sábado, 25 de março de 2006

Um artigo de Francisco Sarsfield Cabral, no DN

O drama do interior desertificado
Centenas de escolas estão a fechar no interior. Também encerram hospitais, maternidades, estações do correio e outros serviços públicos. Muitas localidades antes servidas pelo caminho-de-ferro viram desaparecer o comboio.
Tudo isto acontece porque não se justifica manter serviços onde há tão pouca gente. Mas, porque desaparecem os serviços, ainda menos pessoas ficam no interior. Só não sai quem não pode.
Este ciclo vicioso está a mudar Portugal.
A desertificação do interior português acentua-se apesar de, agora, se viver ali melhor do que há meio século. E de se multiplicarem iniciativas de turismo rural e turismo de habitação, trazendo visitantes.
As remessas dos emigrantes levaram muito dinheiro para as aldeias, dinheiro gasto sobretudo na construção de "maisons", que ficam fechadas durante a maior parte do ano.
E o poder local, no meio de muito desperdício e de atentados ao ambiente por acção ou omissão, construiu infra-estruturas que há anos não existiam. Entretanto, as auto-estradas e o progresso das telecomunicações reduzem o isolamento da vida no interior.
Mas isto não chega para travar o afluxo às áreas do litoral, não obstante a qualidade de vida nos grandes centros urbanos piorar a olhos vistos.
É verdade que, hoje, jovens agricultores com formação académica vão viver para o campo e modernizam métodos agrícolas.
São, todavia, casos pontuais: no seu conjunto, a agricultura portuguesa está em crise profunda.
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AVEIRO: Por baixo d'água...

“POR BAIXO D’ÁGUA:
CARACTERIZAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA RIA”
Segunda-feira, dia 27 de Março, pelas 18.30 horas, no Auditório do Museu da República de Aveiro, terá início o Workshop “Por baixo d’água - caracterização geomorfológica da Ria” .
Na inauguração do workshop estará presente o vereador responsável pela Divisão dos Assuntos Culturais, Miguel Capão Filipe, e a prof. doutora Maria do Rosário Azevedo, entre outros convidados.
O Workshop “Por baixo d’água – caracterização geomorfológica da Ria” vai decorrer de 27 de Março a 1 de Abril, no Museu da República de Aveiro, e tem por objectivo dar a conhecer ao público o processo de formação da terra, dos continentes e do litoral, assim como fazer uma viagem pelo tempo geológico dos sedimentos da Ria e das formações no Concelho de Aveiro.
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Fonte: CMA

sexta-feira, 24 de março de 2006

QUERCUS-AVEIRO organiza percurso pedestre

Percurso pedestre no Baixo-Vouga lagunar
Devido à forte adesão, para além do limite das inscrições, verificada no percurso efectuado no passado dia 18 de Março, o que impediu que todos os interessados pudessem ter participado no mesmo, o Núcleo Regional de Aveiro da Quercus – A.N.C.N. irá repetir a organização deste mesmo percurso pedestre no Baixo-Vouga Lagunar junto ao Rio Vouga, neste próximo sábado dia 25 de Março.
Nesta área do Baixo-Vouga Lagunar, classificada ao abrigo da Directiva Aves como Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro, é possível observar vários habitats de grande beleza natural e extrema importância ecológica, nomeadamente: «Bocage», pastagens, rios e sistemas húmidos (caniçal, sapal, juncal).Ao longo do percurso, e à medida que os habitats se sucedem, é possível observar uma elevada diversidade de espécies de aves, nomeadamente a Águia-sapeira, o Milhafre-preto, o Pato-real, o Melro, a Carriça, o Pisco-de-peito-ruivo, o Chapim-real, o Estorninho, a Cegonha-branca, o Guarda-rios, a Alvéola-amarela e a Fuinha-dos-juncos, entre muitas outras.
O percurso em questão faz parte do Guia de Percursos Pedestres do Baixo-Vouga Lagunar publicado pela Quercus. Este percurso, com uma extensão de cerca de 6,5 Km, denominado pelo Guia como P1 ‘Sombra e Luz’, tem início junto à ponte do Outeiro (Rio Vouga) em Sarrazola. A duração do percurso é de aproximadamente 3.30 horas.
O ponto de encontro é no largo da Junta de Freguesia de Cacia às 9 horas. Esta actividade é gratuita para sócios e menores de 16 anos e terá o custo simbólico de 5 Euros para não sócios. As inscrições são obrigatórias e a participação está limitada a 15 pessoas.
Aconselha-se o uso de calçado confortável para caminhar e vestuário apropriado para as condições meteorológicas que se façam sentir na altura. O vestuário deverá ter cores discretas (verde, castanho). Necessário binóculos e se possível guia de campo de aves.
Para mais informações e inscrições contactar Quercus-Aveiro através do Tm 966551372 ou do e-mail quercus.aveiro@portugalmail.pt.

Cardeais: história e missão

História dos Cardeais começa em Roma
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A História dos Cardeais começa por estar ligar ao clero de Roma e já vem de longe: o título de Cardeal foi reconhecido pela primeira vez durante o pontificado de Silvestre I (314-335).
O termo vem da palavra latina cardo/cardinis, que significa "eixo" e inicialmente o título de Cardeal era atribuído genericamente a pessoas ao serviço de uma igreja ou diaconia, reservando-se mais tarde aos responsáveis das igrejas titulares de Roma e das igrejas mais importantes da Itália e do mundo.
Os Cardeais nascem, assim, dos presbíteros dos 25 títulos ou igrejas paroquiais de Roma, dos 7 (posteriormente 14) diáconos regionais, 6 diáconos palatinos e dos 7 (6 no século XII) bispos suburbicários, todos eles conselheiros e colaboradores do Papa.
Segundo as notas históricas do “Anuário Pontifício”, a partir do ano 1150 formaram o Colégio Cardinalício com um Decano, que é o bispo de Ostia, e um Camerlengo, na qualidade de administrador dos bens.O Decano é eleito, como se refere no Código de Direito Canónico (CDC, Cân. 352, § 2), pelos Cardeais com o título de uma Igreja suburbicária - as sete dioceses mais próximas de Roma (Albano, Frascati, Ostia, Palestrina, Porto-Santa Ruffina e Velletri-Segni).
O nome é posteriormente apresentado ao Papa, que o deve aprovar.
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(Para ficar a saber mais, clique aqui)
Espólio de Costa e Melo
oferecido
à autarquia de Aveiro
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O espólio de Manuel da Costa e Melo encontra-se devidamente inventariado sendo constituído por 1,142 Monografias e 113 Periódicos, além de diversos dossiers, recortes, fotografias, vídeos, cassetes e ainda o seu «Arquivo Pessoal», estando todas as peças identificadas.
De acordo com a viúva Maria Helena da Costa e Melo, «foi cumprida a vontade de meu marido», comunicada à Câmara Municipal de Aveiro em Fevereiro de 2000.
De acordo com Manuel da Costa e Melo, os documentos deviam integrar os serviços da Divisão de Biblioteca e Arquivos Municipais e constituir um só núcleo documental e, sempre que possível, no mesmo espaço físico. Excepção para os documentos de cariz político que deviam ser depositados no Museu da República.
Uma vez que Manuel da Costa e Melo, falecido há quatro anos, não assistiu à realização do seu sonho, coube agora à viúva dar esse passo e comunicar à autarquia aveirense que «os 65 anos de trabalho intelectual e político» de Manuel da Costa e Melo podiam agora ser consultado por todos.
«Preservar a sua memória, através de um núcleo de livros ajudaria a descobrir toda a sua vida cívica, a enriquecer as colecções da Biblioteca Municipal de Aveiro, não só através da sua doação, mas também talvez contribuísse para que outras doações se seguissem», sustentou Maria Helena da Costa e Melo.
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Documentos sobre José Estêvão
Paralelamente à oferta do espólio de Costa e Melo, a autarquia de Aveiro também recebeu a documentação histórica da Comissão Promotora do Monumento a José Estevão. A Escola Secundária José Estêvão entregou, a título gratuito, a documentação histórica adquirida aquando da extinção da Comissão Promotora do Monumento a José Estêvão e ainda uma colecção de 12 fotografias da autoria de Emílio Biel. O depósito consta de vária documentação referente aos festejos a José Estêvão, à festa de inauguração da sua estátua e de iniciativas inerentes, datados na sua maioria de 1889. :
Fonte: Diário de Aveiro

Editorial de João Morgado Fernandes, no DN

O mal-estar europeu
Falar em fracasso ou pessimismo quando se fala de Europa tornou-se um dos chavões do nosso tempo. É pois nesse clima de impasse - haverá algo pior que o impasse? - que, mais uma vez, se reúnem, em Bruxelas, os líderes dos 25.
Mais uma vez angustiados porque o modelo europeu, seja ele social ou económico, está em crise e, verdadeiramente, ninguém sabe como dela sair.
O mais curioso é que, quando olhamos a última década, percebemos que, cada um ao seu ritmo, cada um com as suas prioridades, todos os países foram fazendo internamente pequenas revoluções, na lei e nas práticas, na economia e na estrutura social.
Blair prepara-se para sair deixando um país muito mais apetrechado para enfrentar os desafios do mundo de hoje do que aquele que Thatcher lhe deixou. Merkel prossegue na Alemanha uma política iniciada por Schroeder, que tem vindo a abalar um sistema com meio século de existência. A Espanha deu um tal salto nos últimos anos que todos os dias nos espanta e nos deixa mais para trás. Mesmo a França, permanentemente acusada de imobilismo e de outros pecados, tem tentado novos caminhos de adaptação, de que é exemplo a nova legislação sobre emprego de jovens. E mesmo por cá parece começar a vislumbrar-se um ímpeto reformista de amplitude considerável.
É claro que os problemas existem. Que os Estados Unidos já resolveram melhor alguns dos problemas e que outras zonas do globo têm índices de crescimento incomparavelmente mais interessantes.
É verdade. Mas a complexidade da realidade europeia, das várias realidades europeias com todo o seu peso histórico, é incomparável com a relativa juventude da América. E as comparações com países como a China, Singapura ou Índia têm as suas limitações, incluindo no plano político.
O que os europeus conseguiram nos últimos anos, da livre circulação ao euro, por exemplo, seria impensável noutras zonas do globo. E tem sido factor claro de desenvolvimento.
O pessimismo europeu é, à boa maneira dos europeus, um enfado de elites e intelectuais. O mundo real move-se. Exemplo? Os grandes negócios que, à sombra das bandeiras nacionais ou europeia (e há lados positivos e negativos em ambas as abordagens), estão a fazer-se como há muito não se via. Querem mais dinamismo?

Papa dialoga com Fraternidade São Pio X

Papa confirma
aproximação
aos seguidores
de Monsenhor
Lefebvre
Bento XVI confirmou, perante os Cardeais de todo o mundo, a sua preocupação pela reconciliação com os seguidores de Monsenhor Lefebvre, a Fraternidade São Pio X, fundada pelo Arcebispo francês. O Papa poderia levantar a excomunhão de João Paulo II, datada de 1988, contra os Bispos da Fraternidade.
No encontro com o Colégio Cardinalício, cuja primeira parte decorreu esta manhã, o Papa deixou votos que, entre os temas a discutir, estivesse “a questão levantada por Mons. Lefebvre e a reforma litúrgica desejada pelo Concílio Vaticano II”, como refere o comunicado oficial divulgado pela Santa Sé.
O Bispo Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade, foi recebido por Bento XVI no dia 29 de Agosto de 2005, num encontro marcado pelo “desejo de chegar à perfeita comunhão”, segundo comunicado oficial da Santa Sé.
Fellay e outros três Bispos foram excomungados a 2 de Julho de 1988, por terem sido ordenados “ilegitimamente” no seio da Fraternidade, por parte do Arcebispo Lefebvre. A carta apostólica “Ecclesia Dei”, de João Paulo II, constatou que esta ordenação de Bispos (a 30 de Junho de 1988) constituiu “um acto cismático”.
Os contactos têm sido conduzidos pelo Cardeal Darío Castrillón Hoyos, presidente da Comissão Pontifícia “Ecclesia Dei”, criada na sequência dos factos acima relatados. Esta Comissão tem como objectivo “facilitar a plena comunhão eclesial” dos fiéis ligados à Fraternidade fundada por Monsenhor Lefebvre, “conservando as suas tradições espirituais e litúrgicas”, em especial o uso do Missal Romano segundo a edição típica de 1962 - a Missa Tridentina.
Já enquanto Cardeal, Joseph Ratzinger tinha conseguido assinar um protocolo, a 5 de Maio de 1988, com o Arcebispo Lefebvre. Agora, um projecto de novo acordo instituiria para a Fraternidade uma “administração apostólica”, dependente directamente do Papa.
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Fonte: Ecclesia

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