segunda-feira, 10 de abril de 2006

Quotas para o mérito

A jornalista Isabel Stilwell disse, no “Notícias Magazine”, que “O bom povo português agradecia uma lei a exigir a presença obrigatória de pelo menos um quarto de pessoas inteligentes nos partidos políticos. Independentemente do sexo. Mas essas quotas não as quiseram eles!”. E acrescentou que “Os homens bem podem começar é a pensar numa lei de quotas para eles, enquanto ainda os deixam assinar leis e diplomas”.
Ora aqui está uma ideia que merece uma oportuna reflexão, numa altura em que tanto se discute sobre quotas (humilhantes) para mulheres na política. Mais importante do que isso será, então, estabelecer quotas para o mérito. Aí, muitos políticos, homens, ficariam de fora. F.M.

Na antiga Capitania

“O sentido da vida: Que horizontes?” Até 23 de Abril, pode apreciar, na antiga Capitania, uma exposição colectiva de Artes Plásticas, subordinada ao tema “O sentido da vida: Que horizontes?”. Trata-se de uma iniciativa da Comissão Diocesana da Cultura, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e com a associação AveiroArte. De terça a domingo, das 14 às 19.30 horas, o visitante pode debruçar-se sobre trabalhos de 48 artistas, procurando reflectir, com a ajuda de todos eles, sobre o sentido da vida. Uma exposição a não perder, até porque, na Quaresma, há razões mais do que suficientes para compreendermos que só uma vida com sentido pode projectar-se em todos os horizontes. F.M.

Na Loja do Cidadão

Fotografias na Loja
Na Loja do Cidadão, em Aveiro, os alunos de Fotojornalismo do ISCIA (Instituto Superior de Ciências de Informação e Administração) expõem fotografias captadas com arte e sensibilidade. A Vida num parque de Aveiro, Peixeiras e Rastos da Noite podem ser apreciados na Loja do Cidadão até ao próximo dia 29, de segunda a sexta-feira, das 8.30 às 19.30 horas, e aos sábados, entre as 9.30 e as 15 horas. F.M.

Citação

“É possível viver com o fracasso. Não se consegue é viver com os sonhos no armário” Bill Clinton, antigo Presidente dos EUA, in Jornal de Negócios

Um artigo de D. António Marcelino

PERGUNTAS FATAIS
PARA UM PROCESSO
EDUCATIVO VÁLIDO
Um pedagogo argentino, de nome consagrado, ao passar por Portugal, como orador num Curso de Verão sobre problemas da educação, deixou-nos esta reflexão final: “Interrogar-se acerca da formação da personalidade é, afinal, formular as perguntas fatais da educação: para quê e para onde queremos educar”. Um pouco atrás, fez outra pergunta, que ele mesmo classificou de fundamental: “ Como ensinar e promover as capacidades exigidas a um cidadão democrático?” Quem faz perguntas, procura respostas. Quem não se interroga não tem condições para progredir. Ouvir de outros e fazer perguntas a si mesmo pode ser incómodo, por isso as respostas ou não existem ou são tolas e desfasadas. Em educação as perguntas pertinentes podem determinar o processo educativo. O “para quê” e o “para onde” ou o “em que sentido” têm de iluminar e orientar toda acção educativa da família e da escola e, de modo igual, das diversas instâncias educativas. De outro modo, o esforço para educar será inútil e o tempo perdido. Não vai para parte nenhuma quem não sabe para onde vai, nem para onde quer ir. Não será, porventura, esta fatalidade, que explica fracassos e insucessos na educação? Num suplemento de fim-de-semana, que um dos jornais diários anexava há dias ao caderno principal, fazia-se a publicidade de um famoso grupo rock estrangeiro, nestes termos: “Para acabar de vez com as boas maneiras!”. O mesmo era dizer que não havia regras para apreciar ou para presenciar, e que destruir conceitos e preconceitos era a palavra de ordem. Na música e na vida. Muito aliciador, para gente sem peso nem norte. Como nessa semana o prato forte das minhas actividades andou à volta de encontros com professores e de reflexão sobre a educação e a escola que temos, vieram-me à memória as perguntas fatais e fundamentais, do mestre argentino. Educar é sempre construir com projecto e, por isso, precisa horizontes e regras. As regras geram constrangimento para quem julga que ser livre é fazer tudo quanto lhe apetece, e não aceitar qualquer intervenção de outrem na sua vida. Ora, educar é sempre um processo relacional que permite permuta e possibilita transmissão de saber já adquirido e de experiências de vida, torna livremente activo quem está em aprendizagem mais evidente, e não dispensa o horizonte do porquê, do para quê, do como e do para onde, para que haja motivação para aprender, desenvolver capacidades, ter opções com critérios, agir com discernimento e vontade, ter alegria de viver e de realizar, dispor, enfim, de um sentido na vida e para a vida. Um horizonte reduzido acaba por não apaixonar. Largo e a perder-se no longe do tempo, obriga a persistência, criatividade, necessidade de ajuda, vontade determinada, esperança e utopia. As desistências, os insucessos e os desvios condenáveis de um agir sem regras, maneiras e ética, mostram que as interrogações que motivam a agir da pessoa, não funcionaram. Há, por vezes, estrangulamentos no processo educativo, influências estranhas com poder, medos justificáveis de educadores, desinteresse ostensivo de educandos, leis patetas de técnicos e psicólogos sonhadores e ineptos, omissões graves de quem determina o processo, desconhecendo a realidade e a vida, instituições que andam à caça de fracassos nos espaços educativos dos outros, para desviar a atenção da noite que cobre os seus campos de acção, de teor idêntico. Os que querem, acabam por ser prejudicados pelos que não querem ou não sabem, passando o mal a ter história e o esforço do bem a ser esquecido, quando não mesmo vilipendiado. Admiro cada vez mais os educadores que não desistem e os jovens que prosseguem no caminho que traçaram, resistindo às influências que os rodeiam. Nenhuma sociedade tem futuro sem uma educação séria que não medo das interrogações fatais.

Gotas do Arco-Íris - 12

ARCO-ÍRIS, MODELO E MESTRE ... 

Caríssimo/a: Ouve-se, com frequência, que “a Primavera já não é o que era”... Não sei se concordo, mas, observando o meu pequeno mundo, nunca vi tantas flores nos nossos jardins (o «meu» jardim, os jardins do condomínio, os jardins dos bancos: os bcps, os bpis, os bes, eu sei lá..., e até de uma ou outra repartição pública, que também as há com as suas floreiras..., e vamos lá de alguns hospitais, e, sejamos justos, os jardins públicos...). 
Se antigamente Portugal era um jardim à beira mar plantado, hoje talvez o mar esteja plantado a ver o nosso jardim... E vem esta prosa tão pouco garrida, porque um canteiro me cativou... Vi-o de longe e admirei a sua mancha colorida... Logo me pus a lançar elogios para o ar dirigidos aos meus dois bons Amigos Manuel Casqueirita e João Matias; aquele da Marinha Velha e este de Vilar... 
Numa época em que a decoração de altares de Igreja era exclusivo das Mulheres e Raparigas das nossas aldeias, o ti Casqueirita e o João Matias ousaram e conquistaram um espaço que por todos era respeitado e hoje é saudado... Bem hajam! 
Ia assim divagando e aproximando-me, a pé, vagarosamente como as minhas pernas mo vão permitindo, olhando e reparando para o dito canteiro... E ali está, deitado, sonolento, nesta tarde chuvosa... Mas onde estão as flores? Os jardineiros foram ardilosos e de uma imaginação inimaginável: as manchas de cor foram conseguidas com ...couves e pedrinhas... Só o arco-íris pode ter sido o mestre de artistas tão requintados!... E por hoje, vamos com o nosso ramo, mais ou menos florido, saudar outro Mestre.

Manuel

Nota: Por motivo de ausência, só hoje posso introduzir no meu blogue a habitual colaboração do amigo Manuel.

Agradecimentos

Alguns leitores foram muito simpáticos, como veriquei, com e.mails, mensagens e telefonemas, preocupados com a minha ausência. Não foi por doença, graças a Deus, mas por necessidade de mudar de ares. O homem, mais do que os outros seres vivos, precisa, de quando em vez, de respirar noutros ambientes. Foi o que fiz.
Mesmo fora de casa, porém, aqui estou como prometi, ao sabor das portas que se abrem, o que, felizmente, se está a tornar mais fácil.
O meu muito obrigado pelos cuidados dos meus leitores.
Fernando Martins

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