quinta-feira, 4 de maio de 2006

Santuário de Schoenstatt: Peregrinação diocesana

Santuário em dia de peregrinação ::
COM MARIA,
MÃE DA IGREJA,
TUDO PARA TODOS :: Peregrinação Diocesana
ao Santuário de Schoenstatt
No próximo dia 7, primeiro Domingo de Maio, vai realizar-se a Peregrinação Diocesana ao Santuário de Schoenstatt. Este ano, em consonância com o Plano Diocesano de Pastoral que nos convida a conhecer melhor a realidade social, pessoas e comunidades, em ordem a um serviço pastoral e apostólico mais qualificado e generoso, escolhemos como tema da Peregrinação: COM MARIA, MÃE DA IGREJA, TUDO PARA TODOS. Ninguém mais presente aos acontecimentos que tocam a vida e exprimem vida que Maria, quer no seu tempo de vivência no mundo, quer ao longo da história. Não havia nela tempos de Deus, pois para Ela todos o eram, nem ocasiões de serviço, porque se declarou a serva, que sendo-o do Senhor, era de todos. A radicalidade de Maria, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja, expressa no “tudo para todos”, não é uma figura de retórica, mas uma eloquente expressão de verdade e de vida. Este ano programamos a Peregrinação colectiva a partir do início da tarde, para que muitos possam nas suas comunidades celebrar o Dia da Mãe. Mas é também a Mãe que nos convida ao encontro de oração e ao convívio eclesial e fraterno que culmina com a solene celebração da Eucaristia, às 17 horas. O Santuário, que eu mesmo quis que fosse um santuário diocesano, tem sido um pólo de renovação espiritual para muitos cristãos e uma porta sempre aberta para o encontro com Jesus, pelas mãos de Maria, Sua e nossa Mãe. Convido, quantos o puderem fazer, a que participem comigo nesta Peregrinação.
António Marcelino,
Bispo de Aveiro
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Programa da Peregrinação
Lema: "Como Maria, Mãe da Igreja, tudo para todos" 14h00 – Acolhimento 14h30 – Recitação do terço meditado 15h45 – Catequese do Sr. Bispo D. António 16h30 – Bênção do Santíssimo. 17h00 – Eucaristia presidida por D. António Marcelino;
envio e homenagem às mães

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Um artigo de António Rego

Despedidos
por computador De cada quatro trabalhadores portugueses, apenas um está sindicalizado. Há quarenta anos isso já constituiria um número excessivo. Após a Revolução do 25 de Abril tornou-se quase uma obrigação de consciência. Hoje, coloca-se com uma espécie de conformismo face às novas situações que, ou não acreditam na eficácia dos sindicatos, ou se desiludiram do sistema de emprego e direitos sociais, ou apenas acham que não se vai às inundações com baldes pequenos, nem se apaga fogos de floresta com extintores de gabinete. Quer tudo isto dizer que os tempos mudaram. A economia rege-se por novas regras com reflexos profundos no enquadramento humano do trabalho. Colhe-se a impressão de que o homem está para o trabalho e não o contrário, a economia apenas procura uma eficácia que pouco tem a ver com o respeito por aqueles que a sustentam. A Revista Communio (Revista Teológica internacional) com particular pertinácia dedica o seu último número à "Ética Económica e Globalização", procurando por diversos ângulos e com colaboradores especializados, olhar a economia como um fenómeno humano, destinado ao homem, inspirado numa ética que ultrapassa as sacralizações banais das regras do mercado. Mudou o trabalho, mudaram as leis de admissão, o conceito de fixação. Lembre-se o célebre empresário que em S. Francisco (USA) afirmava perante circunspectos peritos, que "cada um pode trabalhar quanto queira e os estrangeiros nem precisam de visto. Num mundo global as regras impostas pelos governos perderam significado. O emprego está em função das necessidades da empresa. Contrata-se e despede-se por computador."E também se disse que "neste século, apenas dois décimos da população é suficiente para manter a actividade da economia mundial". Os outros 80%, são o menos. A Igreja lançou um Catecismo da Igreja Católica que elenca e desenvolve as verdades principais da fé. Mas também um Compêndio de Doutrina Social que esclarece e vincula as consciências na construção deste mundo a partir da maravilha do trabalho como obra continuada de Deus. Por vezes a moral e a fé aplicam-se com pesos e medidas circunstanciais. A consciência não pode variar de elasticidade consoante os interesses de cada momento. Nem despedir-se... por computador.

Citação

CONTROLAR A ANSIEDADE
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"Quando receamos algum mal, o próprio facto de o recearmos atormenta-nos enquanto o aguardamos: teme-se vir a sofrer alguma coisa e sofre-se com o medo que se sente! Tal como nas doenças físicas há certos sintomas que pressagiam a moléstia - incapacidade de movimento, lassidão completa mesmo quando se não faz nenhum esforço, sonolência, calafrios por todo o corpo -, também um espírito débil se sente abalado, mesmo antes de qualquer mal se abater sobre ele: como que adivinha o mal futuro, e deixa-se vencer antes do tempo. Há coisa mais insensata do que nos angustiarmos com o futuro em vez de deixarmos chegar a hora da aflição, e atrairmos sobre nós todo um cúmulo de tormentos? Quando não é possível livrarmo-nos por completo da angústia, pelo menos adiemo-la tanto quanto pudermos. Queres ver como é verdade que ninguém deve atormentar-se com o futuro? Imagina um homem a quem tenha sido dito que depois dos cinquenta anos será submetido a graves suplícios: ele permanece imperturbável enquanto não passa a metade desse espaço de tempo, altura em que começa a aproximar-se da angústia prometida para a segunda metade da sua vida. Por um processo semelhante sucede também que certos espíritos doentes sempre em busca de motivos para sofrer se deixam tomar de tristeza por factos já remotos e esquecidos. A verdade é que nem o passado nem o futuro estão presentes, pelo que não podemos sentir qualquer deles. Ora a dor somente pode resultar de algo que se sente!"
Séneca,
in 'Cartas a Lucílio'
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Fonte: "Citador"

Um artigo de Pedro Rolo Duarte, no DN

Dois países num só
O primeiro-ministro chamou "demagogo" a Francisco Louçã por este ter misturado, deliberadamente, num debate sobre a Segurança Social, a viagem governamental a Angola e o peso dos empresários envolvidos na comitiva com a sustentabilidade do sistema de pensões. Eu ouvi o debate e concordo com José Sócrates: a circunstância de os bancos serem lucrativos e eficazes na forma como rentabilizam os seus activos não pode ser crucificada, como se fosse um crime cuja pena é traduzida em taxas e impostos para cobrir as deficiências do sector público... Por pouco Louçã não defendia que é melhor não ser profissional em Portugal, sob pena de se ser tributado pela competência.
Mas, por outro lado, podem perceber-se as palavras de certa esquerda, que não são muito diferentes das palavras que se ouvem na rua, quando há qualquer coisa de absurdo, de chocante mesmo, nas páginas dos jornais e suplementos de economia, e se revelam choques frontais entre realidades dentro do mesmo país. Um exemplo apenas: na mesma semana em que o Banco Mundial, no seu World Development Report, afirma que Portugal é o país da Europa onde se regista a pobreza mais extrema, sabe-se que os lucros dos três maiores bancos privados nacionais (BCP, BES e BPI) chegam, apenas no primeiro trimestre de 2006, aos 377,8 milhões de euros.
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(Para ler todo o artigo, clique aqui)

Um poema de Teixeira de Pascoaes

A voz do poeta Ó noite escura Da Criação, O teu sentido oculto, em mim, murmura, É a minha inspiração. Mar ergo a minha voz para cantar, E meu canto indeciso desfalece, É marulho de fonte, vai secar. Quisera aquela voz que se enfurece, E acorda o vento, E as ondas alevanta, E as árvores espanta, E, súbito, é ternura, íntima prece… Quisera arder em louco sentimento, Para aquecer os nus e os desgraçados. Ser um luar de vago encantamento e alumiar os transviados. In Versos Pobres

terça-feira, 2 de maio de 2006

Banco Alimentar Contra a Fome: Nova recolha

Um prato
na mesa
de quem
mais precisa
Banco Alimentar
em nova campanha
de recolha de alimentos
no próximo fim-de-semana
O Banco Alimentar Contra a Fome volta a recolher alimentos no fim-de-semana de 6 e 7 de Maio em 573 estabelecimentos comerciais localizados nas zonas de Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Aveiro, Abrantes, S. Miguel, Setúbal, Cova da Beira e Leiria-Fátima e, pela primeira vez, nas Caldas da Rainha⁄Óbidos. A campanha deste fim-de-semana constituirá também a oportunidade para testar uma nova modalidade de recolha, mais flexível e adaptável a estabelecimentos de menor dimensão, designada "Ajuda-Vale". "Ao longo de todo o ano o Banco Alimentar ajuda a pôr um prato na mesa de quem mais precisa. Dias 6 e 7 de Maio, ajude você também", é o apelo constante nas mensagens promocionais desta nova campanha. Procurando fazer mais e melhor e assim chegar cada vez mais próximo de todos aqueles confrontados com carências alimentares, o Banco Alimentar Contra a Fome testa com esta campanha uma nova modalidade de recolha. A Campanha-Vale permitirá a recolha de alimentos em lojas de pequena dimensão, através de uma abordagem em que continua deixada ao cidadão a escolha dos produtos que pretende destinar ao Banco Alimentar Contra a Fome, embora a restante logística seja assegurada pelo próprio estabelecimento. Este sistema é especialmente adequado às pequenas superfícies, em que é impraticável a reunião das condições necessárias para a presença de voluntários, recolha pública, etc.
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(Para ler mais, clique Banco Alimentar)

Santa Sé divulga números do catolicismo no mundo

Mais baptizados
e menos padres
nos últimos
26 anos
A Santa Sé divulgou este fim-de-semana os últimos números do catolicismo no mundo, que revelam um aumento significativo de baptizados entre 1978 e 2004, ao mesmo tempo que diminuía o número de padres.No último quarto de século, o número de católicos aumentou 45%, passando de 757 milhões para 1,098 mil milhões (mais 341 milhões).
Uma análise cuidada dos números confirma a crescente importância da África para a Igreja, continente em que o número de católicos baptizados quase triplicou, passando de 54,7 milhões para 149 milhões.
O “Annuarium Statistitucm Ecclesiae” (Anuário estatístico da Igreja) de 2004, preparado pelo departamento central de estatística da Igreja, foi apresentado no momento em que a Igreja celebra a Semana de oração pelas vocações (ver Dossier AE).
Os últimos dados disponíveis mostram que o número de padres em todo o mundo caiu 3,5% em 26 anos, destacando que o resultado foi influenciado por uma forte queda na Europa, apesar do aumento verificado na África.
O número global de padres, que chegava a 420.971 em 1978, caiu para 405.891 há dois anos atrás. O Vaticano considerou como “globalmente decepcionante" a situação. Na Europa, o número de padres apresentou uma quebra de 20% no referido período, de 250.498 para 199.978. Na África, por outro lado, o número de padres passou de 16.926 para 31.259, um aumento de 84,6%. Na Ásia, o aumento foi de 74%, de 27.700 para 48.222. O continente americano apresenta uma variação quase insignificante, com o número de padres a subir 1% - de 120.271 para 121.634.
O Anuário estatístico da Igreja, em comparação com o Anuário Pontifício (que privilegia nomes e biografias), procura oferecer um quadro dos principais aspectos que caracterizam a actividade pastoral da Igreja Católica.
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Fonte: Ecclesia

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