes ao 9º e 12º ano de escolaridade.
A intenção de combater a escolaridade reduzida dos portugueses foi reafirmada pelo governo, durante a cerimónia de lançamento dos 122 novos centros que contou com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates, e dos ministros da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e do Trabalho e Solidariedade, Vieira da Silva.
Segundo a ministra da Educação, actualmente o sistema RVCC destina-se apenas a adultos sem o 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade, pois os centros só dispõem de instrumentos técnicos para fazer a formação até ao 9º ano. O 12º ano estará abrangido nestes centros já a partir do próximo ano lectivo, afirmou a responsável. "Terminámos agora a fase de homologação para criar os instrumentos técnicos necessários para o 12º ano. Esperamos que antes do Verão estejam homologados e que no próximo ano estejamos em condições de arrancar", disse.
Dos 122 centros lançados, 43 vão abrir na região Norte, 25 no Centro, 31 em Lisboa e Vale do Tejo, 19 no Alentejo, dois no Algarve e dois na região Autónoma da Madeira.
O lançamento destes novos centros permitirá tornar operacionais até ao final deste ano 220 centros, uma vez que já se encontram 98 em funcionamento. Relativamente ao calendário de abertura dos 122 centros, 30 serão inaugurados no primeiro semestre deste ano, 50 até Setembro e os restantes 42 até ao final do ano.
Com este projecto, o executivo pretende até 2010 qualificar um milhão de pessoas em 500 "Centros Novas Oportunidades" (centros RVCC) e combater a baixa escolaridade da população activa portuguesa – 75 por cento com menos do que o 12º ano e metade com menos do que o 9º ano.
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Fonte: SOLIDARIEDADE
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Foto do meu arquivo

domingo, 4 de junho de 2006

Citação

“Terão as religiões algo a dizer a este mundo? Segundo Paul Ricoeur, ‘se as religiões devem mesmo sobreviver, deverão satisfazer numerosas exigências. Em primeiro lugar, será preciso renunciar a toda a espécie de poder que não seja o de uma palavra desarmada. Deverão, além disso, fazer prevalecer a compaixão sobre a rigidez doutrinal. Será preciso sobretudo – e é o mais difícil – procurar, no próprio fundo dos seus ensinamentos, o que vai além do que é dito e graças ao qual cada uma pode esperar encontrar as outras. Não é nas manifestações superficiais – que se revelam competitivas entre si – que se fazem as verdadeiras aproximações. Só nas profundezas se encurtam as distâncias’. O Pentecostes é a festa de que gosto. É a festa de todos os sonhos, do mundo inacabado e do que há para cumprir no melhor das religiões. É a festa de todas as fronteiras que é preciso transpor: físicas, culturais e religiosas. Não para dominar, mas para descobrir que todos os seres humanos existem para cuidar uns dos outros, para responder à pergunta de Deus: ‘Que fizeste do teu irmão.’ É a festa do primeiro e do último sonho da humanidade.”
Frei Bento Domingues,
no Público de hoje

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Secularização e secularismo A palavra secularização vem de saeculum, que, no latim clássico, significava "século" (período de cem anos) e também "idade", "época". No latim eclesiástico, adquiriu o significado de "o mundo", "a vida do mundo" e "o espírito do mundo", sendo por esta via que se chegou ao sentido da palavra "secularização".
O termo, utilizado já no século XVII, para referir o abandono do sacerdócio ou da vida religiosa - ainda hoje se diz que o padre tal se secularizou -, figura, no Tratado de Vestefália (1648), com o sentido jurídico de apropriação pelo "mundo" de bens pertencentes à Igreja. Luis González-Carvajal, que faz a História do termo, refere que no século XIX começou a assumir um significado cultural, designando "um processo de mundanização vivido pela sociedade no seu conjunto".
Ainda hoje continuam os debates acalorados, sobretudo no domínio teológico, sobre a secularização. Se não falta quem a condena, pois estaria na base do afastamento da religião, outros saúdam-na como condição da purificação religiosa, da liberdade e da paz.
Há vários sentidos de secularização: pode ser vista como "eclipse do sagrado", "autonomia do profano", "privatização da religião", "retrocesso das crenças e práticas religiosas", "mundanização das próprias Igrejas". Aqui, interessa-nos sobretudo o sentido de autonomia das realidades terrestres.
Na perspectiva bíblica, o Deus transcendente pessoal cria o mundo a partir do nada e por um acto de pura liberdade de amor. A criação assim entendida implica uma diferença qualitativa infinita entre Deus e a criatura e a real autonomia do mundo, que é mundano e não divino, e é o fundamento da aliança do Deus-Liberdade com homens e mulheres livres. Se Deus cria a partir do nada, por amor e não por necessidade, então não há rivalidade nem concorrência de interesses entre Deus e a criatura. Pelo contrário, a vontade de Deus é a realização plena do homem: quanto mais vivo e realizado o ser humano for mais Deus é glorificado.
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Citação

"Não conheço muita gente, gente da minha idade, que leia, apesar de uma educação tradicional. Porquê? Porque ler implica um esforço: de atenção, de inteligência, de memória. Ler é uma actividade e a nossa cultura é quase inteiramente passiva. A televisão, o DVD, a música popular ou a conversa de computador não exigem nada, deixam a pessoa num repouso imperturbado e bovino. Mudar isto equivale a mudar o mundo"
Vasco Pulido Valente,
no PÚBLICO de ontem

Gotas do Arco-Íris - 20

CAPITÃO
DE BOM PORTO Caríssimo/a: Vamos então até à Capitania levados pela mão do Professor Jaime Vilar: «Pausa. Silêncio profundo com esboço de sorrisos nalguns rostos. O Comandante rompeu a expectativa: – Quem foi que trouxe para aqui este homem? – Fui eu, Senhor Comandante, avançou o Cabo autuante e testemunha do delito. Apanhei-o a fisgar e apreendi-lhe a fisga... Seguiu-se breve diálogo entre o julgador e o réu: - O senhor não sabe que é proibido fisgar? Saiba Vossa Excelência que sim. Eu sou pobre. Não tenho família nem nada de meu. Engraxo e remendo calçado de pobres.Sou coxo e muito doente. Às vezes, falta trabalho. Tenho vergonha de pedir e não sei roubar... Preciso de comer. Como moro perto de uma ribeira, em alturas de aperto vou apanhar duas enguias para matar a fome. Depois, vim para aqui a pé por não ter dinheiro para o comboio e estou ainda em jejum. Não posso voltar para casa a pé.... São mais de 13 quilómetros... - Leve-me este homem, ordenou o Comandante, e dê-lhe de comer e cem escudos para a viagem. Isso tudo do seu bolso...Está encerrada a audiência. Na sala ficou um rasto de cheiro a farrapo podre e a catinga. Alguns presentes e o próprio Comandante levaram a mão ao nariz, enquanto o Abílio de peito cheio pelo triunfo sobre o Cabo-do-Mar, saíu da sala atrás do zeloso agente da autoridade marítima... O Cabo Madeira acompanhou-o até uma tasca próxima, rilhando em silêncio os ossos do ofício, porque não podia rilhar os ossos do Abílio... Afinal de contas, o condenado fora ele, cabo-do-mar. O Abílio comeu e bebeu bem e recebeu ainda cem escudos para o regresso... Na despedida, desenterrou de um esconderijo da véstia uma nota de cem escudos, dobrada em quatro, tomou-a entre o polegar e o indicador da mão direita, deu-a a cheirar ao cabo passando-lha três vezes pelo nariz, e, com um sorriso velhaco e sarcástico de homem vingado, desabafou: - Estavam aqui, mas não são p'ra ti. Voltam para casa. Querias lã e foste tosqueado. Por causa de umas tristes enguias mostraste que não passas de um grande pato... Daí em diante, procurava ostensivamente encontrar-se com o Madeira nas regulares rusgas que fazia por aquelas bandas, e, saboreando o gozo, desafiava-o com cínica zombaria: “Vou à fisga. Anda mais eu atrás de mim que eu digo-te p'ra onde vou. Depois leva-me à Capitania e tu pagas-me a viagem e enches-me a barriguinha...” O Abílio viveu em paz enquanto pôde. Morreu há anos num Asilo das redondezas. Mas as memórias das suas habilidades e proezas perdurará entre a gente marinhoa que o conheceu, e só se apagará quando na Ria acabarem as enguias.» Aqui está a minha homenagem ao professor Jaime Vilar e a minha gratidão pelo que fez pela Terra Marinhoa e pelas suas Gentes; aí fica a saudação amiga ao novo Capitão do Porto de Aveiro e a todos os seus colaboradores. Será que o Abílio da Pega ainda anda por aí? Manuel

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Outra força
O Cristão tem uma tarefa permanente, que não lhe dá tréguas; podíamos dizer que, quem se entregou e decidiu viver segundo os critérios do Evangelho, está em permanente luta.
Jesus Cristo não está contra ninguém; mas a vida que anuncia e propõe choca, em muito, com critérios de vida que por aí andam, nem todos respeitadores dos verdadeiros direitos de Deus e das Pessoas. Por isso, o Cristão está em luta, pela defesa e proposta de valores em que acredita e que acha serem bons para toda a gente.
As correntes são fortes; todos os baptizados sabem que não podem vacilar na sua fé, e que sairão vencedores se não confiarem apenas em si próprios. A sua força vem-lhes do Espírito Santo, o mesmo que transformou os tímidos Apóstolos em corajosos evangelizadores.
Essa é a outra Força com que sempre temos de contar, e que nunca falta aos nossos gritos de ajuda, para que o anúncio do Evangelho, pela palavra e pela vida seja, para todos, ocasião de encontro, de esperança, de permanente renovação pessoal e comunitária.
É o Espírito Santo que sempre nos segreda: não tenhas medo. É na Sua força que a nossa força se renova e se torna robusta.
In"Diálogo", 1076 - PENTECOSTES- Ano B

PENTECOSTES

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VINDE, ESPÍRITO DIVINO

Vinde, Espírito Divino, Celeste Consolador, E realizai nas almas As obras do vosso amor. Vinde, Espírito Divino, Com o dom da Sapiência, Ensinar a distinguir A verdade da aparência. Vinde, Espírito Divino, Com o dom da Fortaleza, Fazer crescer nossa fé Com invencível firmeza. Vinde, Espírito Divino, Vinde ao nosso coração, A mostrar-nos o caminho Que conduz à salvação. Dai certeza aos nossos passos, Luz aos nossos pensamentos, Para que sejam conformes Com os vossos mandamentos. Para que todos unidos No fogo da caridade Sejamos irmãos, agora E por toda a eternidade. In “Livro das Horas”

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