quinta-feira, 27 de abril de 2006

CUFC: Fórum::UniverSal

Quarta-feira,
3 de Maio, José Carlos Vasconcelos no CUFC
Liberdade de Imprensa:
informar ou deformar?
No CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), junto à Universidade de Aveiro, vai ter lugar mais uma Conversa Aberta, integrada no Fórum::UniverSal. A Conversa vai ser na quarta-feira, 3 de Maio, pelas 21.30 horas, tendo por tema “Liberdade de Imprensa: Informar ou deformar?”. Como convidado para dissertar sobre o assunto estará presente José Carlos Vasconcelos, director do “JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias” e coordenador editorial da revista “Visão”. Tendo em conta que muito se tem falado sobre liberdade de imprensa, apontada, muita vezes, como direito absoluto, é oportuno sublinhar a importância deste tema no Fórum::UniverSal, que vai estar aberto a todos os interessados. O Fórum::UniverSal acontece todas as primeiras quartas-feiras de cada mês, pelas 21.30 horas, no CUFC, com organização desta instituição da Igreja Católica e da Fundação João Jacinto de Magalhães – Editorial UA. O apoio é do “Diário de Aveiro” e do Jornal www.ua.pt/uaonline.

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Conferência Episcopal aprova estatutos do Santuário de Fátima

D. Carlos Azevedo
diz que este é um
momento histórico
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) já aprovou os novos estatutos do Santuário de Fátima, para definir "a natureza jurídica de Santuário Nacional". Para o secretário da CEP, D. Carlos Azevedo, este é um "momento histórico".
Em declarações à Agência ECCLESIA, o prelado explicou que os estatutos fazem corresponder "ao relevo e significado do Santuário" um "enquadramento jurídico e pastoral", definindo a missão do Santuário "no acolhimento dos peregrinos e na vivência da mensagem de Fátima".
Nesse sentido, o documento tem, como anexos, textos relativos às aparições e à mensagem de Nossa Senhora, em Fátima."A piedade marial é, certamente, uma componente da vida religiosa dos portugueses e a importância que o Santuário adquiriu a nível internacional justificava este enquadramento", assinalou D. Carlos Azevedo.
O secretário da CEP revelou ainda que haverá um Conselho Nacional do Santuário de Fátima, o qual será constituído pelo presidente da CEP, os três Metropolitas do país (Arcebispo Primaz de Braga, Arcebispo de Évora e Patriarca de Lisboa), o Bispo de Leiria-Fátima e, como assessor permanente, o Reitor do Santuário.
Os estatutos definem "o modo como a CEP se articula com o governo directo e a orientação pastoral e a gestão do Bispo de Leiria-Fátima e do Reitor do Santuário"."O Conselho Nacional colabora com o Bispo de Leiria-Fátima e com o Reitor do Santuário em tudo o que possa contribuir para o bom funcionamento do Santuário de Fátima", disse D.Carlos Azevedo.
Existirão, ainda, dois órgãos de gestão: um Conselho de Pastoral e uma Comissão de Gestão Económico-Financeira. Em ambos estará também um representante da CEP.
O Conselho Nacional "estabelece um contributo anual para a Diocese de Leiria-Fátima e para a Conferência Episcopal Portuguesa".Os estatutos serão enviados à Congregação para o Clero, da Santa Sé.
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Fonte: Ecclesia

Um artigo de Vicente Jorge Silva, no DN

25 de Abril: as surpresas de Cavaco
"Ignoro qual terá sido o propósito inicial de Cavaco e se, face à indiscrição do Expresso, optou por um desmentido cabal (a quantos desmentidos sucessivos sobreviverá o semanário mais influente do País?). Ignoro também se a outra óbvia previsibilidade de agenda - o pessimismo económico - não terá estimulado o Presidente a preferir um novo efeito de surpresa. O que não parecia estar, de todo, nas previsões foram o tema e o teor da mensagem de Cavaco Silva. Uma mensagem que teve ainda o condão de contrastar vivamente com a confrangedora banalidade dos discursos que ontem fizeram os representantes partidários, insistindo na retórica estafada de (quase) sempre, e dos quais apenas sobressaiu, pela qualidade e pelo sentimento da evocação histórica, o do presidente do Parlamento."
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Um artigo de António Rego

Nova geração
de políticos Implacável é o tempo. Envelhece pessoas e factos, filtra histórias, reenquadra notícias, arrefece paixões, altera ângulos, abre panorâmicas, projecta luz, atravessa neblinas, cria e evapora mitos. Ingrato, por vezes, com heróis elege, por uma espécie de capricho, quem lhe apetece, para ser lembrado com emoção ou odiado por dever cívico. Perde tempo quem anda a juntar pedras para o seu monumento. A Revolução de Abril já se esfuma, como experiência, nas neblinas dos que não a imaginavam possível, foge aos afectos dos que estabeleceram directamente algumas sintonias com o seu espírito, perde-se raivosamente naqueles que mais directamente se envolveram e se julgam os únicos actores numa cena de aparência simples. Na realidade, ainda está por juntar e explicar a complexidade de factores que se conjugaram para que um acontecimento, ilusoriamente óbvio, correspondesse a uma fractura estrondosa das placas que sustentavam uma sociedade frágil e incerta face às mudanças que já se operavam no mundo. Poucos se aperceberam dessa correlação. Poucos sabiam alguma coisa e ninguém sabia tudo. E os heróis, tão vulgares como os cidadãos anónimos, não perceberam na sua grande maioria, no que se estava a desconstruir e a edificar quando se aventuraram a uma revolução com ferramentas entorpecidas. Sabiam dizer não a duas ou três coisas mas pouco entendiam dos subterrâneos telúricos que mudam a história. Nem por isso Abril deixou de ser para nós um marco decisivo do século XX. Uma nova geração recusa-se, de momento, a edificar o seu e nosso tempo, sobre esses dados. Acha, por isso, que os políticos em vigor, são fragmentos desse estrondo de sonhos e poemas, dessas baladas de palavras fortes, ideias desconexas, sons improvisados em vozes cansadas do passado. Há de facto uma nova geração que nada quer saber dessas idílicas quimeras e das cartilhas exaltantes de certa liberdade. Quer partir do agora e reportar-se a uma história mais alargada que se não estrangule em formulários revolucionários. A recente sequência de desaires parlamentares pode proporcionar uma reflexão sobre o excesso de anciãos de espírito que regem o nosso pequeno universo político. Não basta ter sabedoria, experiência e idade. É preciso energia interior renovada, mobilizadora e criativa. O protesto dos jovens tem razão de ser. Que sirva ao menos para refrescar os ideais e o entusiasmo dos mais velhos ou dos que continuam a partir dum passado cujos pressupostos pouco têm a ver com o mundo de hoje. Só lê bem a história quem junta inteligentemente todas as peças que a compõem. Homenagear Abril é colocá-lo na senda da evolução.

terça-feira, 25 de abril de 2006

25 de Abril na Assembleia da República

Cavaco Silva diz que há sinais de esperança em vilas e aldeias
do interior Nas comemorações do 25 de Abril, que decorreram na Assembleia da República, o Presidente da República, Cavaco Silva, garantiu que há sinais de esperança em vilas e aldeias do interior do País.
Adiantou que “Portugal precisa de olhar para esses sinais, identificar as boas práticas que os sustentam, reconhecer o esforço que os agentes económicos, sociais e políticos vêm desenvolvendo e, a partir daí, traçar um caminho para que todos se sintam responsáveis e mobilizados para a acção”. E Acrescentou: “Há que vencer os obstáculos que nos têm impedido de enfrentar com sucesso a dupla exclusão do envelhecimento e da pobreza que atinge as comunidades do interior de Portugal.” (Para ler todo o discurso, clique aqui)

Um poema de Sophia

25 de Abril Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo

25 de Abril

Portugal celebrou a revolução dos cravos
A revolução dos cravos foi celebrada hoje em Portugal com uma cerimónia na Assembleia da República e um pouco por todo o lado. Para gáudio dos mais idosos, dos que viveram, há 32 anos, a devolução ao povo português das liberdades fundamentais. Mas também para os que, na altura, estavam presos pela simples razão de quererem pensar e falar dos seus ideais de mais liberdade e de mais justiça social.
Os mais jovens não fazem ideia, de facto, do que era viver sem as liberdades inerentes à democracia, que não havia entre nós, nem do que era existir sem poderem manifestar as suas opiniões. Muito menos do que era sentir que não podiam participar na procura das melhores soluções políticas para o País e para os portugueses.
Hoje, que tudo isso é banal, sente-se que os portugueses vivem um pouco indiferentes às celebrações do 25 de Abril, talvez por falta do conhecimento pleno da importância histórica dessa data. Bom motivo, então, para que as escolas, as famílias, a comunicação social e as demais instituições assumam a obrigação de falar às gerações mais novas da revolução dos cravos de 1974.
F.M.