domingo, 21 de maio de 2006

Citação

"Em cada um de nós há um artista chamado saudade, que misteriosa e inesperadamente transforma o nosso passado em matéria de beleza"
Knight

AVEIRO: FEIRA DO LIVRO

Rossio
Até 4 de Junho
Amantes do Livro
e da Leitura
já têm um novo espaço
Os amantes do Livro e da Leitura já têm um novo espaço para se deliciarem. É no Rossio, ladeado pela ria e pelo casario de uma parte da cidade, cujas gentes há muitos anos se habituaram a sentir o pulsar de pessoas que procuram descontrair-se por ali. É a Feira do Livro, com tudo quanto ela encerra, que veio agora para ficar naquela zona histórica, durante o mandato da actual Câmara Municipal, a pedido dos editores e livreiros que costumam estar no certame. Para além da animação que caracteriza uma feira como esta, da passagem de escritores e de outros vultos da cultura, a Feira do Livro é sempre uma oportunidade única para os leitores ou candidato a leitores cirandarem de stand em stand, de escaparate em escaparate, manuseando os livros e tentando perceber a lógica da compra que pretendem efectuar. São livros de edições recentes e mais antigas, são obras raras e quase ignoradas, são livros muito procurados e outros nem tanto, são autores conhecidos e outros nem por isso, de tudo um pouco será possível ver, mexer, cheirar, espreitar… até se decidir por uma ou por outra compra. Há sempre amigos que se encontram e que nos dão as suas opiniões, há gente que busca o livro com um entusiasmo tal que nos contagia, há o escritor pronto a conceder-nos um autógrafo, há os pais que encaminham os filhos para o que vale a pena levar para casa, há os avós que lembram aos netos a importância dos clássicos, há, em suma, todo um conjunto de motivações que nos atraem e acicatam em nós o gosto pelo livro. Livro que há-de ser lido na tranquilidade das nossas casas, alimentando sonhos, dando pistas de recreação e de viagens, ensinando a viajar e a conhecer outras gentes e outros mundos. Por tudo isto, não deixe de ir à Feira do Livro. Ela espera por si, de segunda a quinta-feira, das 17 às 23 horas; às sextas, das 17 às 24 horas; aos sábados, das 15 às 24 horas, e aos domingos das 15 às 23 horas. Até 4 de Junho. Não se esqueça. Fernando Martins

Colaboração dos leitores

À noite as estrelas
descem do céu
e vêm boiar no rio.
*
No escuro da noite
o sol
aguarda a sua vez.
:::
in MÉSSEDER, J. P. (2002).
À Noite as estrelas descem do céu
(34 poemas para jovens e alguns desafios poéticos).
Porto: Campo das Letras (ilustrações de Emílio Remelhe).
:
Colaboração enviada por Sara Silva

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Provas de amor
Andam por aí muitas palavras, semeadas na televisão, no jornal, na conversa do café, no intervalo da música da discoteca, na esquina da rua.
Dizer, apenas com palavras, que amamos, que é preciso fazer, denunciar o mal... mas se o dizer não é acompanhado de actos, então as palavras têm sabor a vazio, e só envergonham quem é denunciado por só dizer e nada actuar.
Jesus não se contenta com as belas confissões de quem diz que ama, mas não cumpre os Seus Mandamentos; amigo, de verdade, é o que cumpre a Palavra do Mestre. Por outro lado, quem dissesse que amava a Deus e não amasse o outro, o próximo, igual a si, esse seria mentiroso - para usar palavras da Bíblia.
Quem ama de olhos abertos e de coração atento, bem depressa se apercebe que há por aí falta de compromissos a sério; os grandes problemas das pessoas resolvem-se com grandes e generosas respostas.
Foi assim que fez Jesus connosco, que deu a Vida; nada menos!
Provas de amor? É preciso procurá-las nas acções, no compromisso, no fazer; nas tentativas sérias de respostas humanas e capazes.
:
in "Diálogo", 1074 -
VI DOMINGO DA PÁSCOA- Ano B

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Judas amigo de Jesus
Lembro-me perfeitamente, miúdo, ter imensa pena de Judas. Achava aquilo tudo terrivelmente intri-gante. Pelas pregações que ouvia, era como se entrasse num mundo muito negro: Jesus precisava do suplício da Cruz para nos salvar e, para isso, Judas tinha de entregá-lo àqueles que o crucificariam. A minha imensa pena derivava assim de uma percepção confusa do destino trágico que se abateu sobre Judas: ele teve de aceitar tornar-se um réprobo, para ser possível a salvação da humanidade.
Muito mais tarde, obtive a minha pequena "vingança", ao ler o Monsenhor Quixote de Graham Green. Lá estava que uma Igreja cristã - se me não engano, a Igreja copta - contaria Judas na sua ladainha de santos. Tive uma surpresa boa, que me deixava fora da amargura que me causara a constante diabolização de Judas.
Na base daquela imagem, estava uma concepção errada da salvação, pois o seu pressuposto era que tudo se teria passado no quadro de um mecanismo em que os seres humanos funcionavam como marionetas, movidas pelo destino, como se não existisse a liberdade e a história estivesse pré-determinada.
Recentemente, falou-se muito do Evangelho de Judas, um texto que se enquadra na tradição gnóstica e em que a figura de Judas sai reabilitada.
O que é, no essencial, a gnose?
:
Para ler todo o texto, clique aqui

Gotas do Arco-Íris - 18

Gaivotas

::
BORRELHOS
vs. CEGONHAS
Caríssimo/a: Dizia-me o meu Amigo: - Se tu olhasses bem, tinhas visto que eu não estava! Curioso: olhar para ver. E eu olhei e não vi nada. As bicicletas voavam pela estrada. O pedalar era rijo que uma chuvada se anunciava e as tramagueiras ficavam distantes. Havia que chegar lá antes de ficarmos como pintainhos: todos molhados. Abrigados, vimos o saltitar agitado de manchas pardas junto à borda da Ria. Eram os borrelhos... Fixar o horizonte, olhar e apreciar o seu bailado inconstante era a fascinação dos momentos que antecediam a chuvada... A sorte foi alguma: a chuva só nos molhou por fora que as tramagueiras mais uma vez foram o nosso escudo... Os borrelhos já se tinham ido... Agora eram as gaivotas que atraíam o nosso olhar na sua mancha ao longo do muro da marinha. E nós bem víamos como as penas do seu corpo se mexiam com o vento. E hoje? [Onde estão os estudantes-ciclistas a caminho da Gafanha para Aveiro? E as marinhas de sal? Será que os borrelhos e as gaivotas ainda lá estão?] Hoje, circulando pela A25, impõem-se-nos as cegonhas altaneiras no cimo das suas plataformas. A velocidade permite olhar mas será que nos deixa ver e ouvir? Como nos ficam longe as cegonhas; e os borrelhos e as gaivotas já voaram para o mundo das recordações. Enquanto rabisco estas palavras soltas, o melro canta, canta. E o melro é preto e o seu bico amarelo. Mas onde é que já vi esta combinação de preto e amarelo? Será que o canto do melro tem a ver com a subida do Beira-Mar? Quem o souber que mo diga. Manuel

sábado, 20 de maio de 2006

Citação

"Qualquer pessoa que seja capaz de um gesto de compaixão pura para com um infeliz (coisa, aliás, muito rara) possui, talvez implicitamente mas sempre realmente, o amor de Deus e a fé."
Simone Weil,
in "Carta a um homem religioso"

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